blog do professor luft

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25 de abril de 2014


Desculpaí, mas Jesus existiu
por Lopes  

1.      Um preambulo
Em plena Semana Santa, achei que seria o caso de abordar a fundo aqui no blog a questão da historicidade do personagem central destes sete dias: Jesus de Nazaré, é claro. Como o papo é complicadíssimo e o tempo de todo mundo (principalmente o meu, hehehe) é limitado, o único jeito é “quebrar” a discussão em vários posts. Este, portanto, é o preâmbulo — a ideia é publicar mais um post por dia até a Sexta-Feira Santa. Allons-y (como diria um certo doutor)! Primeiro de tudo: Como o título da série de posts deixa claro, a ideia é defender que algum sujeito chamado Jesus de fato nasceu em Nazaré (ou nasceu em Belém e cresceu em Nazaré, como queiram), andou pelas estradas da Galileia e da Judeia pregando e foi crucificado em Jerusalém lá pela terceira década do século 1º d.C. A questão é que, embora a esmagadora maioria dos historiadores sérios, tanto religiosos quanto agnósticos ou ateus, defenda que esse personagem existiu, há uma pequena minoria de amadores, e um ou outro historiador sério (em geral não especialista na análise das fontes bíblicas como documentos históricos), que diz que Jesus é basicamente um mito, inventado por Paulo ou por outros membros da primeira geração de cristãos. É claro que as afirmações desse pequeno grupo se tornaram populares, viraram “virais” na internet e seduziram boa parte das pessoas que, com bons ou maus motivos, querem dar umas porradas na crença cristã tradicional. Bem, meu objetivo é demonstrar que essa ideia, desculpaí, beira a pseudociência. Se você usar os critérios SECULARES, “não religiosos”, que todos os historiadores usam para estudar o resto da Antiguidade clássica, e for honesto e equilibrado com os dados, a tendência esmagadora da lógica é aceitar a historicidade básica de Jesus de Nazaré. Calma, calma, não criemos pânico. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Quando digo “historicidade básica”, quero dizer exatamente isso: os documentos históricos que chegaram até nós da Antiguidade são suficientes pra estabelecer que um sujeito chamado Jesus de Nazaré existiu, morreu lá pelo ano 30 d.C. e fez algumas coisas interessantes, como atuar como pregador, reunir discípulos e se indispor com as autoridades em Jerusalém. Usar esses documentos pra “provar” que ele tinha poderes sobrenaturais é outra história, completamente diferente — aliás, não é história, é teologia. O ponto central desta série de posts é tão somente demonstrar que não é razoável negar a existência histórica da figura. O resto está aberto à discussão. Nunca escondi de ninguém e já abordei diversas vezes aqui no blog a minha crença religiosa. É claro que isso cria um viés, ainda que inconsciente, em favor de “acreditar em Jesus” — do ponto de vista da fé, bem entendido. Minha pergunta é: E DAÍ? Se eu fosse ateu, não é improvável (ainda que não fosse garantido) que existisse um viés contrário para “desacreditar”. Viés é que nem bumbum, gente: todo mundo tem o seu. A questão não é fazer com que os vieses inexistam — isso é impossível! –, mas sim fazer todo o esforço para “colocá-los entre parênteses” (ou colchetes!), para tentar, como metodologia, enxergar os dados que temos em mãos da maneira mais desapaixonada possível, deixando as evidências falarem, em vez de torturá-las para que elas digam o que queremos que elas digam. Só pra constar: embora seja cristão, eu sei — e não tenho problemas pra aceitar — que um sem número de narrativas da Bíblia (a Criação, o Dilúvio, o Êxodo, muito do que se diz sobre David e Salomão etc.) não tem como ser história “real” no sentido como a entendemos hoje. O caso de Jesus, porém, é diferente DO PONTO DE VISTA HISTÓRICO — e não apenas do ponto de vista da fé. É claro que, em tese, todo o debate sobre a (in-)existência do Nazareno poderia ser resolvido de uma tacada só. Bastaria que alguma escavação em Jerusalém — digamos, na área da antiga Fortaleza Antônia, a praça-forte do poderio romano na Cidade Santa — achasse uma ordem de execução assinada por Pôncio Pilatos para um certo galileu. Ou que achassem a tumba com os restos mortais do dito cujo, o que, de quebra, enterraria o “mito da Ressurreição” (não, a tal “tumba de Jesus” que acharam e puseram em documentários de TV a cabo muito provavelmente não é a dele, mas isso é tema pra outro post). Infelizmente, a chance de uma descoberta dessas acontecer é próxima de zero. Explico. O fato, brava gente, é que boa parte das pessoas comuns do Império Romano, em especial os camponeses de uma população conquistada como os judeus da Galileia e da Judeia, são virtualmente invisíveis para nós com base na arqueologia. Sabemos um bocado sobre suas casas, seus instrumentos de trabalho, suas sinagogas e seus utensílios de cozinha, mas não conseguimos “colocar um rosto” nesse povo todo: não sabemos seus nomes, as histórias que contavam em volta da fogueira, o que pensavam, nada — a começar pelo fato de que quase todos, se não todos, devem ter sido analfabetos. É verdade que temos monumentos funerários de padeiros, açougueiros e ex-escravos romanos, que contam um pouco da história dessas pessoas, mas é preciso lembrar que esse é o povo “que deu certo”: gente que veio de baixo e acabou conseguindo uma posição econômica de destaque, e/ou tinha patronos com mais dinheiro e poder do que eles — fazer um monumento funerário era caro, pra começar.
Nada disso parece ter sido o caso de Jesus, de sua família ou de seus discípulos, oriundos, como eram, de um vilarejo de 200 pessoas nas colinas da Galileia. É natural que eles tenham sido “invisíveis” — ou, melhor dizendo, só tenham se tornado visíveis por meio de documentos literários, criados décadas depois da morte de Jesus por discípulos que tinham nível educacional e econômico mais elevado. É, aliás, o que acontece com todos os outros camponeses da Antiguidade: suas caras e suas vozes só aparecem quando são registradas — e, inevitavelmente, alteradas — pelos textos de gente que não pertencia à camada social deles. O fato de que os Evangelhos retratam Jesus como alguém que arrebanhou milhares de seguidores antes de ser crucificado não refresca muito as coisas. Primeiro, é claro que os Evangelhos podem estar exagerando (até sem má intenção, apenas por distância cronológica) o número de seguidores de Jesus. Mas, fora isso, é importante lembrar que profetas, pregadores e milagreiros eram um fenômeno comum na Palestina do século 1º d.C. Entre a ascensão de Herodes, por volta de 40 a.C., e a revolta judaica contra Roma em 66 d.C. — um século, portanto — há pelo menos uns dez casos registrados de rebeldes messiânicos ou profetas que bagunçaram o coreto na região. Nada indica que, para aquele momento inicial, Jesus era mais importante do que esses sujeitos. Queria, agora, chegar ao cerne do nosso papo de hoje. O fato é que, se formos usar a escassez de indícios arqueológicos diretos e a falta de fontes propriamente contemporâneas, escritas por “testemunhas oculares da história”, para rejeitar a historicidade de Jesus, teríamos de rejeitar a historicidade de… bem, de uns 70% dos personagens da Antiguidade clássica, ou talvez mais. Ficaríamos só com os monarcas e os membros da alta nobreza. E olhe lá: pra quem assistiu os dois filmes “300″, é bom lembrar que não daria pra aceitar a historicidade de ninguém menos que Leônidas, um dos reis de Esparta, o sujeito que morreu defendendo a Grécia da invasão persa em 480 a.C. Vejamos: qual a primeira e mais confiável fonte documental histórica sobre a vida de Leônidas? Os textos do historiador grego Heródoto, que escreveu sobre as guerras entre gregos e persas por volta de 440 a.C., 40 anos depois da morte de Leônidas (coincidência ou não, Marcos, o mais antigo Evangelho, foi escrito uns 40 anos depois da morte de Jesus). Parece que Heródoto entrevistou alguns dos ex-combatentes dos dois lados, mas muito do que escreve tem algum cheiro de invenção épica ou de convenção literária, como o relato sobre a luta desesperada dos espartanos para proteger o corpo de seu rei depois que ele tombou. Tem alguma evidência arqueológica contemporânea sobre a existência do hómi? Um túmulo, um epitáfio, moedas com a cara dele? Nada. Zero. Depois de Heródoto, temos apenas os textos do historiador grego Éforo (que só chegaram até nós por fragmentos), que escreveu mais de um século depois das Termópilas, por volta de 350 a.C. E, muito mais tarde, textos da época romana, produzidos por gente como Diodoro Sículo e Plutarco. Dá para fazer o mesmo exercício que fiz com Leônidas com uma série de personagens da Antiguidade clássica. Sob esse ponto de vista, Jesus é um personagem histórico muito mais bem documentado do que Leônidas, já que há fontes independentes cristãs, judaicas e pagãs, todas compostas de algumas décadas a um século depois da morte dele, a respeito do Nazareno. Meu próximo post começa a abordar essas fontes, partindo de Flávio Josefo, um historiador judeu cujos textos parecem ter sido alterados por copistas cristãos posteriores — mas, ao que tudo indica, não de maneira irreparável. Até lá!

2.      Flávio Josefo
Antes de ir direto ao ponto, um padrão que notei nos comentários ao primeiro post foi o de muitas pessoas citando os paralelos entre Jesus e figuras míticas divinas que morrem e ressuscitam. Beleza. No entanto, como deixei abundantemente claro no texto anterior, o objetivo aqui não é debater a historicidade dos fatos milagrosos relatados sobre Jesus nos Evangelhos, mas apenas e tão somente estabelecer um esqueleto de fatos que nos permita avaliar a probabilidade de ele ter existido como ser humano normal. Questões sobre fatos sobrenaturais são questões teológicas e filosóficas, não históricas. Então, esses paralelos com outras deidades antigas NÃO VÊM AO CASO. Podem, de fato, ter sido acrescidos tardiamente à figura de Jesus. A questão aqui é apenas determinar se havia uma figura histórica original que poderia ter servido de “ímã” para essas ideias religiosas que circulavam havia milênios no Oriente Próximo. Beleza? Avante, então. O objetivo do post de hoje é examinar a principal fonte judaica do século 1º d.C. que menciona Jesus (só pra esclarecer, fonte judaica não cristã, claro; é provável que uns 90% do Novo Testamento tenha sido escrito por cristãos de origem judaica). Estamos falando de José ben Matias, mais conhecido por seu nome romano, Tito Flávio Josefo (37 d.C.-100 d.C.). Sei que não é muito cristão da minha parte, mas pra mim é difícil não pensar em Josefo como uma figura sebosa. Descendente da aristocracia sacerdotal de Jerusalém, ele acabou sendo escolhido como líder das forças judaicas na Galileia durante a grande revolta de seu povo contra os romanos (que foi de 66 d.C. a 73 d.C.). Encurralado com um punhado de seus homens pelas forças do general Vespasiano em Yodfat (Jotapata), ele sugeriu um pacto suicida para que os soldados judeus não caíssem nas mãos dos romanos — mas deu um jeito de ser o único sobrevivente. Afirmou então ter tido uma visão divina de que Vespasiano seria o próximo imperador de Roma e, ao comunicar isso ao general, caiu nas graças do romano, ajudando as legiões como negociador no decorrer da luta. Vespasiano de fato assumiu o controle do Império e recompensou Josefo com a cidadania romana, uma pensão e tempo livre para escrever, o que ele fez abundantemente em suas duas principais obras, “Antiguidades Judaicas” e “A Guerra dos Judeus”. A primeira obra foi escrita por volta do ano 90 — mais ou menos na época do Evangelho de João, ou mesmo do Evangelho de Lucas. Pois bem: nos manuscritos em grego (Josefo escrevia em grego) que chegaram até nós há duas menções a Jesus, além de outra a João Batista, em “Antiguidades Judaicas”. Vamos começar com a mais curta, pra facilitar e também porque raramente houve dúvidas sobre sua autenticidade, até porque ela dá pouco pano pra manga. Nessa parte da obra, Josefo está relatando o que aconteceu em 62 d.C., quando assume o poder em Jerusalém o sumo sacerdote Hananias, o Jovem. Como tantos políticos daquela e desta época, ele aproveita o novo poder pra acertar as contas com alguns desafetos, convocando seus cupinchas do Sinédrio (o “Senado” judaico da época) pra condenar seus inimigos sem a anuência do governador romano. “Sendo portanto esse tipo de pessoa, Hananias, pensando ter uma oportunidade favorável, pois que Festo havia morrido e Albino ainda estava a caminho [ou seja, os governadores romanos estavam na fase de "troca de guarda" na Judeia], convocou uma assembleia de juízes e colocou diante dela o irmão de Jesus, o chamado Cristo, de nome Tiago. Acusou-os de terem transgredido a lei e os entregou para serem apedrejados.” (A propósito, a tradução é do especialista americano John P. Meier, autor da monumental obra em quatro volumes, e ainda inacabada, “Um Judeu Marginal”, sobre o Jesus histórico. Quem quiser conferir essa discussão com muuuuito mais detalhes fará bem em conferir o primeiro volume da obra.) Só pra deixar bem bonitinho e explicado, a frase em grego usada por Josefo é “ton adelphon Iesou tou legomenou Christou” — a gramática grega deixa claro que “legomenou”, ou seja, “chamado”, se refere a Jesus, e não a Tiago. Note que o tom do texto é absolutamente neutro, em especial graças ao particípio grego que eu acabei de detalhar acima. Note ainda que um irmão de Jesus (ou primo, para os católicos) chamado Tiago era uma figura importantíssima na comunidade cristã de Jerusalém na época em que Paulo estava escrevendo suas cartas. Finalmente, os relatos sobre a morte desse Tiago que existem na obra de um cristão do século 2º, Hegesipo, são parecidos, mas não idênticos, ao desse breve comentário de Josefo. Tudo isso leva a esmagadora maioria dos historiadores a avaliar que ao menos essa passagem de Josefo é autêntica e representa uma menção extra-Evangelhos a Jesus. Agora é que o bicho pega, mui gentil leitor. O que você diria desta passagem de Josefo, anterior, no texto, à que vimos agora há pouco? Pra ajudar, vou destacar em negrito as coisas mais estranhas. “Por esse tempo apareceu Jesus, um homem sábio — se na verdade se pode chamá-lo de homem. Pois ele foi o autor de feitos surpreendentes, um mestre de pessoas que recebem a verdade com prazer. E ele ganhou seguidores tanto entre muito judeus quanto entre muitos de origem grega. Ele era o Cristo. E quando Pilatos, por causa de uma acusação feita por nossos homens mais proeminentes, condenou-o à cruz, aqueles que o haviam amado antes não deixaram de amá-lo. Pois ele lhes apareceu no terceiro dia, novamente vivo, exatamente como os profetas divinos haviam falado deste e de incontáveis outros fatos assombrosos sobre ele. E até hoje a tribo dos cristãos, que deve esse nome a ele, não desapareceu.” Oooops. É indiscutível que tem alguma coisa errada com esse trecho, ao menos da maneira como o lemos acima. Josefo não era cristão e, como vimos na primeira passagem, no máximo diz que Jesus era o “chamado” Cristo. Está claro que copistas cristãos andaram fazendo das suas com o texto do historiador judeu. A questão, porém, é saber se eles inventaram a passagem do zero ou se modificaram uma passagem que já existia. Bem, de novo, a esmagadora maioria dos historiadores coloca suas fichas na probabilidade de que o texto original de Josefo continha, sim, uma passagem sobre Jesus, que foi adulterada — algo porcamente — por copistas cristãos. A questão é saber como reconstruir a passagem original. Qualquer exercício desse tipo é hipotético, mas veja, de qualquer modo, como ficaria o texto sem os negritos acima, na reconstrução de John P. Meier: “Por esse tempo apareceu Jesus, um homem sábio. Pois ele foi o autor de feitos surpreendentes, um mestre de pessoas que recebem a verdade com prazer. E ele ganhou seguidores tanto entre muito judeus quanto entre muitos de origem grega. E quando Pilatos, por causa de uma acusação feita por nossos homens mais proeminentes, condenou-o à cruz, aqueles que o haviam amado antes não deixaram de amá-lo. E até hoje a tribo dos cristãos, que deve esse nome a ele, não desapareceu.” Pode parecer que eu tirei um coelho da cartola com esse parágrafo “pós-cirurgia plástica”, mas há boas razões para acreditar que uma coisa desse tipo era a versão original de Josefo. Primeiro, veja como o texto flui muito melhor sem as partes em negrito. O que o(s) copista(s) cristão(s) fizeram foi adicionar apartes que interrompem o raciocínio do texto e que, além de não casar com a teologia judaica de Josefo, truncam totalmente os parágrafos. Além disso, um dos grandes aliados das pessoas que estudam textos antigos hoje em dia é o mapeamento computacional do vocabulário e da sintaxe dos autores antigos. O computador simplesmente conta pra você quantas vezes fulano utiliza a palavra tal ou a conjugação tal do verbo em grego. Ora, ocorre que as passagens em negrito, do ponto de vista comparativo, têm muito mais pontos em comum com o vocabulário do Novo Testamento (não diga!) do que com o vocabulário de Josefo. Por outro lado, sem os “enxertos”, a segunda versão do texto que eu coloquei aqui bate de forma muito mais confortável com o resto da obra de Josefo. As coisas parecem começar a fazer mais sentido. Alguns outros detalhes importantes: se a ideia é defender que a passagem inteirinha foi forjada, é difícil explicar porque um copista cristão se daria ao trabalho de falar das previsões dos profetas e da ressurreição no terceiro dia, mas esqueceria um detalhe óbvio: Jesus, em todos os Evangelhos, só prega para judeus. Essa coisa de “ganhou seguidores tanto entre muito judeus quanto entre muitos de origem grega” não faz sentido — a não ser quando consideramos que Josefo está escrevendo num momento em que já há muitos cristãos não judeus e está simplesmente “retrojetando” essa situação para a época da vida de Jesus. Ademais, por que cargas d’água um cristão iria chamar a si e aos seus de “tribo” (“phylon”), um termo que em grego tem uma conotação clara de ascendência racial comum? E por que não explicaria a razão para a condenação de Jesus por Pilatos, abundantemente explorada nos Evangelhos (a de se proclamar Messias/Cristo)? É isso. O resumo da ópera, para quem conseguiu chegar até aqui: - Há pelo menos uma menção a Jesus numa fonte judaica não cristã do século 1º d.C. Essa fonte diz que ele era chamado “o Cristo” e menciona a morte de um “irmão” dele conhecido do Novo Testamento; - É provável que essa mesma fonte tenha ainda mais informações sobre Jesus — o fato de ele ser um mestre, de atrair seguidores, de ser perseguido pelas autoridades judaicas e de ser sentenciado por Pilatos –, embora o texto original tenha sido corrompido por copistas cristãos.

3.      Fontes pagãs
O tema do nosso post de hoje, o qual, misericordiosamente (para os leitores, ao menos), será bem mais curto que os anteriores da série, são as referências a Jesus em textos de autores pagãos que escreveram menos de um século depois da morte do Nazareno. Tais referências são raras e breves, mas nem de longe são inexistentes. Mais importante ainda, nenhum historiador sério das últimas décadas se arrisca a dizer que elas são invenções de copistas cristãos que viveram depois dos autores — em parte porque o conteúdo desses textos costuma ser virulentamente anticristão. Cornélio Tácito (56 d.C.-118 d.C.) é o autor dos “Anais”, escritos no começo do século 2º d.C. Ao falar do célebre incêndio de Roma, supostamente causado de caso pensado pelo imperador Nero em 64 d.C., Tácito diz o seguinte. “Assim, para fazer calar o rumor [de que ele tinha mandado colocar fogo na cidade], Nero criou bodes expiatórios e expôs às torturas mais refinadas aqueles que o povo chamava de cristãos, um grupo odiado por seus crimes abomináveis. Seu nome deriva de Cristo, que, durante o reinado de Tibério, tinha sido executado pelo procurador Pôncio Pilatos. Sufocada por um tempo, a superstição mortal irrompeu novamente, não apenas na Judeia, terra onde se originou esse mal, mas também na cidade de Roma, onde todos os tipos de práticas horrendas e infames de todas as partes do mundo se concentram e são fervorosamente cultivadas.”
Olha, se alguém me explicar convincentemente por que um cristão teria a manha de forjar uma descrição tão elogiosa (#sóquenão) da própria fé, eu dou a senha do meu cartão de crédito pra esse gênio. Note que Tácito “acerta” tanto o imperador quanto o governador da Judeia que estavam no poder quando Jesus foi executado (embora tecnicamente Pilatos fosse prefeito da Judeia, e não procurador). Caio Plínio Cecílio Segundo (61 d.C.-112 d.C.) foi governador do Ponto e da Bitínia (regiões que ficam na atual Turquia) no começo do século 2º d.C. Sua correspondência com o imperador Trajano é um dos mais antigos indícios fora da Bíblia de perseguições romanas — esporádicas — aos cristãos. Ao relatar ao imperador os estranhos costumes (do ponto de vista romano) da seita cristã, ele menciona, entre outras coisas: “Eles [os cristãos] costumavam se reunir num dia marcado antes da aurora e cantar um hino a Cristo, como se ele [Cristo] fosse um deus” — o que dá a entender que o tal Cristo não era um deus, segundo Plínio. Só de passagem, é interessante notar que, como governador, o que Plínio condenava nos cristãos era sua “obstinatio” ou “pertinacia” — basicamente, sua teimosia em não aceitar os costumes romanos, como os sacrifícios aos deuses do Estado romano. Isso, para ele, já era razão suficiente, caso a pessoa se recusasse por três vezes a renunciar à seita, para determinar uma execução. Caio Suetônio Tranquilo (69 d.C.-122 d.C.) é o nosso caso mais ambíguo e complicado. Em sua biografia de Nero na série “Vida dos Doze Césares”, ele também faz menção à perseguição aos cristãos: “Também foram punidos os cristãos, classe de homens dados a uma nova e traiçoeira superstição.” OK, isso indica a presença de cristãos em Roma menos de 30 anos depois da morte de Jesus. A passagem mais duvidosa, porém, está na biografia do imperador Cláudio, que reinou antes de Nero. “Como os judeus estavam constantemente causando distúrbios por instigação de Cresto, ele [Cláudio] os expulsou de Roma.” Pois é, Cresto, com “e”, e não “Cristo” — mas a maioria dos historiadores acredita que essa seja uma referência a Jesus e uma prova de uma imensa viajada de Suetônio. Ele teria entendido o nome errado e assumido que “Cresto” seria o líder ainda vivo de uma facção judaica em Roma, um perturbador da paz, em suma (os cambistas do Templo de Jerusalém, cujas mesas foram reviradas por Jesus, provavelmente concordariam com ele). E é isso, basicamente. Acho que as lições principais dessas fontes pagãs são: 1)Nem tudo no mundo é interpolação cristã; 2)Fica claro que, durante muito tempo, o movimento iniciado por Jesus não passava de um grupo insignificante de radicais de origem judaica aos olhos do poderio do Império. Daí a invisibilidade quase total deles.

4.      Critérios
Antes de avaliarmos as fontes cristãs do século 1º d.C. sobre Jesus, vale a pena fazer uma exposição brevíssima dos critérios de historicidade que hoje são consensuais entre os historiadores para examinar os documentos antigos a respeito do Nazareno. Esses critérios são usados não apenas para determinar a historicidade básica da figura, claro — se ele simplesmente existiu ou não –, mas também pra tentar distinguir o que provavelmente aconteceu com ele de coisas que parecem ser elaborações literárias e teológicas posteriores. Sem mais delongas, portanto, vamos aos critérios. De novo, meu principal guia aqui é o americano John P. Meier, autor da monumental série de livros “Um Judeu Marginal”. 1)O critério do constrangimento: O conceito por trás desse critério é absurdamente simples de explicar, mas aplicá-lo é um pouco mais complicado. O critério do constrangimento parte do pressuposto de que, por mais que os antigos cristãos acreditassem em coisas que, para céticos modernos, soam completamente absurdas, como profetas crucificados que voltam à vida, ainda assim eles tinham uma boa noção do que pegava mal e do que pegava bem na sociedade de seu tempo. Em outras palavras: dados sobre a vida e a morte de Jesus que poderiam colocar tanto o Nazareno quanto os seus seguidores numa posição constrangedora, vergonhosa ou embaraçosa e ainda assim eram mantidos nas narrativas dos Evangelhos ou em outra literatura cristã têm uma chance elevada de serem históricos. Esses dados seriam parte tão forte da tradição histórica a respeito do sujeito que seria impossível escamoteá-los. É claro que o fato número 1 corroborado por esse critério é a crucificação. Seria uma estupidez considerável inventar do zero um Salvador do Mundo que, por acaso, acabou morrendo por meio do suplício mais humilhante do mundo antigo, reservado para escravos rebeldes e outras “não pessoas”. Deve-se ressaltar que é importante levar em conta o que seria constrangedor no contexto cultural da época. Exemplo: a gente poderia pensar que o “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste” pronunciado por Jesus na cruz é corroborado por esse critério. Como assim Deus Filho perdeu a fé em Deus Pai? Mas, dentro da tradição judaica do justo que cobra explicações de Deus, uma tradição que aparece nos Salmos, isso não é tão constrangedor. 2)O critério da descontinuidade: Tal critério consiste em examinar coisas que são descontínuas, ou seja, que aparecem nos relatos sobre Jesus mas não são típicas nem do judaísmo de seu tempo nem das primeiras comunidades cristãs. Não faria sentido um evangelista ou apóstolo inventar esse tipo de coisa se seu próprio grupo não pratica o que Jesus fazia ou pregava. Exemplo: o hábito do Nazareno, relatado em diversos textos, de beber e comer à vontade, e ainda por cima em companhia de gente como cobradores de impostos e prostitutas. Tanto judeus, antes de Jesus, como cristãos, depois dele, valorizavam o jejum religioso. (Aliás, esse fato também se encaixa no critério do constrangimento, como você deve ter reparado.). 3)O critério da múltipla confirmação de fontes: Vamos explorar o dito cujo em detalhes no próximo post, mas é o que o nome diz: se o mesmo fato básico é relatado por várias fontes independentes, ele provavelmente é mais seguro do que dados presentes numa fonte isolada. É preciso muito cuidado para usar esse critério porque antes é preciso determinar se uma fonte é independente ou não. Por exemplo: as narrativas da paixão e morte de Jesus nos Evangelhos canônicos talvez remontem todas, na origem, a reelaborações literárias do Evangelho de Marcos, o mais antigo, o que impediria estudiosos de usar esse critério sobre o tema do suplício do Nazareno. “Independente” tem um sentido técnico importante em pesquisa histórica: é a fonte que não pode ser remontada a outra do ponto de vista literário, ou seja, a fonte que não copiou simplesmente suas informações de outro texto, mas se baseia numa tradição — muitas vezes oral — independente. Isso pode ser inferido a partir de diferenças significativas de vocabulário, ideologia e estrutura narrativa, entre outras coisas. A conta varia, mas é consensual entre historiadores que, só contando os Evangelhos, há pelo menos três fontes distintas sobre a vida de Jesus: Marcos, o documento Q (provavelmente um documento escrito com ditos de Jesus que foi usado tanto por Mateus quanto por Lucas) e a tradição joanina, do Evangelho de João. Isso sem falar, claro, nas cartas do apóstolo Paulo e em algumas outras epístolas do Novo Testamento. Voltando aos exemplos: uma das coisas mais prováveis a respeito de Jesus é que, em vida, acreditava-se que ele realizava milagres. (Digo “acreditava-se”, não “fazia”, porque provar que ele realmente fazia é impossível; por outro lado, milagreiros eram figuras comuns tanto em ambientes judaicos quanto pagãos na Antiguidade). O dado está registrado nas nossas três grandes fontes: Marcos, Q e João. 4)O critério da coerência: Esse critério é algo escorregadio. Significa que, se não formos propriamente capazes de corroborar algo com base nos critérios mais firmes que vimos anteriormente, mas se o dado analisado casar bem com o resto da figura de Jesus que passou a ser montado a partir dos critérios anteriores, podemos aceitar esse novo dado como provável. 5)O critério da cruz: “Um Jesus cujos atos e palavras não tivessem provocado antagonismo entre as pessoas, especialmente entre os poderosos, não é o Jesus histórico”, escreve Meier. Esse é o cerne do critério da cruz. Os romanos e a elite judaica eram implacáveis, mas não eram psicopatas completos. Fora de tempos de guerra, não era qualquer um que acabava numa cruz. Era preciso desafiar, de alguma maneira, o poder estabelecido. Isso significa que visões excessivamente róseas de Jesus — a de um mestre preocupado pura e exclusivamente com o “bem estar espiritual” de seus seguidores, por exemplo — provavelmente não refletem o Nazareno real.

5.      Fontes cristãs
O mais antigo fragmento do Novo Testamento é este trecho do Evangelho de João em papiro. Nesse pedaço do texto está o famoso diálogo de Jesus com Pilatos, no qual o romano pergunta “O que é a verdade?” (Crédito: Reprodução). Chegou a hora de enfrentarmos as fontes antigas que trazem mais informações, mas também mais dúvidas, sobre Jesus: os documentos cristãos do século 1º d.C., obviamente. “Mas peraí”, alguém poderia objetar com toda a justiça, “isso não é roubalheira? Afinal, se a fonte é cristã, obviamente o autor achava que Jesus existiu, certo?” Claro — quer dizer, não tão claro; há algumas hipóteses doidas que tentam mostrar que, para o apóstolo Paulo, por exemplo, Jesus foi apenas um ser divino, e não alguém de carne e osso que morreu na cruz. Mas o que a metodologia de análise histórica faz é tentar superar esse viés analisando detalhadamente as fontes cristãs e vendo se a maneira como elas concordam — e também divergem! — a respeito da figura de Jesus bate com o padrão encontrado em outras fontes históricas sobre figuras mais neutras. Lembre-se do sentido técnico preciso de “fonte histórica independente” que eu expliquei no post anterior. Posso me autocitar? Vejam o que eu disse: fonte independente é “a fonte que não pode ser remontada a outra do ponto de vista literário, ou seja, a fonte que não copiou simplesmente suas informações de outro texto, mas se baseia numa tradição — muitas vezes oral — independente. Isso pode ser inferido a partir de diferenças significativas de vocabulário, ideologia e estrutura narrativa, entre outras coisas”. Fonte independente, portanto, não é fonte “isenta” — até porque, gente linda, isso não existe. Todos os historiadores e escritores antigos (e modernos!) possuem vieses ideológicos e políticos, ainda que muitos tentem se esforçar ao máximo para produzir narrativas que levem em conta todos os fatos e não pendam injustamente para um lado ou para o outro. De novo, são e não são. Devo lembrar aqui que relatos de testemunhas oculares a respeito da imensa maioria dos eventos da Antiguidade são bastante raros. OK, Tucídides escreveu sobre a Guerra do Peloponeso, na qual lutou, e o próprio Júlio César escreveu sobre seu papel na conquista da Gália e nas guerras civis romanas (taí um excelente exemplo de fonte tecnicamente independente, mas nem um pouco isenta). Por outro lado, o “pai da história”, Heródoto, fez o mais antigo relato sobre as guerras entre gregos e persas escrevendo cerca de meio século depois do fim da contenda, e os principais autores que escreveram sobre os primeiros imperadores romanos — gente como Suetônio e Tácito — estavam separados por ainda mais décadas de seus principais personagens. O consenso entre os historiadores atuais é que os livros do Novo Testamento provavelmente incorporam material transmitido oralmente por testemunhas oculares, mas estão longe de terem sido escritos por tais testemunhas. São, apesar disso, quase universalmente considerados textos do século 1º d.C., escritos entre 40 anos e 70 anos depois da morte de Jesus, o que é uma distância temporal decente, embora longe do ideal, no contexto da historiografia produzida na Antiguidade clássica. De novo, é comparável a Heródoto (que, aliás, também curtia falar de ocorrências milagrosas em seus relatos). Breve parêntese: uma pessoa me “chamou na chincha”, como a gente diz aqui em São Carlos, dizendo que todos os textos do Novo Testamento são do século 2º d.C. Descobri que um ou outro especialista defende isso, mas a visão esmagadoramente mais aceita é a que expus acima. Uma datação muito tardia dos Evangelhos, e dessa parte da Bíblia como um todo, não faz muito sentido por uma série de razões. A primeira tem a ver com os próprios manuscritos: o mais antigo fragmento de papiro do Novo Testamento é do Evangelho de João — universalmente considerado um texto mais tardio que o dos demais evangelistas, por sua teologia complexa e por talvez conhecer e usar o Evangelho de Marcos — e tem idade em torno do ano 125. Dificilmente teríamos a sorte de achar “o” primeiro manuscrito. Muito provavelmente é uma cópia de um texto mais antigo, e até uma cópia de uma cópia. Outro problema, talvez mais importante ainda, vem da evidência interna — de como os textos do Novo Testamento funcionam, digamos. O retrato que eles traçam é de comunidades cristãs ainda incipientes e desorganizadas, bastante próximas do judaísmo, em vários casos. Há pouca ou nenhuma distinção formal de funções dentro das igrejas, a figura do bispo ainda não emergiu (exceto em algumas cartas atribuídas a Paulo as quais, pelo visto, na verdade não são dele) etc. Só que, a partir do começo do século 2º d.C., todo esse quadro já começa a mudar. É natural pensar que algumas décadas teriam sido necessárias para esses desenvolvimentos. O quadro faz muito mais sentido quando se pensa nos textos do Novo Testamento como, em grande medida, produções do século 1º d.C. mesmo. Fim do parêntese. Dito isso, quais são as datas estimadas para as nossas principais fontes cristãs sobre o Jesus histórico dentro do Novo Testamento? Bem, o apóstolo Paulo escreveu do fim dos anos 40 ao fim dos anos 50 do primeiro século. O Evangelho de Marcos provavelmente foi concluído por volta do ano 70. Mateus e Lucas podem ou não ter suas próprias fontes independentes de dados sobre Jesus (são as chamadas tradições M e L), mas é quase certo que usaram uma fonte escrita anteriormente, hoje perdida, o chamado documento Q (abreviação do alemão “Quelle”, ou seja, “fonte”), que continha quase que só falas de Jesus e poderia ser até anterior a Marcos. De qualquer modo, o consenso é que Mateus e Lucas teriam escrito entre os anos 80 e 90. Finalmente, tudo indica que o Evangelho de João é dos anos 90 a 100. E tem mais, na verdade, se a gente não restringir o olhar apenas aos Evangelhos e às cartas de Paulo. Dica: o “Apocalipse de João” não foi escrito pelo mesmo autor do Evangelho com esse nome só porque eles são xarás. A linguagem e a visão teológica dos dois livros é bem diferente. O mesmo vale para um dos livros mais enigmáticos do Novo Testamento, a Carta aos Hebreus, durante muito tempo atribuída — erroneamente — a Paulo. Também dá para argumentar que ao menos um evangelho apócrifo, o Evangelho de Tomé, também deriva seus dados de uma fonte (oral ou escrita) independente sobre Jesus, talvez tão antiga quanto o “documento perdido” Q. E por aí vai — a maioria desses textos tem as “impressões digitais” de terem surgido em comunidades cristãs em estado ainda primitivo, no contexto das primeiras quatro ou cinco décadas depois da morte de Jesus. OK, mas esse monte de gente não poderia ter simplesmente copiado suas informações de uma fonte original — Paulo, digamos, que é quase sempre o coitado escolhido pra Cristo (sem trocadilho) quando alguém defende a ideia de um Jesus “mítico”, inventado? Em tese, poderia, mas não é nem de longe o que parece acontecer. Isso porque cada uma dessas fontes tem uma perspectiva muito peculiar e seletiva a respeito de Jesus e de sua vida terrena. A começar por Paulo, que fala muito pouco da vida e dos ensinamentos de Jesus — ele sabe que ele era judeu, que era considerado descendente de David, que foi crucificado, que fez uma “última ceia” com seus discípulos, mas não vai muito além disso em suas cartas. Para obter realmente detalhes “biográficos” sobre Jesus e informações mais claras sobre o que ele ensinava, é preciso recorrer aos Evangelhos, que são depositários de tradições que são claramente independentes das de Paulo, apesar de haver pontos de contato entre elas. Da mesma maneira, textos como o Apocalipse ou a Carta aos Hebreus apresentam visões da pessoa do Nazareno que se desenvolveram de modo independente das dos Evangelhos. Para dar só um exemplo, enquanto Paulo tem esse aparente descaso por detalhes biográficos de Jesus, Marcos começa sua narrativa com Cristo já adulto, enquanto Mateus e Lucas sentem a necessidade de relatar um nascimento divino. Por outro lado, João vê Jesus como divino “desde a eternidade” — curiosamente, uma ideia que, ao menos do ponto de vista embrionário, aparece de forma independente em Paulo. Essa diversidade é importante porque, se por um lado, ela sepulta a ideia uma teologia cristã única e imutável que surgiu com os apóstolos e perdurou desde então, por outro lado ela indica que gente com as mais variadas tradições culturais e visões de mundo, em vários cantos do Império Romano, passou a interpretar a figura de Jesus a partir de um ponto mais ou menos definido no tempo. O grego meio tosco e com forte influência do aramaico do Apocalipse não é mesma coisa que a linguagem muito mais elegante (e inspirada na versão grega do Antigo Testamento) do Evangelho de Lucas, a qual, por sua vez, é bem distinta da narrativa algo “viajante” e filosófica do Evangelho de João. Mas como sabemos que cada um desses escritores conservou tradições genuínas sobre Jesus, em vez de simplesmente dar sua interpretação literária ao personagem, tirada da sua própria cabeça? Porque, muitas vezes, eles sentem a necessidade de preservar o que receberam da tradição oral, mesmo que sua própria perspectiva teológica não bata com os detalhes dessa tradição. Um dos grandes exemplos é Lucas, autor tanto do evangelho que leva seu nome quanto dos Atos dos Apóstolos. Lembre-se de que Lucas retrata a concepção virginal de Maria pelo Espírito Santo, dando a Jesus uma natureza divina desde o nascimento. Mas, ao apresentar a pregação dos apóstolos diante dos judeus logo depois da Ressurreição de Jesus no livro dos Atos dos Apóstolos, Lucas apresenta “fósseis” teológicos que contradizem diretamente essa visão. Por exemplo, nas falas do apóstolo Pedro a respeito de Jesus nesse livro, Cristo é retratado como um homem que realizava milagres por meio do poder de Deus, e diz-se que “Deus glorificou seu servo Jesus” — sem sinal de que Jesus fosse Deus encarnado. Essas incongruências indicam que a tradição, embora maleável, não era um vale-tudo. Se a figura de Jesus foi forjada por Paulo ou por algum outro líder da primeira geração cristã, fica muito difícil explicar porque, em tão pouco tempo, essa multiplicidade de perspectivas emergiu. O cenário é muito mais coerente com um fenômeno único — a vida do Jesus histórico — que, com o tempo, engendrou uma série de interpretações diferentes.
Ainda falta o epílogo. Até amanhã!

6.      Epílogo
É hora de tentar amarrar as pontas soltas, gentil leitor. Após uma análise exaustiva (em mais de um sentido, hehehe…) das fontes antigas a respeito de Jesus e dos critérios usados para tentar determinar a historicidade dos fatos a respeito dele, minha ideia é concluir com o que, de brincadeira, eu costumo chamar de… Estou sendo irônico, claro. O que quero dizer é que, se Jesus fosse mesmo uma figura mítica inventada pelos primeiros cristãos (em geral, o principal suspeito apontado como mentor dessa invenção é o apóstolo Paulo), essa foi a conspiração mais burra da história humana. Para entender melhor o que isso significa, vamos voltar às fontes cristãs usando os critérios de historicidade que expliquei neste post. O mais importante e universalmente usado é o critério do constrangimento, que expliquei sucintamente da seguinte maneira: “O critério do constrangimento parte do pressuposto de que, por mais que os antigos cristãos acreditassem em coisas que, para céticos modernos, soam completamente absurdas, como profetas crucificados que voltam à vida, ainda assim eles tinham uma boa noção do que pegava mal e do que pegava bem na sociedade de seu tempo. Em outras palavras: dados sobre a vida e a morte de Jesus que poderiam colocar tanto o Nazareno quanto os seus seguidores numa posição constrangedora, vergonhosa ou embaraçosa e ainda assim eram mantidos nas narrativas dos Evangelhos ou em outra literatura cristã têm uma chance elevada de serem históricos. Esses dados seriam parte tão forte da tradição histórica a respeito do sujeito que seria impossível escamoteá-los.” Se esse critério é válido, a primeira e mais importante coisa a explicar é porque os “inventores do Jesus mítico” dar-se-iam ao trabalhar de criar um Salvador crucificado. Uma invenção dessas não significa apenas escolher retratar Jesus como alguém que foi submetido ao suplício mais humilhante da Antiguidade, reservado para criminosos de beira de estrada, escravos rebeldes e outros zé-ninguéns. Significa também colocá-lo debaixo de um dos piores estigmas religiosos judaicos: o livro do Deuteronômio, um dos que contêm as leis dadas por Deus a Moisés e ao povo israelita, diz que a pessoa crucificada é “maldito de Deus”. Se a ideia inicial era converter os judeus à crença em Jesus — e todas as nossas fontes indicam isso –, a coisa mais burra do mundo seria inventar uma crucificação que nunca ocorreu. Por outro lado, olhando a questão pelo ângulo da pregação dirigida por Paulo e por outros líderes cristãos aos pagãos do Império Romano, também parece uma burrice sem tamanho inventar um líder divino judeu. E isso não apenas por causa da distância cultural entre judaísmo e paganismo antigos — afinal, o que o cidadão médio de Corinto ou de Roma sabia sobre as profecias judaicas sobre Abraão ou David? –, mas também porque uma forma embrionária, mas considerável, de antissemitismo, era comum no Mediterrâneo antigo, mesmo antes da guerra entre judeus e romanos que levou à destruição do Templo de Jerusalém no ano 70. Do ponto de vista estratégico, inventar um “deus-homem” judeu é, de novo, uma grande bobeada. Finalmente, não faz o menor sentido, e parece simplesmente coisa de gente estúpida, inventar do zero um Messias judaico criado em Nazaré da Galileia, com sotaque galileu, cercado de discípulos galileus. O herdeiro do rei David não deveria vir de uma das grandes famílias aristocráticas da Judeia, ou pelo menos ser alguém de um lugar menos tosco e mais apresentável? O absurdo é tão patente que vemos os Evangelhos fazendo todo tipo de malabarismo retórico para lidar com esse fato, desde argumentar que, na verdade, Jesus nasceu em Belém (Mateus e Lucas) até brincar com o preconceito anti-Nazaré, citando-o, e depois dar a entender que o local de nascimento de Cristo era irrelevante (João). De novo, para que inventar uma informação que atrapalha tanto? A imagem de um Messias crucificado, morto e ressuscitado hoje nos parece inevitável, mas isso é só efeito de 2.000 anos de tradição cristã. Na origem, a ideia era tanto constrangedora — como eu argumentei acima — quanto “descontínua” com o judaísmo do século 1º d.C. (encaixando-se ao menos parcialmente no critério histórico da descontinuidade, segundo o qual um fato sobre Jesus tem mais chances de ser histórico se ele não corroborar o que o judaísmo e/ou os primeiros cristãos defendiam). Explicando um pouco melhor: havia todo tipo de expectativa divergente sobre o Messias entre os judeus do primeiro século. Alguns esperavam simplesmente um rei humano da linhagem de David que os libertaria da dominação romana e traria a independência política de Israel. Outros esperavam uma figura mais sobrenatural, semidivina, que não apenas seria um grande guerreiro como também instauraria um reino eterno de paz e justiça na Terra, com Jerusalém como “capital do mundo”. Caramba, havia até alguns, como a seita provavelmente responsável por criar os manuscritos do mar Morto, que esperavam DOIS Messias, um Messias rei e outro Messias sacerdote. O que ninguém esperava, no entanto, era um Messias torturado e crucificado pelos romanos. Foi preciso muita criatividade teológica — e muita fé em Jesus da parte dos seus primeiros discípulos, claro — para pegar esse fato triste, humilhante e constrangedor e tentar argumentar que era exatamente isso que Deus havia previsto por meio dos profetas nas Escrituras judaicas. Antes da morte de Jesus, não passava pela cabeça de nenhum judeu pegar textos do Antigo Testamento como a descrição do Servo Sofredor no livro de Isaías, ou as passagens sobre o sofrimento do justo nos Salmos, a dizer que aquilo tudo tinha de acontecer com o Messias. Seria uma estupidez descomunal inventar tudo isso se a ideia era só criar uma nova divindade com apelo pop. Quem defende a tese do Jesus mítico costuma dizer que o ônus da prova, ou seja, a obrigação de demonstrar algo, está do lado de quem quer defender que ele existiu, da mesma maneira que é obrigação de quem diz que Deus existe provar que ele existe mesmo. Afinal, dizem eles, não se pode “provar uma negativa”, ou seja, provar que algo não existe — basta lançar dúvidas razoáveis sobre a existência. Eles que me desculpem, mas nesse caso o raciocínio deles abusa do princípio acima exposto. Afinal, eles também estão tentando provar algo, que é a ideia de que Jesus foi um mito inventado. E, para isso, eles precisam demonstrar como e por que essa invenção foi feita. Acho justo afirmar que os fatos que expus acima mostram que a tese da invenção mítica é improvável, ainda que não impossível. O princípio da pesquisa histórica, assim como o de qualquer outra ciência, é claro: a hipótese que consegue explicar com mais simplicidade e lógica o conjunto de dados disponíveis vence. Dado tudo o que sabemos, faz muito mais sentido postular que um profeta real saiu de Nazaré, pregou Palestina afora e foi crucificado por volta do ano 30 d.C.
Conheça o misterioso livro escrito em idioma indecifrável

Simon Worrall, da BBC em Connecticut, Atualizado em  23 de abril, 2014 - 05:10 (Brasília) 08:10 GMT, http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/04/140422_livro_misterio_voynick_fn.shtml

Um livro escrito em um idioma que não existe e ilustrado com plantas e criaturas nunca vistas é um dos grandes mistérios da Bibilioteca Beinecke de Manuscritos e Livros Raros da Universidade de Yale, nos Estados Unidos. O livro é conhecido como Manuscrito de Voynich, uma homenagem ao comerciante de livros usados Wilfrid Voynich, polonês naturalizado britânico que teria descoberto o misterioso livro na Itália, em 1912. Desde então, o texto se transformou em obsessão de vários especialistas e gerou muitas teorias, algumas científicas e outras mais absurdas. "Minha favorita é a que fala que (o livro) é um diário ilustrado de um adolescente extraterrestre que o esqueceu na Terra antes de partir", disse em tom de piada o curador da Biblioteca Beinecke, Ray Clements. O manuscrito é, na verdade, um livro pequeno, do tamanho de uma das reedições de clássicos da literatura que geralmente são impressos pela editora Penguin. A capa é frágil, feita de couro desbotado, da cor de marfim desgastado. Ao todo são 240 páginas ilustradas. Os desenhos parecem coisas descritas em visões alucinógenas, plantas estranhas, símbolos astrológicos, criaturas em forma de medusas e o que parece ser uma lagosta. Em uma das imagens pode-se ver um grupo de mulheres nuas de pele muito pálida, que deslizam pelo que parece ser um tobogã de água.
O texto está escrito com tinta cor marrom e me faz recordar a descrições do idioma dos elfos, criação do escritor inglês J.R.R. Tolkien, autor de livros como O Hobbit e O Senhor dos Anéis. Wilfrid Voynich nasceu em 1865, era de origem polonesa e vivia na Lituânia, território que, na época, pertencia ao Império Russo. Ele foi preso e enviado para a Sibéria por exercer atividades revolucionárias. Voynich conseguiu escapar da Sibéria através da Manchúria e fugiu para a Inglaterra. Em Londres, ele estabeleceu uma livraria especializada em textos de segunda mão, que acabou se convertendo em um centro onde se reuniam os exilados políticos que viviam na capital britânica - e atraía nomes como Karl Marx. Voynich afirmava que encontrou o manuscrito em um seminário jesuíta, nos arredores de Roma, chamado Villa Madragone. No manuscrito estava anexado o que parecia ser uma carta escrita em 1665 por Johannes Marcus Marci, um físico do Sacro Império Romano. A carta dizia que o livro chegou a pertencer a Rodolfo 2º, imperador do Sacro Império Romano (1576-1612) e que provavelmente seria obra do alquimista inglês Roger Bacon. Outros dois possíveis autores que estariam envolvidos com o manuscrito seriam John Dee, mago e astrólogo da rainha Elizabeth 1ª, e um dos seguidores de Dee, Eward Kelley. Voynich se referiu ao livro como "o manuscrito com a mensagem codificada de Roger Bacon". Desde então, o manuscrito se transformou em um imã de mentes brilhantes. O americano William Friedman, um dos grandes criptógrafos do século 20 e que criou a Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês), a instituição que recentemente teve grande destaque no mundo graças às denúncias de espionagem de Edward Snowden, passou 30 anos de sua vida tentando decifrar o código do manuscrito. Um botânico aposentado dos Estados Unidos disse recentemente que algumas das plantas eram originárias da América Central. Já um especialista britânico garantiu que, depois de aplicar seus conhecimentos em linguística, conseguiu traduzir dez palavras. No entanto, é possível que o próprio Wilfrid Voynich tenha falsificado o livro. Um dos artifícios mais comuns na história da falsificação é o de um comerciante de livros raros que "descobre" um manuscrito desconhecido. Voynich é conhecido por ter este "toque mágico". Afirma-se que ele teria adquirido uma grande quantidade de pergaminho e que aplicou seu bom conhecimento de química, obtido na Universidade de Moscou, para produzir tintas com pigmentos parecidos com os usados na Idade Média. É possível que, ao ter falsificado o manuscrito, Voynich fez o que muitos falsificadores já tinham feito: criou um segundo documento para validar o primeiro e dar a ele uma origem plausível. Mas, até que sejam feitas análises e exames das tintas e pigmentos do manuscrito, o mistério deste livro continuará seduzindo atuais e futuros "Voynicologistas". E até agora só se conseguiu determinar que o couro data do século 15.
A base genética da evolução do corpo dos humanos
Os reguladores do DNA nos distinguem dos neandertais e denisovanos



As diferenças genéticas importantes não estão apenas na sequência do DNA (gcttaatgc…), mas também em outras coisas que se anexam a ela (modificações epigenéticas sobre os genes). Cientistas da Universidade Hebraica de Jerusalém, do Instituto Max Planck de Leipzig e das Universidades de Oviedo e Cantábria, na Espanha, reconstruíram pela primeira vez os mapas epigenéticos dos neandertais e dos denisovanos, e os compararam com os humanos modernos. Existem 2.000 regiões genômicas diferentes, entre elas as que abrigam os genes Hox que organizam o corpo de todos os animais, o que explica as diferenças morfológicas entre os três grupos de humanos. Os pesquisadores utilizaram os genomas de alta qualidade obtidos dos ossos fósseis de duas mulheres —chamá-las de fêmeas é um pouco chocante— que viveram há cerca de 50.000 anos: uma neandertal e uma denisovana. Esta última espécie foi identificada há alguns anos a partir de seu DNA fóssil, e quase não se sabe nada de sua morfologia nem de sua extensão geográfica. A grande inovação do estudo é que os cientistas encontraram uma forma de deduzir os padrões de ativação genética dessas duas espécies. Uma das principais modificações epigenéticas é a adição de um grupo metil (-CH3, um átomo de carbono e três de hidrogênio) a uma dasletras do DNA (a “c”, ou citosina). Esta atividade de metilação nasceu evolutivamente como um sistema para inativar os transposons, antigos genomas de vírus que perderam sua capacidade de infectar, mas continuam movendo-se de um local a outro pelo genoma. A metilação serve hoje também para inativar grandes ramificações de DNA humano. A metilação serve hoje também para inativar grandes ramificações do DNA humano, incluída a totalidade de um cromossomo X nas mulheres (as fêmeas têm dois XX, enquanto os machos só têm um, o XY). Os humanos começaram o desenvolvimento com a maioria dos genes abertos, e a evolução do embrião implica na desativação progressiva de alguns genes ou outros em cada zona do corpo. Os padrões de metilação são 99% idênticos entre os humanos modernos e as duas espécies antigas. Os diamantes residem no 1% restante, e as joias da coroa são dois genes Hox cujo padrão de atividade difere claramente entre as espécies antigas e a moderna. Estes genes formam filas no genoma (do Hox1 ao Hox13), e definem zonas igualmente consecutivas do corpo. Por exemplo, cabeça, pescoço, dorsais, lombares e o restante; ou ombro, braço, antebraço, punho, palma da mão e dedos. As mudanças de metilação nesses dois genes Hox correspondem às diferenças morfológicas entre os humanos antigos e modernos, como o comprimento do fêmur, o tamanho das mãos e dos dedos, e a largura dos cotovelos e joelhos. Podemos inferir algum dia todas as características de uma espécie partindo apenas de seu genoma? Tudo indica que sim.
Com a ajuda de drone, arqueólogos acham
vila de mil anos nos EUA
Câmera com sensor de calor acoplada no equipamento pode representar uma nova etapa do estudo de antigas civilizações

Área foi encontrada no Estado do Novo México, EUA Katie Simon/Live Science

ALBUQUERQUE, NOVO MÉXICO (EUA) - Um novo estudo divulgado no início deste mês na publicação científica “Journal of Archaeological Science” descreve como arqueólogos que usaram um drone dotado de câmera com sensor de calor descobriram o que eles acreditam se tratar de uma antiga vila de mil anos, no Estado do Novo México, EUA. A descoberta de estruturas circulares semelhantes a espaços para cerimônias - escondidas sob camadas de sedimentos e artemísia - está sendo saudada como um passo importante que pode ajudar a lançar luz sobre mistérios muito bem enterrados, que compõem paisagens desérticas do Sudoeste americano ao Oriente Médio. Desde a década de 70, arqueólogos têm conhecimento de que imagens aéreas feitas com ondas infravermelhas térmicas de luz podem ser uma poderosa ferramenta para detectar restos culturais no solo. No entanto, poucos tiveram acesso à satélites que apresentam essa tecnologia. Além disso, em helicópteros e aviões, esses equipamentos apresentam grandes limitações. Com os drones, os cientistas podem obter imagens de qualidade a partir de altitudes e ângulos muito específicos, a qualquer hora do dia e em variados espaços de tempo, usando drones baratos e câmeras disponíveis no mercado. O arqueólogo da Universidade de Arkansas, nos EUA, Jesse Casana uniu-se com o professor da Universidade de North Florida John Kantner no verão passado para testar os drones em uma área remota do Noroeste do Novo México, ao Sul do Parque Nacional Histórico da Cultura Chaco. O espaço é o centro cultural e religioso da antiga sociedade Puebloan. Kantner vem estudando uma aldeia na área conhecida como Blue J. Ele encontrou duas famílias à beira da aldeia através de escavações teste, mas muito dos segredos da região permanecem enterrado sob o arenito erodido. Blue J foi uma área ativa há cerca de mil anos, no mesmo período auge da região do Chaco. Assim, encontrar estruturas como “kivas” e “grandes casas” no local ajudaria a solidificar a teoria de que a influência dessa cultura se espalhou pela região. As “kivas” eram estruturas circulares, com pontos de encontro subterrâneos, associadas à realização de grandes cerimônias. Já as “grandes casas” se configuravam em enormes construções de pedra de vários andares, muitas vezes voltadas para direções solares e lunares, que também ofereciam linhas de visão entre os edifícios para permitir a comunicação. O drone usado pelos arqueólogos flagrou grandes formas circulares, não naturais, que podem ser “kivas”. A equipa agora planeja uma escavação no local para procurar os restos arqueológicos. - Dentro de algumas horas fomos capazes de examinar esta área. Trata-se de uma grande novidade. De forma rápida e barata, somos capazes de encontrar novas estruturas - avaliou o pesquisador Kantner. Hoje já se fala sobre o uso de drones em outros ambientes secos, como Arábia Saudita e Chipre, onde a diferença entre as temperaturas diurnas e noturnas seriam grandes o suficiente para permitir que estruturas de pedra enterradas sejam encontradas e registradas por “imagens térmicas”. Sarah Parcak, arqueólogo da Universidade de Alabama, em Birmingham - que não está envolvida na pesquisa do Novo México - disse que se animou com o potencial uso da tecnologia em um novo trabalho no Egito. Segundo a pesquisadora, drones dotados de sensores podem aprimorar a arqueologia, melhorando a forma como se estuda paisagens e recursos que são enterrados sob o solo. Entretanto, os equipamentos têm seus limites. Os voos, por exemplo, duram menos de 15 minutos, dependendo da carga da bateria e do peso da câmera. Há também questões sobre regras federais que regem a utilização das máquinas.
Grupo Uniesp é obrigado a corrigir
contratos irregulares do Fies



Após denúncias sobre irregularidades em contratos de Financiamento Estudantil (Fies), do governo federal, o Grupo Educacional Uniesp terá de corrigir todos os contratos irregulares, conceder desconto de 30% nas mensalidades do primeiro semestre de 2014 para todos os matriculados, com ou sem Fies, e estender aos estudantes financiados por recursos federais todos os descontos e modalidades de bolsa, estando sujeito a multa de R$ 20 mil por aluno prejudicado.  A instituição ainda está proibida de criar novas instituições de ensino superior, sob pena de multa de R$ 1 milhão, e não pode cobrar mensalidades dos estudantes que ingressaram nos cursos na expectativa de obterem futuro financiamento estudantil enquanto a situação não esteja regularizada. As medidas fazem parte de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado entre o Ministério Público Federal em São Paulo, o Ministério da Educação (MEC), o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e o Grupo Uniesp na semana passada. A instituição declarou que tem 3.744 estudantes que ingressaram na expectativa de obterem financiamento estudantil. No meio do ano passado, o MEC havia suspendido a abertura de cursos na Uniesp. A instituição cobrava preços diferenciados para alunos com financiamento estudantil. Há denúncias de que a instituição enganava alunos ao comunicar que a Uniesp pagaria as mensalidades. No TAC, o MPF-SP aponta que “foi constatada a existência de contratos de financiamento estudantil com informações incorretas sobre curso financiado, semestre do financiamento, valor da mensalidade e instituição de ensino superior, dos quais vários, número a ser apurado após a assinatura do presente TAC, possuem incorreções insanáveis.” O TAC visa regulamentar a situação e possibilitar novas financiamentos. Segundo a procuradoria, Os estudantes com contrato de financiamento irregular deverão ser notificados para efetuar o recadastramento de seu login e senha de acesso ao sistema de cadastro no programa. Eles terão de 5 de maio a 30 de junho para solicitar pela internet a transferência de curso e instituição de ensino, quando houver informações incorretas. Também dentro deste prazo, o grupo educacional terá que solicitar a renovação dos contratos com a devida correção do número de semestres e do valor da mensalidade, que deverá ser o mesmo para estudantes com ou sem financiamento federal. O grupo ficará impedido, até 31 de agosto de 2014, de cobrar taxa de alunos que desejarem transferência para outros estabelecimentos de ensino. O grupo é obrigado a transferir a todas as suas instituições de educação superior para uma única mantenedora, já constituída como Uniesp S/A. Em 2011, a Assembleia Legislativa de São Paulo concluiu Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a situação de ensino superior particulares. A situação da Uniesp foi abordada. Em nota, o Grupo Uniesp informou que “não hesitará, em nenhum momento, em cumprir todas as suas cláusulas e condições, submetendo-se a todas as suas normas”. Afirma ainda que o TAC é um “verdadeiro manual de governança corporativa” e que “é o produto final de inúmeras reuniões realizadas nos últimos meses visando proteger os interesses dos alunos e, assim, de toda a comunidade acadêmica da Uniesp”. Na nota, a instituição defende, por meio de seu presidente, Fernando Costa, que contratos continham “imperfeições” decorrentes “dos bloqueios cautelares que o grupo recebeu”. O Fies foi criado em 1999 mas passou por uma reformulação em 2010 que possibilitou salto vertiginoso nos contratos. Em quatro anos, mais de 1,2 milhão de universitários fecharam contrato com Fies. Ao mesmo tempo que o Fies resulta no maior acesso de estudantes ao ensino superior, é também tido pelas instituições privadas como sinônimo de ganho certo e queda nos calotes de alunos.
Homo sapiens deixou África antes do imaginado
Jornada humana em direção à Ásia ocorreu em pelo menos dois momentos, o primeiro deles há 130 mil anos


RIO - O homem deixou a África em duas grandes ondas migratórias, marchando por caminhos diferentes há mais de 130 mil anos. Sua movimentação mundo afora foi revelada esta semana por um estudo coordenado pela Universidade de Tübingen, da Alemanha. A pesquisa desvenda a polêmica jornada para outros continentes. Até agora, acreditava-se que houve apenas uma grande dispersão, e muito mais recente — seu registro seria de 50 mil anos atrás. A pesquisa considerou diversas possibilidades de dispersão, levando em conta medições cranianas, dados genéticos de populações humanas e condições climáticas que influenciariam o deslocamento das populações. A comunidade científica concorda que o homem moderno é descendente de uma mesma população ancestral, que existiu na África entre 100 mil e 200 mil anos atrás. No entanto, não havia consenso sobre o caminho que seguiu após deixar o continente. Segundo uma teoria, a marcha passou pelo interior da Ásia. Outra hipótese é que a trajetória até o Extremo Oriente ocorreu margeando o litoral asiático. — Testamos diferentes cenários sobre o êxodo dos homens modernos fora da África: se isso ocorreu em uma migração, ou duas, ou em diferentes versões — conta Katerina Harvati, paleoantropóloga do Centro Senckenberg de Evolução Humana de Tübingen e coordenadora do estudo, publicado na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences”. — Usamos análises genéticas, anatômicas e concluímos que a trajetória humana foi uma dispersão múltipla, ou seja, uma combinação dos caminhos já estudados. Além de definir o percurso do homem, os pesquisadores também concluíram que a caminhada começou muito antes do que se cogitava. A primeira migração saiu da África há 130 mil anos. Entre seus descendentes estão os atuais aborígenes australianos e os habitantes de Papua Nova Guiné. O segundo grupo só deixou o continente de origem 80 mil anos depois. Estima-se que dele vieram populações nativas do Sul da Ásia, como os negritos, que têm baixa estatura, pele escura e cabelo encaracolado. Coautor do estudo, Hugo Reyes-Centeno destaca que novos achados arqueológicos no Nordeste da África e na Península Arábica apoiam a tese de que o homem pisou nesta região mais cedo do que se pensava. No sítio arqueológico de Jebel Faya, nos Emirados Árabes Unidos, foram encontradas artefatos de pedra que teriam entre 100 mil e 125 mil anos. — Vemos fósseis na Palestina de até 120 mil anos e cuja forma craniana se assemelha muito a populações da Oceania, bem mais do que a de qualquer outra população moderna. Eventos extremos climáticos podem ter motivado o deslocamento da população africana para o Vale do Rio Nilo e, dali, para a Península Arábica. — Especulamos que houve secas severas entre 130 mil e 75 mil anos atrás no Leste da África, estimulando a migração do homem para outras regiões — explica Reyes-Centeno. — As populações em expansão fora do continente teriam encontrado inicialmente condições climáticas mais favoráveis, mas também foram confrontados com fenômenos inesperados. Há aproximadamente 75 mil anos, segundo o pesquisador, o deslocamento pela costa Sul da Ásia teria sido afetado por uma erupção vulcânica na Indonésia. Este fenômeno impediu a passagem para o Sudeste do continente e atrasou a entrada na Austrália. O primeiro registro de homens modernos na região é de 50 mil anos atrás. Jeanne Cordeiro, arqueóloga do Laboratório de Arqueologia Brasileira, acredita que o período analisado é muito amplo e carente de dados, mas que o estudo preenche algumas lacunas históricas. — Como aborda um espaço temporal muito longo, a pesquisa pode provocar discussões — explica a arqueóloga, que não participou do levantamento alemão. — O novo estudo tem uma base muito sólida. Ele conjuga um método antigo, que é a medição de crânios, e técnicas cada vez mais aceitas, como a análise do genoma para medir a dispersão das populações. A chegada do homem à América não é abordada no estudo. Mas, segundo Reyes-Centeno, o mesmo método poderia ser usado para investigar quando começou o seu povoamento: — Nosso estudo desafiou um modelo ao dizer que houve pelo menos duas dispersões da África para a Ásia. Agora, podemos testar se a chegada às Américas ocorreu ao longo de uma rota costeira a partir da Ásia, como muitos especialistas propõem, ou se outros cenários são mais prováveis. Katerina lembra que, segundo os principais estudos, o homem pisou pela primeira vez na América por volta de 15 mil anos atrás, embora haja indicações de que isso poderia ter ocorrido até 15 mil anos antes. — Independentemente do caso, isso é muito tarde, considerando que a saída da África ocorreu há 130 mil antes — assinala.

14 de abril de 2014

publicado no jornal O Globo, no caderno Boa Chance, em 13 de abril de 2014 ...


 publicado no jornal O Globo, no caderno Boa Chance, de 06 de abril de 2014 ...


7 de abril de 2014

Entrevistas com Tony Chan, presidente da Hong Kong University of Sciience and Tecnology

O que um país precisa fazer, em termos de políticas públicas, para a formação de melhores estudantes?
Duas coisas são fundamentais: primeiro, investir em pesquisa científica. Sem ela, não existe tecnologia. Sem tecnologia não há crescimento econômico. Em segundo lugar, investir em intercâmbios de alunos. Eles ão a base disso. Sem alunos preparados, não é possível fazer pesquisas cientificas inovadoras. Não podemos optar entre uma coisa ou outra. É como ter que decidir se cortarmos a mão direita ou esquerda. As duas são extremamente importantes.

Que tipo de estudantes você querem?

Queremos alunos comprometidos com os estudos acadêmicos. 
Sem compromisso

Não bastasse a carga horária da escola no Brasil ser das menores do mundo, atrasos e indisciplina roubam tempo precioso de aula, por Antonio Gois, em http://oglobo.globo.com/sociedade/sem-compromisso-12112493#ixzz30s7iyPM5 


A pontualidade não é uma ciência exata no Brasil. A frase é verdadeira, mas causou polêmica porque foi publicada na revista digital da Fifa, em uma reportagem sobre a Copa. Ao ler sobre o assunto, lembrei minha experiência como repórter de educação ao acompanhar, quase diariamente, por três meses, em 2009, a rotina de uma escola pública do Rio. Quando o sinal de início das aulas tocava, alunos e professores, em geral, continuavam suas conversas no pátio ou no refeitório. Aos poucos, iam caminhando para as salas de aula, sem pressa. Eram cerca de 15 minutos perdidos até que o professor e um grupo de estudantes estivessem em seus lugares. Mas as aulas, propriamente ditas, não começavam imediatamente. Até que a chamada fosse feita, os alunos parassem com as conversas paralelas e o professor tratasse de temas diversos sobre a organização da escola, ao menos mais dez minutos se passavam. Só então as atividades diretamente relacionadas ao aprendizado tinham início. O caso acima não é isolado. Uma pesquisa da OCDE, divulgada em 2009, mostrou que 31% do tempo de aula no Brasil eram perdidos com tarefas administrativas, como fazer chamadas, ou com o professor tentando manter alguma disciplina em sala de aula. Foi o maior percentual entre 23 países comparados na época. O desperdício poderia ser relativizado se os alunos brasileiros passassem mais tempo na escola. Não é o caso. Por lei, o ano letivo aqui precisa ter, no mínimo, 200 dias. No Japão, são 243. Na Coreia do Sul, 220. Em Israel, 216. Há também países com bons resultados e calendário escolar parecido com o nosso. A diferença é que, por dia, os alunos lá passam mais tempo estudando. Tente explicar para um estrangeiro que, aqui, a jornada mais comum da rede pública é de apenas quatro horas e que, não raro, há colégios que chegam a funcionar em três turnos. A conclusão é simples: com todas essas condições, não há o menor risco de dar certo. Parte desse problema é estrutural, e a solução passa por um aumento significativo dos recursos públicos para a educação. O Brasil tem apenas 4% de escolas de ensino médio funcionando em tempo integral. A carreira docente, segundo o Censo do IBGE de 2010, segue sendo a de menor remuneração média entre as profissões universitárias. Com melhores salários e mais escolas em tempo integral, professores seriam mais valorizados e cobrados, trabalhariam em menos escolas e poderiam até se dedicar exclusivamente a um único estabelecimento, diminuindo o tempo perdido em deslocamentos cada vez mais demorados diante do nosso trânsito infernal. Porém, seria cômodo pôr toda a culpa nos governos. Parte do problema é também cultural, tem a ver com nosso comprometimento com horários e tarefas. E não é restrito apenas à educação básica ou pública. Em 2011, em blog da revista “Piauí”, uma aluna da Universidade de Princeton que fazia intercâmbio no curso de Letras da PUC-Rio descreveu sua rotina acadêmica como a de um grande escolão de ensino médio. Professores e alunos pouco dedicados, que pareciam fazer o mínimo esforço possível apenas para cumprir tarefas ou obter um diploma, mesmo estando numa das mais conceituadas instituições de ensino superior nacionais. Se há gringos mal-humorados que não entendem que nosso descompromisso quando estamos de folga é parte de nossa cultura, o problema é deles. Se nós não entendemos que esse mesmo comportamento em relações de trabalho e na escola é extremamente prejudicial a nós mesmos, o problema é nosso.

5 de abril de 2014

Quero, neste espaço, apesar do tempo passado, homenagear os alunos formandos do curso de História do UniMSB de 2014 ... todos estiveram em salas de aulas comigo, alguns por um tempo maior, outros por um tempo menor, mas lembro de todos eles, de cada um deles particularmente ... poderia contar aqui, pequenas histórias de cada um ... mas isso agora é passado: objeto de estudo de todos nós ... aprendi com cada um de você ... muito obrigado pela oportunidade do convívio ... caminhem com dignidade e decência ... pensem que o objetivo de cada um de nós não é se locupletar com o que somos capazes de fazer, mas com o quanto somos capazes de servir ao outro ... não parem de estudar ... não parem de conhecer ... que DEUS os conduza ...

ALAN CARDOSO DOS SANTOS
ALCIONE DA FONTE RAVAIOLE
ANA LÚCIA SOARES PEDRO
ANACLETA ROSA SANTOS
ANDRÉ ALVES MANGIA
CAIO VINICIUS MORAES DA SILVA
CARLA CRISTINA BARRETO SILVEIRA 
CLAUDIA REGINA VIANA DA SILVA
CRISTINE DOS REIS CONCEIÇÃO
ELZA AGUNDES SANTOS
FRANCISCO AURICELIO DE MESQUITA
ISABELA CRISTINA MOREIRA MONTEIRO
JAQUELINE DO NASCIMENTO RANGEL LEIRÓS
LUIS CARLOS CAMELO DA SILVA
LUISA REGINA BARBOSA DE ANDRADE CARVALHO
MARCIO NOBREGA PESSOA
MARCOS PAULO SOARES FERREIRA UBALDINO
PRISCILA BORGES DA SILVEIRA
RICHANE TELES GONÇALVES
RODRIGO DO NASCIMENTO BARBOSA
THAYS HELENA MARTINS DA SILVA
VAGNER VIEIRA LINDO
VANESSA GUIMARÃES BARRETO
o meio acadêmico está altamente degradado ... em estado de decomposição ... está em avançado estado de putrefação ... e aqueles que nele vivem, imunizados por ele, tornaram-se incapazes de sentir  e ver ... por isso, apesar de estarem diante deste corpo, não o vêm e sequer sentem seu cheiro ... é necessário que retome-se o sentido do ensino superior ... ele é essencialmente para capacitar, em nível superior, aqueles que recorrem a ele (os "alunos") ... é necessário extirpar dele aqueles que o consomem, para deleite próprio; para manutenção de seu "status quo"; ou para ampliar sua rede de relações, muitas vezes corrompida e imoral ... entendo que tornou-se inaceitável, apesar dos apelos da comunidade que o cerca, sua aparência de bom moço, apesar de todas as maldades ... agir, dentro da academia, contra alguém de dentro dela, como represália, é inadmissível, pois quem acaba sofrendo são os agentes geradores deste sistema, os "alunos" ... vivemos na academia, com uma compreensão maquiavélica ... uma grande maldade, que durará para sempre, e gerará muitas consequências; e algumas regalias, esporadicamente, para alguns dos súditos, como forma de calar a boca das vozes que possam estar sendo levantadas ...

Você precisa saber ...

Será inaugurada em junho, no Centro Cultural Municipal Doutor Antônio Nicolau Jorge (pelo Núcleo de Orientação e Pesquisa Histórica, em parceria com a Casa da Moeda do Brasil) a exposição permanente "Rastros de história e de momória: Santa Cruz feita com as mãos", da artesã Janaína Botelho ... a moça é uma verdadeira artística plástica e que foi capaz de reproduzir a história de Santa Cruz através de maquetes ... é uma senhora exposição ... aguardo ansioso ...


Esta sendo lançada no Rio de Janeiro a Revista de Cultura Contemporânea Paulistana "Amarello" ... vale a pena conferir ... é um espaço para talentos, não necessariamente novos, que não tinham onde divulgar seus trabalhos, conforme disse Tomás Biagi Carvalho ...


Tem sido notícia, principalmente nos cadernos de emprego, a necessidade de trabalhadores com fluência na língua inglesa ... hoje, exige-se isso ... é o mundo da concorrência além dos conteúdos formais da área de atuação ... até quando continuaremos a brincar de ter aulas de língua estrangeira (inglês, francês, espanhol) nas escolas ... hoje não basta ter concluído seus estudos, é necessário ter o domínio da língua estrangeira, principalmente a inglesa ... OS JOVENS PRECISAM TOMAR CONTA DISSO, OS PAIS PRECISAM SABER DISSO E COBRAR DAS ESCOLAS ... CHEGA DE CURSOS DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS ... PRECISAMOS DE ESCOLAS CUMPRINDO SEU PAPEL ...


Mais uma do Ministério da Educação: os livros didáticos aprovados por ele agora fazem doutrinação política, ao criticar governos anteriores ao do presidente Luis Inácio Lula da Silva e elogiar este ... não quero entrar nos detalhes, mas vale a pena uma análise específica por parte dos profissionais ...


Agora é oficial, somos, no Brasil, 190.755.799 habitantes ... dos quais 60,7% teem renda de até 1 salário mínimo e 5,1% teem renda acima de 5 salários mínimos ...


O Instituto Brennand, no Recife, através do empresário Ricardo Brennad, está preparando a abertura daquela que será a maior e melhor biblioteca sobre o período holandês no Brasil ... com cerca de 20.000 livros e periódicos, além de 1.500 partituras e inúmero manuscritos, totalizando mais de 60.000 ítens ... isso tudo estará aberto ao público pesquisador até o segundo semestre ... vamos aguardar ...


"Além de transmitir conhecimentos, os professores devem ajudar os estudantes a descobrir seus talentos." ... "Na Finlândia, a seleção dos profissionais não se baseia apenas na sua competência cognitiva, mas dá igual importância a seu potencial de liderança, seus valores éticos, sua disposição para ensinar, sua habilidade de comunicar e de se relacionar bem." ... são afirmações de Lee Sing Kong, Diretor do Instituto Nacional de Educação, em entrevista publicada nesta segunda-feira, 18 de abril de 2011 ...


O investimento em Educação no Brasil continua uma vergonha ... embora com um investimento de 4,3% do produto interno bruto, ao nível de Espanha e Coréia do Sul, a distribuição é vergonhosa ... enquanto o ensino básico (fundamental e médio) tem investimento de aproximadamente 15% do PIB percapita, o superior (universitário) tem investimento de aproximadamente 92,6% do mesmo PIB percapita ... vergonha ... vergonha ... talvez por isso somos o número 54 em Matemática, o número 52 em Ciências e o número 49 em Leitura, se comparados alunos dos 57 países mais ricos do mundo ...


Acaba de ser fechado mais um negócio na área da educação, o Grupo Abril Educação comprou, no Rio de Janeiro, o Colégio e Curso pH, com suas 9 unidades e 6.600 alunos ...


Com o apoio do Governo Federal e da Presidente da República, Dilma Rousseff, esta prestes a ser aprovada a Lei Federal que determina o fim do sigilo eterno de documentação considerada ultrassecreta. Com isso, o acesso público à documentação que o Estado considera inacessível esta próximo. É possível que no próximo dia 3 de maio, no Dia da Mundial da Liberdade da Imprensa a Lei seja assinada. O limite máximo passaria a ser de 25 anos para os documentos considerados ultrassecretos, 15 anos para os documentos considerados secretos e 5 anos para os demais documentos.


Esta sendo comemorado, agora em abril, o maior parque indígena do Brasil: o Xingu. Nos 2,8 milhões de hectares, praticamente intactos, vivem cerca de 6.000 nativos, pertencentes a 16 etnias. Isso tudo, graças aos Irmãos Vilas Boas (Orlando, Cláudio e Leonardo). Parabéns ao Estado brasileiro.


Passado o tempo, esperei ver a manifestação acerca da morte de José Alencar, vice-presidente da república por 8 anos. Infelizmente, apenas o jornalismo, que fazia seu papel de informar, noticiou. Não vi escolas e universidades manifestarem-se. a grande maioria nem mesmo fez referencia a isso com seus alunos. Uma delas, através de carta aberta a sua comunidade o fez e merece ser ressaltada. Trata-se do Colégio Dimitre Marques, em Campo Grande, no Rio de Janeiro. Sou forçado a admitir que nem tudo, na escola, esta perdido. Parabéns professor Dimitri.


Em pesquisa recente o CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola) entrevistou e analisou 22.960 estagiários e descobriu que 75% deles estão cursando o Ensino Superior e que apenas 16% estão cursando o Ensino Médio ... 59% são mulheres ... 48% teem até 20 anos de idade ... 56% estudam inglês ... e 74% moram com os pais ... no que diz respeito à renda familiar 60% das familias teem rendimento de até R$ 1.250,00 mensais ...


A Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro acumula, desde 1896, 540.000 registros de direito autoral e 934.387 registros no ISBN (International Standard Book Number) ... dos registros de direito autoral apenas 5,08% são na área de Didática e Pedagogia ...


O canal The Histoty Channel apresenta, em quatro episódios, a civilização que construiu Machu Picchu, no programa intitulado Exploração Inca e apresentado pelo "explorador" Felipe Varela, a partir de terça-feira, dia 22 de março ... para os que gostam das culturas americanas pré-européias é uma boa oportunidade ...


O Instituto dos Pretos Velhos, localizado na Rua Pedro Ernesto, 32-34, na Gamboa, Zona Portuária do Rio de Janeiro, acaba de apresentar sua programação para o ano de 2011, em seu projeto Oficinas de História no Ponto de Cultura IPN ... as inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo endereço pontodecultura@pretosnovos.com.br, enviando nome, endereço, telefones, e-mail, profissão, se estudante, sua instituição e as oficinas de interesse ... destacamos Revolta da Chibata; Ms. Claudio Honorato; Datas: 15.10.2011 (10 horas); 22.10.2011 (10 horas) e 27.10.2011 (14 horas) e Revolta da Vacina; Ms. Claudio Honorato; Data: 15.09.2011 (14 horas) ...


O Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro (IHGRJ), localizado na Avenida Augusto Severo, 8 - 12ª andar – Glória – Rio de Janeiro ... apresentou sua programação de palestras e conferencias para o ano de 2011 ... devemos ficar atentos a elas ... são todas com entrada franca ... destacamos: A escultura religiosa fluminense nas Visitas Pastorais de monsenhor Pizarro; Dra. Nancy Rabelo (CEFET); dia 9 de JUNHO, às 15h - Imagens e paisagens: o Rio de Janeiro e arte do comércio imperial; Dra. Rogéria de Ipanema (IHGRJ); dia 13 de outubro, às 15h - A história que as ruas contam: o historiador em Macedo; Dra. Mary Del Priore; dia 13 de outubro, às 17h - Economia do açúcar no Brasil; Dr. Fernando Tasso Fragoso Pires; dia 10 de novembro, às 17h - A Literatura e a Inquisição; Dra. Neusa Fernandes (Vice-presidente do IHGRJ); dia 8 de dezembro, às 16h ...


Conferencia “O Marquês de Pombal e o significado político do Pombalismo”, de José Vicente Serrão, no Auditório do PPGH (UFF-Niterói), dia 21 de março, às 18 horas ...


Notícias que ninguém lê ... XX ... considerando que apenas 10% dos alunos matriculados em cursos de formação de professores no Estado do Rio de Janeiro concluem seus cursos no período de quatro anos, o governo estadual estudo a possibilidade de criar uma bolsa-licenciatura para atender alunos das Universidade do estado ... além das Universidade públicas, outras 12 serão contempladas com tal oportunidades de vaga ... os números são assustadores: a UENF formou em 2009 apenas 4 alunos em Física; a UFRJ formou em 2009 apenas 11 em Matemática; a UERJ formou em 2008 4 em Química ... entre os cursos com maior evasão está o de Geografia ...

Notícias que ninguém lê ... XIX ... AINDA BEM QUE “NUNCA ANTES NESSE PAÍS” ... na mesma página de o globo desta sexta-feira, 12 de novembro de 2010, o apelo para aumento de salário aos ministros e seus assessores e de subsídios a deputados, senadores, ministros e presidente, ao lado da negação de um salário mínimo do trabalhador de R$ 600,00 ...

Notícias que ninguém lê ... XVIII ... NÃO SABIA O MOTIVO DE SER INFELIZ ... EU SOU INFELIZ ... VIVA ... é o que diz a justificativa encontrada pelos psicólogos Mathew Killings (mkilling@fas.harvard.edu) e Daniel Gilbert, da Universidade de Harvard ... motivo é o fato de gastarmos 46,9% do tempo pensando em coisas que não estão acontecendo, deixando de prestar atenção nas coisas que estamos fazendo e vivendo ... essa divagação nos leva a tristeza ... o estudo está disponível na revista Science (http://www.sciencemag.org/cgi/content/abstract/sci;330/6006/932?maxtoshow=&hits=10&RESULTFORMAT=&fulltext=mathew+a.+killings&searchid=1&FIRSTINDEX=0&sortspec=date&resourcetype=HWCIT) ...

Na versão de notícias que ninguém lê NOTÍCIAS PARA SE LER ... indicamos a entrevista do historiador Marco Antonio Villa, no jornal O Globo, de 31 de outubro ... este é o papel do historiador ...

Notícias que ninguém lê ... XVII ... Hoje é quarta-feira, 03. de novembro ... a eleição em segundo para presidente do Brasil, foi no domingo ... três dias atrás ... e vejam as noticias: “Aliado já cobra cargos no governo e líder na Câmara diz que não cederá um milímetro” ... “Disputa pelo comando pode gerar atritos entre PMDB e PT” ... “Henrique Alves: queremos ter o tamanho que hoje temos” ...Mas além disso, devemos lembrar-nos que as disputas oficiais ainda não iniciaram ... não nos ministérios, mas no segundo e terceiro escalão do governo, onde as transações ocorrem de fato ...

Notícias que ninguém lê ... XVI ... Tombado de forma provisória desde 2007, a Prefeitura do Rio de Janeiro, tombou definitivamente o Cemitério das Polacas (Cemitério Israelita de Inhaúma) ... fruto do preconceito judaico, as prostitutas judias provenientes do Leste Europeu tiveram que criar um cemitério especifico para o sepultamento destas e de seus familiares ...

Notícias que ninguém lê ... XV ... De superstição exacerbada, o brasileira busca, de forma desmedida e irracional, alcançar seus desejos ... é o raciocínio sincrético de nosso povo, que mesmo diante de uma fonte islâmica, em uma exposição que mistura características culturais de vários povos, joga moedas buscando alcançar seus desejos, oriundos de uma cultura eurocêntrica ocidental ... é o que se pode assistir diante do chafariz sírio que abre a exposição “Islã”, no CCBB ...

Notícias que ninguém lê ... XIV ... Ainda sobre a economia do “nunca antes neste País”, o IBGE acabou de informar que das 464.700 empresas abertas no Brasil em 2008, 29,4% não suportaram ao seu primeiro ano de vida ... além disso, sobre o estudo vale ressaltar que das mais de 4,1 milhões de empresas brasileiras em 2008, que apenas 9% delas tinham mais de 10 empregados; que 64,3% ficaram estagnadas ou diminuíram seus quadros de funcionários ...

Notícias que ninguém lê ... XIII ... E os índices inflacionários continuam subindo ... em outubro, o IPC subiu 0,56%; o IGPM subiu 1,01%; o IPA agrícola subiu 4,70%; o IPA industrial subiu 0,19%; o INCC subiu 0,15II% ...

Notícias que ninguém lê ... XII ... Passada a eleição, espero, de forma ansiosa, pelos debates, discussões, entrevistas e artigos dos “nobres” cientistas sociais brasileiros acerca do processo eleitoral que acabou de findar ...

Notícias que ninguém lê ... XI ... Enquanto nosso Conselho Nacional de Educação faz recomendações conservadoras e positivistas e os caminhos da Educação brasileira são honrados com poucos investimentos, lemos sobre a excelência da Educação alemã, que faz com que seus jovens, devido ao alto nível de seu Ensino Médio, não deixem de buscar o Ensino Superior, pois aquele já permitiu-lhe formação suficiente para que sua colocação no mercado de trabalho possa estar garantida ...

Notícias que ninguém lê ... X ...Viva a educação brasileira ... um dos poucos autores infantis (Monteiro Lobato) e uma das raras obras (Caçadas de Pedrinho) capazes de inserir a fantasia infantil ao mundo da Educação Básica, acaba de ser recomendada como racista e desaconselhada seu uso ... Viva o conservadorismo positivista do Conselho Nacional de Educação ...

Notícias que ninguém lê ... IX ... Ao contrário do que “todos” dizem, a economia não vai bem ... a dívida não esta paga como dizem estar ... vejamos: para atuar contra a valorização do real, que dizem ser motivo de elevação dos índices de inflação, o Tesouro Nacional elevou a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 2% para 6% ... nesta mesma proporção, elevou elevou as taxas de juros dos papéis da dívida de longo prazo de 11,58%, no dia 18 de outubro, para 12,07% no dia 22 de outubro ... diante disso, segundo o próprio Tesouro Nacional, 60,9% dos títulos prefixados da dívida com vencimento em 2017 estava nas mãos de investidores estrangeiros ... da mesma forma que 49,3% da com vencimento em 2021 ... minha pergunta é: Quem parará por tal dívida? ... POR PURA INDIGNAÇÃO ...

Notícias que ninguem lê ... VIII ... 336 é o número de projetos aprovados pela Câmara Federal e pelo Senado, em Brasília, nos últimos 4 anos. Deste número 151 são Medidas Provisórias oriundas da Presidência da República, sempre priorizadas pela Presidência das casas, uma vez que se não votadas em 45 dias, entram em vigor sem discussão ... neste número não estão incluídas a matérias de ordem administrativa do congresso, bem como os acordos e as mensagens do Executivo ... E saber que a algum tempo, e não faz tanto tempo assim, uma das bandeiras deste governo era o debate contra as medidas provisórias ... POR PURA INDIGNAÇÃO ...

Noticias que ninguém lê ... VII ... Após cobrar maior presença de petistas e aliados nas ruas, o Presidente da República resolveu animar a militância programando uma intensa agenda com a Candidata Dilma Rousseff para os próximos dias ... e o cargo de Presidente da República está vago? ... POR PURA INDIGNAÇÃO ...

Noticias que ninguém lê ... VI ... Apagão deixou o centro financeiro do Rio de Janeiro sem energia elétrica por mais de 6 horas na última quinta-feira ... e o consumo de energia vai aumentar, pois o verão esta chegando ... POR PURA INDIGNAÇÃO ...

Noticias que ninguém lê ... V ... Dívida pública federal continua crescendo ... de 1.457 trilhões de reais em janeiro para 1.626 trilhões de reais em setembro ... com uma participação dos estrangeiros no estoque da dívida de 10,23% ... a dívida mobiliária interna chegou a 1,534 trilhões de reais ... acreditem, eu pensei que havíamos pagão a divida ... não é isso de nos dizem? ... POR PURA INDIGNAÇÃO ...

Noticias que ninguém lê ... IV ... A MTA (Master Top Linhas Aéreas) foi descredenciada pelos Correios como prestadora de serviços, por estar imersa numa crise financeira ... Devemos lembrar que a MTA está envolvida no escandalo de tráfico de influencia na Casa Civil do Governo Federal ... a MTA recebeu apoio e aval da ANAC (Agência de Aviação Civil) para operação junto aos Correios ... POR INDIGNAÇÃO ...

Noticias que ninguém lê ... III ... Na quarta-feira foi divulgado i índice de inflação do IPCA-15, que registrou alta de 0,63 % em outubro, contra 0,31 % em setembro ... POR INDIGNAÇÃO ...

Noticias que ninguém lê ... II ... Após nova reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central, os juros básicos do Brasil continuaram em 10,75 %, o mais alto do mundo (5,3 % descontada a inflação) ... em segundo lugar está a África do Sul com 2,4%, seguida de China com 2,0% ... na América do Sul, os juros mais altos estão no Chile, com 0,8% (o 9º no ranking mundial) ... POR INDIGNAÇÃO ...

Noticias que ninguém lê ... I ... Da coluna Panorama Econômico de Míriam Leitão: “A tática não está dando certo. O governo adiou a conclusão da sindicância sobre Erenice Guerra, nem ouviu a própria Erenice, mas novos indícios surgem. A Fazendo tentou embulhar a quebra do sigilo fiscal de adversários políticos na Receita como crime comum, mas novos indícios surgem. Dilma Rousseff chamou de “fofoca” a queixa judicial de um banco do governo alemão, mas a dúvida continua.” ... POR INDIGNAÇÃO ...


EU VOTEI: SEGUNDO TURNO, Presidente - 45 (psdb) JOSÉ SERRA, PRIMEIRO TURNO, Presidente – 43 (pv) - MARINA SILVA, Senador – 233 (pps) MARCELO CERQUEIRA, Senador – 500 (psol) MILTON TEMER, Dep. Fed. – 5050 (psol) CHICO ALENCAR, Governador – 43 (pv) FERNANDO GABEIRA, Dep. Est. – 23000 (pps) PAULO PINHEIRO


Da coluna de Ancelmo Gois, no jornal O Globo, de 16 de outubro, informação de que o Ministério da Ciência e Tecnologia liberou R$ 6 milhões, para a digitalização do acervo de 15 mil periódicos da Biblioteca Nacional e a conseqüente criação da Hemeroteca Brasileira. Aguardemos

A Câmara de Vereadores da cidade do Rio de Janeiro, aprovou, nesta semana, e espera a sanção do Prefeito Municipal Eduardo Paes, projeto de lei que prevê a ampliação, nas 1.064 escolas da rede Municipal de Ensino, de quatro para sete horas diárias de trabalho escolar ... resumindo: horário integral ... projeto proposto por Leonel Brizola e Darcy Ribeiro, na década de 80, quando da criação do projeto CIEPS ...

Depois de acordos multi-laterais, envolvendo a Rússia (Ministério de Relações Exteriores), o Brasil (Arquivo Nacional) e facções familiares (Maria do Carmo Ribeiro Prestes, Olga Benário Prestes), documentos pertencentes ao acervo de Luiz Carlos Prestes que estavam na Rússia. Luz à História.

Os professores de Antropologia da Universidade da Flórida Central, Arlen Chase e Diane Chase, utilizando-se da tecnologia do laser aéreo, mapeado a civilização Maia, em Belize, encontraram, no sítio arqueológico de Caracol, uma nova grande cidade ...

Professores da FIOCRUZ (Sheila Mendonça) e da UFRJ (Franklin Rumjanek), apoiados pelo trabalho do professor Júlio Cesar Medereiros, fazem, a partir de ossadas encontradas no Cemitério dos Pretos Novos, na Gamboa, Rio de Janeiro, utilizando-se do DNA, investigações acerca de possíveis doenças e origem étnica de africanos trazidos para o Brasil como escravos .

Recados & broncas do dia-a-dia !!!

sexta-feira, 25.03.2011, 12:15 ... Não tenho dúvida, como a grande maioria da população brasileira, que a "ficha limpa" é necessária e urgente, mas não podemos, por conta disso, atropelar o direito ... ela, a "ficha limpa", não pode ser aplicada para casos anteriores à sua aprovação ... o ministro Luiz Fux agiu corretamente ... a tempo, gostaria de lembrar que, se estamos reivindicando a "ficha limpa" é por culpa nossa ... estamos votando e elegendo parlamentares que não deveriam ser votados e eleitos ... culpar o ministro Luiz Fux é passar nossa culpa para quem tem a responsabilidade de julgar o mérito e não a culpabilidade ...


quarta-feira, 03.11.2010, 11:30 ... Somos 135,8 milhões de eleitores, aptos a votar no processo de 2010 ... destes 55.752.529 votam na candidata Dilma ... 43.711.388 votaram no candidato Serra ... recusaram-se a votar em qualquer um dos dois ou abstiveram-se 36.342.025 (2.452.597 votaram em branco ... 4.689.428 votaram nulo ... 29,2 milhões abstiveram-se de votar) ... nossa observação esta no fato de que os percentuais divulgados (candidata Dilma 55,05% - candidato Serra 43,95%) são enganosos, pois utilizando-se do argumento “válido”, escondem, daqueles que pouco sabem ou pouco devem saber, os verdadeiros percentuais ...


segunda-feira, 18.10.2010, 11:00 ...
prometi voltar aos números de eleitores no Brasil ... eis-me novamente neles ...de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral - TSE, somos 135,8 milhões de eleitores, aptos a votar no processo de 2010 ... dos quais declararam ter ingressado no ensino superior, embora sem concluí-lo, 3.752.948, tendo-o concluído 5.197.950 ... no total são 8.950.898 brasileiros aptos a votar, que teriam, mesmo que temporariamente, ingressado na universidade ... admitindo que todo aquele que alcança tal grau de ensino tem titulo eleitoral, independentemente de usar ou não o direito de voto, acabamos sabendo que dos mais de 190 milhões de brasileiros, 4,74 % da população alcançou o nível superior ... olhando para os números de concluintes, temos um número menor, 2,73 % da população brasileira, alcançando o nível superior da educação ... parece absurdo ... ou não ? ... como podemos almejar ser um país desenvolvido com estes índices ? ... como podemos sair de uma matriz energética voltada para o consumo de combustível fóssil para uma voltada para a sustentabilidade ambiental e humana ? ... como podemos discutir um perfil político diferente do que nos tem sido apresentado ? ... como desejar a “desobrigatoriedade” do voto se não temos consciência de sua importância e validade ? ... com que argumentos e capacitação discutimos a liberação das drogas ? ... como pretendemos “resolver” o problema da educação se não temos pessoal com formação mínima para atuar em tal nível ? ... continuo assustado com estes números ... voltarei a eles em breve, novamente ...


domingo, 10.10.2010, 14:10 ... Lemos, novamente, no jornal O Globo de 09 de outubro, que o parlamento Francês aprovou Lei banindo, em locais públicos, o uso de trajes islâmicos ... lamento o retrocesso conservador da sociedade francesa ... vista como o referencial dos direitos humanos, a França mostra-se perigosamente conservadora ... primeiro a ação contra africanos, recentemente os ciganos, agora os islâmicos ...
fica aqui "minha bronca" !!!

terça-feira, 07.09.2010, 22:00 ... Somos 135,8 milhões de eleitores, aptos a votar no processo de 2010 ... destes 8.007.315 declararam ser analfabetos e 19.787.586 saberem ler e escrever ... além deles, 44.935.557 dizem não ter concluído primeiro grau e 10.319.494 o terem concluído ... com o segundo grau incompleto declararam-se 25.732.349 e tendo completado-o 17.918.370 ... ingressado no ensino superior, embora sem concluí-lo declararam-se 3.752.948 e tendo-o concluído 5.197.950 ... estou assustado com estes números ... voltarei a eles em breve ...

terça-feira, 07.09.2010, 21:50 ... Matéria publicada por Alessandra Duarte, no "O Globo", página 19, de 05.09.2010 (E

nsino Médio, o nó da educação no Rio: entre 2006 e 2009, estado teve a maior queda do pais no número de alunos matriculados na rede estadual)

, aponta para um problema que não tem sido tratado nas campanhas eleitorais em andamento, mas que gostaríamos de observar: o Estado do Rio de Janeiro reduziu em 14,7% o número de alunos matriculados no Ensino Médio das escolas públicas ... onde estão os futuros, ou presentes, cidadãos cariocas e fluminenses ...

segunda-feira, 30.08.2010, 09:50 ...

DE LAS ASOCIACIONES GITANAS - A NUESTROS AMIGOS - A LOS CIUDADANOS Y CIUDADANAS DEMOCRATAS - VAMOS A MANIFESTARNOS EL DIA 4 DE SEPTIEMBRE EN TODAS LAS CIUDADES DE ESPAÑA - A Las 14 horas del sábado día 4 de septiembre, en la Plaza de la República en París, se celebrará una gran manifestación contra la política de deportaciones de nuestros hermanos los gitanos centroeuropeos. Treinta grandes organizaciones políticas y sociales francesas han firmado el llamamiento. París será un clamor contra el racismo y a favor de los Derechos Humanos universales. A la misma hora se han convocado manifestaciones en BELGRADO, VIENA y en ROMA. Y sabemos que muchas otras ciudades europeas se irán sumando a este llamamiento. Las concentraciones se harán ante la sede de la Unión Europea en aquellas ciudades donde haya representación diplomática. Y donde estas oficinas no existan, ante los Ayuntamientos. Las concentraciones deberían ser absolutamente pacíficas, unitarias de “gadches” y gitanos y un solo grito debería unirnos a esa misma hora con los manifestantes de PARIS, de BELGRADO, de VIENA y de ROMA: ¡¡¡ NO AL RACISMO !!! (Roma Virtual Network - romale@zahav.net.il; Mundo_Gitano@yahoogroups.com; Unión Romaní - u-romani@pangea.org )


sexta-feira, 27.08.2010, 16:10 ...

Não quero, ainda, expressar juízo de valor, mas alguns fatos, nos últimos dias, teem chamado minha atenção. Espero que a de muitos outros também. Trata-se, primeiro da partida de futebol entre Barcelona e Milan, em Madri ... ali, o “inimigo” foi homenageado, cultuado, elogiado, reverenciado ... chegou a receber, como agradecimento por sua arte, a taça de campeão, que caberia ao clube catalão ... tratava-se de Ronaldinho Gaúcho ... o mesmo que, apesar do futebol extraordinário, cultuado, elogiado e reverenciado, não estava a altura de servir a camisa da seleção brasileira de futebol, comandada pela Confederação Brasileira de Futebol (através de seu presidente e de seu técnico) ... lição que deveríamos aprender. Isso é civilidade, essa é a forma de admirar um ídolo. Mas um segundo fato seguiu-se a esse ... é a forma como tratamos outro ídolo, daqueles que admiram a arte do futebol ... e a reverenciam ... agora trata-se de Ronaldinho Fenômeno ... ninguém, nem mesmo outros ídolos, podem falar mal de sua arte e contribuição, mas muitos falam ... e falam muito mal ... talvez por inveja ... depois de algumas cirurgias, que em outros atletas, apenas uma seria suficiente para encerrar a carreira, este continua a trabalhar, a encantar ... e não é por questão financeira, pois já tem o suficiente, até mesmo para outras vidas ... fala-se de seu peso ... ele, fenômeno, pode, pois já alcançou o teto ... os outros, que ainda sequer saíram do chão, não podem ... O terceiro fato desta minha fala é a declaração de outro fenômeno, que também deveria ter vestido a camisa da seleção brasileira de futebol na ultima copa do mundo ... trata-se de Roberto Carlos ... que declarou que Ronaldo Fenômeno precisa de carinho, atenção, colo ... todos precisam, porque ele não ... concordo com Roberto Carlos ... Por fim, depois da participação em 300 grandes prêmios de formula 1, com honra, dignidade e competência, Rubens Barrichello continua a ser chamada de “pé de chinelo” ... ignorância, ciúme , inveja ... não ser campeão não significa que não venceu ... que não representou ... que não merece homenagens e reverencia ... é isso, não poderia deixar, tudo isso, passar em branco ... Onde está a reverencia, homenagens, culto, elogios a estes que representam muito bem esta “Pátria” ... é chegada a hora de receberem, como agradecimento, a taça de campeão ...


quarta-feria, 25.08.2010, 14:55 ...

Acredito que ser justo é tratar pessoas diferentes de formas diferentes. Tratar todo mundo igual é injusto. Aquelas pessoas que são apaixonadas, se dedicam mais à empresa, são mais resultados – essas merecem mais oportunidades que as outras, mais atenção, mais treinamento. E elas têm de ganhar mais dinheiro também. Já que é impossível agradar a todos, vou agradar àqueles com maior talento. Sinto muito pelos menos talentosos, mas ...” (Entrevista de Carlos Brito, presidente da AB Inbev, a Lauro Jardim, na Revista Veja, edição 2.179, ano 43, número 34, de 25 de agosto de 2010)


sexta-feira, 20.08.2010, 11:20 ...

Para os que nos acompanham: pessoalmente, e são poucos; nas salas de aula que freqüentamos, que não são muitos; e em neste blog, que são raros; espero que tenham sentido falta de novas publicações ... não as tenho feito por vários motivos, falta de tempo, cansaço, preocupações com minha filha, Rebeca, que acabou de nascer (tem 40 dias) .. mas digo-lhes, que o motivo principal, infelizmente, é o desalento, o desanimo, o pessimismo ... faz tempo que penso e verbalizo, mesmo desagradando a muitos, que, depois da vida, dada por DEUS, a única coisa que pode fazer sentido é a educação ... com ela terei condições de alcançar tudo o mais ... mas essa é a única coisa que me (nos) é tirada constantemente ... o jornalista Carlos Alberto Sardenberg, no O Globo de 19 de agosto de 2010, faz uma análise merecedora de menção ... fala-nos de tudo o que tem sido acrescido ao currículo dos alunos dos Ensinos Fundamental e Médio, por meio de leis, e da falta de tempo e de pessoal capacitado para que tudo isso possa ser ministrado ... conseqüência: menos português, matemática, ciências sociais, ciências físicas e biológicas ... mas Sardenberg faz uma proposta, que temos tentado colocar em prática a muito tempo em todos os locais pelos quais passamos: “Não há melhor maneira de conhecer a cultura indígena do que visitar aldeias, ... Artes Plásticas ? No museus e oficinas. Música ? Que tal orquestras e bandas ... Meio Ambiente ? Visitas às florestas e parques. Consciência de trânsito ? Acompanhamento dos funcionários pelas cidades.” ... continuo na luta ... não basta dizer, primeiro quero fazer ... meu dizer tem sido: o discurso é conseqüência de minha prática ... nunca deveria ser um discurso como proposta daquilo que proponho fazer ... que DEUS nos abençoe ... a todos ...


segunda-feira, 12.07.2010 ... Rebeca II ... vivendo em um mundo repleto de consumo e personalidades, quero tornar minha, uma frase de autor desconhecido e difundida por um amigo, Marco Granado,
"Fala-se tanto da necessidade de deixar um planeta melhor para os nossos filhos e, esquece-se da urgência de deixarmos filhos melhores para o nosso planeta." ... vou trabalhar na direção de que minhas filhas (Regina e Rebeca) possam ser seres humanos melhores e com isso possam tornar o mundo um lugar melhor para se viver ....

segunda-feia, 12.07.2010 ... Rebeca I ... nasceu minha filha Rebeca Baptista Alves Luft, as 08:31 do dia 9 de julho ... com 48 cm de altura e 3 quilos de peso ...

sexta-feira, 02.07.2010 ... 09:10 ... acabo de voltar da padaria, onde comprei o pão do dia e li, na banca de jornal, irritado, decepcionado, pela forma como a média impressa, ou parte dela, que joga na capa de sua edições a noticia de que uma das mulheres do jogador de futebol Bruno, desaparecida a três semanas, mãe de um provável filho seu, era atriz do cinema pornográfico ... a mídia imunda, machista, buscando vender jornal, se aquilo que produz pode ser chamado de jornal, tira o foco de um possível crime, protegendo o criminoso, alegando que este, o crime, não seria tão grave na medida em que a vítima teria uma profissão menos apreciada pela ética machista ... não importa quem é a vítima quando um crime é cometido ... fica aqui minha bronca ...

domingo, 06.06.2010 ... Desculpem a franqueza (ou fraqueza ?) ... não é grosseria, mas se há um motivo para falar comigo que este seja eu e não uma data convencionada ...

segunda-feria, 24.05.2010 ... "Uma coisa é certa e parece unânime em todas as frentes engajadas pela educação de qualidade: o grande salta na educação só ocorrerá quando o país definitivamente valorizar os seus professores, o que é fundamental para atrair os jovens mais talentosos e preparados do Ensino Médio para o magistério.", por Milú Villela & Mozart Neves Ramos, jornal Folha de São Paulo, 24.05.2010 ...

segunda-feira, 24.05.2010 ... "... para alguns alunos, nada de faculdade. É hora de desenvolver alternativas críveis para alunos que dificilmente terão sucesso na obtenção de uma graduação, ou que podem não estar preparados para isso." por Richard Vedder, da Universidade de Ohio; Robert Lerman, da Unviersidade Americana, & James Rosenbaum, da Universidade Northwester, de Illinois ... jornal Folha de São Paulo, 24.05.2010 ...

sexta-feira, 20.05.2010 ... Fizemos hoje, com um grupo de colegas do UniMSB, visita técnica guiada ao Arquivo Público do Estado do rio de Janeiro ... acredito que todos os participantes desta atividade aproveitaram e voltam para a sala de aula renovados em sua busca por temas, fontes e arquivos para o fazer histórico do cotidiano acadêmico ... parabéns aos que conseguiram, apesar das dificuldades participar ... lamentamos por aqueles que apesar da intenção, não conseguiram estar conosco ... até a próxima a todos ...

quarta-feira, 18.05.2010 ... Acabou hoje a Semana de História e Geografia do UniMSB ... lamento por aqueles que, independentemente do motivo, não participaram ... desiludo-me com aqueles que, por motivação particular e/ou coletiva, boicotaram, intencionalmente, uma atividade oficial da Instituição e do Curso e que requer esforço e dedicação daqueles que a organizam ... não acredito nos argumentos e "desculpas" apresentadas ... não são justificáveis ... lamentável ...

quinta-feira, 22.04.2010 ... Segundo o jornal "O Globo" desta quinta-feira, o presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou à comunidade científica internacional que o responsável pelo "desvio" de sexualidade masculina e a calvice é o frango produzido industrialmente ... isso mesmo, o frango nosso de cada dia ... até quando continuaremos escolhendo pessoas sem qualquer tipo de responsabilidade para com seu povo para nos representarem !


segunda-feira, 12.04.2010 ... Vale a nota de que o curso de língua alemã Baukurs, de Thea Schünemann de Miranda, está abrindo, na Rua Goethe, em Botafogo, um Centro Cultural, o “Baukurs Cultural”, que abrigará vernissages, exposições, lançamentos de livros, palestras, exibições de filmes, cursos, oficinas, biblioteca, etc ... vale conferir ... http://www.baukurscultural.com.br/

domingo, 11.04.2010 ... Enquanto programas de candidatos, para as eleições de 2010, e propaganda de Partidos Políticos divulgam que o “funk” agora é uma expressão cultural, no Estado do Rio de Janeiro, o jornal “O Globo”, divulgou, em matéria de 11 de abril (“Museus fechados estão em situação precária”), que dois espaços de guarda a memória carioca e brasileira estão fechados, pela falta de verba para manutenção e restauração. Pobre cultura brasileira. Viva o funk carioca.

sábado, 10.04.2010 ... De acordo com a CAPES, havia, no Brasil, em 2008, apenas 31.118 profissionais atuando como professores de Filosofia, dos quais apenas 23% apresentavam formação específica. Mas vale ressaltar, que esta mesma CAPES diz ser necessário aproximadamente 107.000 docentes nesta área de formação, para atuação nas 24.131 Instituições de Ensino Médio do Brasil. Cabe então uma pergunta, onde estão as Instituições e os Cursos de formação específica ?

terça-feira, 23.03.2010 ... Em balanço, o Plano Nacional de Educação - PNE, o Instituto de Pesquisa - INEP, mostra que as metas para o período de 2001 a 2008, para a educação superior, que previa ter em 2008 30% da população brasileira entre 18 e 24 anos matriculada no Ensino Superior, alcançou apenas e tão somente 13,7%. Apesar de ter alcançado, no Ensino Médio, o índice de 84% dos jovens entre 15 e 17 anos. Se isso é verdade, e parece ser, onde está esta população que concluiu o Ensino Médio. No mercado de trabalho? E onde fica a qualificação profissional, uma vez que a grande maioria não cursou o Ensino Médio técnico? Seria por este motivo que sobraram, em 2009, 1,66 milhões de vagas no mercado de trabalho brasileiro devido a falta de qualificação?

segunda-feira, 22.03.2010 ... Motivado pela matéria do jornal “Folha de São Paulo”, de 20 de março de 2010[1], resolvi opinar sobre algo que, quando coordenador acadêmico do Centro Educacional Palmieri, a mais de 5 anos, pedia, e dizia ser importante ... onde estão e o que estão fazendo nossos ex-alunos ... e não importa o tempo que nos deixaram ou quanto tempo estiveram conosco ... importa saber onde e como estão ... isso faz-nos ter uma avaliação do trabalho realizado ... não apenas no resultado imediato: passar em uma prova, em um concurso, em um vestibular ... associado a isto, também no mesmo jornal, desta vez de 22 de março de 2010[2], o senhor Howard Stevenson, responsável pela captação de recursos de Harvard, diz que é o prestígio do ex-aluno um dos principais elementos utilizados na negociação de captação, não utilizados pelas Instituições brasileiras ... lamento, porque nossas Instituições não valorizam o que produziram nos que por elas passaram, mas quantos são capazes de manter, como pagantes, mesmo que sem resultados positivos no futuro ...
[1] “Colégios ‘top’ mapeiam ex-estudantes: pesquisa encomendada por 11 escolas de SP identifica a situação atual dos egressos na tentativa de reduzir peso do Enem”, por Fábio Takahashi.

[2] “O custo da educação”, por Toni Sciarretta


sábado, 27.02.2010, 20:12 ... Com o apoio da Fecomércio, Firjan, Associação Comercial, Synergos, Obsevatório de Favelas, Iser Cedaps, CDI, Idac, Ethos, Banco Real, Lets, Santander, Grupo Libra, Unicef, Fundação Avina, Light, Metrô Rio e UTE Norte Fluminense, o Rio Como Vamos - RCV, monitora os indicadores de qualidade da cidade do Rio de Janeiro, nas áreas da saúde, transporte, educação, segurança pública e violência, pobreza e desigualdade social, meio ambiente, lazer e esporte, habitação e saneamento básico, inclusão digital, trabalho, emprego e renda, cultura, vereadores e orçamento ... vale a pena conferir e acompanhar (http://www.riocomovamos.org.br/), principalmente em épocas como as que vivemos ...

quinta-feira, 25.02.2010, 14:55 ... Mais uma vez, a culpa é do professor ... Após mais uma noticia de agressão a um professor, desta vez pela mãe, em uma escola pública de São José, em santa Catarina, não cabe mais lamentar, mas re-clamar. Isso mesmo, clamar novamente. Clamar por uma revisão nos conceitos sociais e educacionais da família brasileira. Seguindo as guias estabelecidas pela sociedade, não devemos esquecer, que o professor é, neste sistema, em primeiro lugar, um prestador de serviço, e portanto não cabe a ele, professor, os ônus da escola. Infelizmente, a instituição escola, pela total falta de capacidade administrativa-gerencial, não faz mais nada que captar o aluno, fazendo sua matricula, e entregá-lo ao professor. para facilitar seu “trabalho”, compra um sistema de ensino, formatado de acordo com o perfil sócio-econômico de seus clientes, os pais, e da mesma forma o entrega ao professor. A partir daí, tudo é por conta do professor. Se o aluno é aprovado, boa escola. Se o aluno é reprovado, culpa do professor. Se o aluno evadiu, culpa do professor. se o aluno dá trabalho, culpa do professor que não tem domínio de turma. Se a turma é controlado pelo professor, é porque ele é um carrasco e não deixa os alunos manifestarem-se livremente. Se o aluno não atinge o nível desejado pelo professor e sua nota fica aquém de uma aprovação, o Conselho escolar, em detrimento ao parecer do professor, o aprova, pois caso contrario, o pais já havia ameaçado, irá tira-lo da escola. Sem contar que este aluno tem um ou mais irmãos, na escola, que também sairiam. Sem contar com os amigos de seu circulo de amizade, que por conivência, também sairão. Resultado. Aluno aprovado sem as condições mínimas. No futuro este aluno não será aprovado nas seleções das quais participara e a conta recairá não na escola, mas no quadro de professores. Resultado. Hoje, ninguém mais quer ser professor. Os cursos de licenciatura estão com 50% de sua capacidade ociosa. As universidades estão fechando turmas, fechando cursos. Reduzindo custos dizem os administradores-gerenciais incapazes. Tudo para não enfrentar a realidade. O Estado não quer uma população capaz e informada. Por isso a dominação pelos cartões, bolsas e benefícios. Até quando continuaremos aceitando essa situação.

quarta-feira, 03.02.2010, 14:31 ... Números do Brasil I ... a falta de pessoal qualificado começa a atrapalhar os planos daqueles que por muito tempo teem incentivado uma educação rala, de pouco conteudo e apenas para alguns privilegiados ... falta pessoal qualificado em praticamente todas as áreas ... não basta saber ler, tem que entender o que se lê ... não basta ter um curso de lingua estrangeira (principalmente inglês), tem que saber comunicar-se (falando e escrevendo) nela ... não basta ter nível universitário, tem que ter conteúdo ... e conteúdo não é saber, mas saber o que fazer quando uma situação se apresenta ... um Estado sem estratégia é um Estado facilmente dominado ... a melhor estratégia de um Estado é educar seu povo ...

quarta-feira, 03.02.2010, 13:15 ... Por Educação V ... Gilberto Dimenstein, na Folha de São Paulo de 31 de janeiro de 2010, falava da falta de 700 mil professores no Ensino Médio brasileiro ... resultado de 55% das vagas disponiveis na área pedagógica, nas Instituições de Ensino Superior, não estarem sendo ocupadas ...

quarta-feria, 03.02.2010, 13:10 ... Por Educação IV ... enquanto o exemplo do mundo Ocidental (Estados Unidos da América) apresentava em 2008 um índice de 26% de sua população com curso universitário, o Brasil, seu mais fiel seguidor, apresentava 9% ... mas não para nisso, se verificados os números do Ensino Médio, ã diferença aparenta maior ainda, eram 84% contra 32% ... como pretendemos ser independente e livre sem educação ...

quarta-feira, 27.01.2010, 15:47 ... Números do Rio de Janeiro I ... a administração de uma boa Instituição de Ensino, que esquece de olhar, analisar e considerar números como martalidade infantil (13,64 %) e mortalidade juvenil masculina (206,72 por 100.000), erra em seu planejamento estratégico ???

quarta-feira, 27.01.2010, 15:47 ... Por Educação III ... o IPEA acaba de afirmar que o Brasil terá o maior pico de população jovem, entre 15 e 29 anos, em 2010 ...

quarta-feira, 27.01.2010, 15:47 ... Por Educação II ... Enquanto a média mundial de repetência no Ensino Fundamental é de 2,9 %, no Brasil é de 18,7 % .... e não é tudo: o abandono escolar, no primeiro ano da Educação Básica, a média mundial é de 2,2 % enquanto o Brasil possui modestos 13,8 % ... por isso fica aqui "minha bronca" !!!

quarta-feira, 27.01.2010, 15:47 ... Por Educação I ... enquanto o Brasil é número 88 (o,883) no Índice de Desenvolvimento da Educação, seus vizinhos mais proximos ocupam os lugares 38 (Argentina, com 0,971), 39 (Uruguay, com 0,971), 51 (Chile, com 0,966) e 72 (Paraguay, com 0,936) ... mas estamos a frente do Suriname, número 89 no ranking, com 0,882 ... por isso fica aqui "minha bronca" !!!

sábado, 09.01.2010, 16:42 ... Estou muito feliz com o encontro de hoje. Revi duas pessoas maravilhosas: Débora e Omar. Que DEUS esteja com voces.

sexta-feira, 25.12.2009, 12:00 ... "Sabe por que homens e mulheres gritam quando brigam, mesmo estando pertos um do outro ? Porque o coração está longe." (Padre Léo em palestra no acampamneto da Canção Nova, em Cachoeira paulista - SP, em 12 de junho de 2005) ...

terça-feira, 22.12.2009, 08:59 ... a discussão entre a Prefeitura Municipal da cidade de São Paulo e o Instituto do Patímônio Histórico e Artístico Nacioal acerca da validade, ou não, da realização de estudos (históricos e arqueológicos) em espaço urbano quando de uma obra pública ...

sexta-feira, 18.12.2009, 16:20 ... não importa se voce ganhou ou perdeu, se acertou ou errou ... importa que fez ou jogou com amor ... faça, mas faça bem feito, por amor ao que faz e, assim, e somente por isso, será um vencedor ...

quinta-feira, 17.12.2009, 10:31 ... em falta, por pura falta ...

terça-feira, 15.12.2009, 10:10 ... Onde estão os doutores que os doutores do MEC acham que existem, parte II ... 1 - o BRASIL formou em 1990 1.302 doutores, em 183 cursos, e 5.737 mestres, em 490 curso; em 1996 2.985 doutores, em 541 cursos, e 10.499 mestres, em 1.083 cursos; em 2003 8.094 doutores, em 1.034 cursos, e 27.630 mestres, em 1.959 cursos. ... 2 – o BRASIL tinha em 2002, 49.287 doutores; em 2003, 54.487 doutores; em 2004, 58.431 doutores; em 2005, 63.294 doutores; em 2006, 67.583 doutores; em 2007, 72.931 doutores; em 2008, 77.164 doutores.

domingo, 13.12.2009, 16:54 ... "Para que o mal triunfe basta que os bons fiquem de braços cruzados", de Edmund Burke ... fica aqui "minha bronca" !!!

sexta-feira, 11.12.2009, 09:16 ... Onde estão os doutores que os doutores do MEC acham que existem, parte I ... 1 - o BRASIL tem 338.890 professores universitários, sendo 80.814 doutores, estando 52.350 nos 24.719 cursos das IES públicas e 28.464 nos 17.947 cursos nas IES particulares. ... 2 - o SUDESTE tem 158.874 professores universitários, sendo 43.613 doutores, estando 25.529 nos 11.709 cursos das IES públicas e 18.084 nos 10.093 cursos das IES particulares.

quinta-feira, 03.12.2009, 11:41 ... as providencias do Ministério de Educação frente idade e ingresso no primeiro ano do Ensino Fundamental ... fica aqui "minha bronca" !!!

quarta-feria, 02.12.2009, 09:10 ... os cursos de graduação com o maior número de alunos no Brasil em 2008 ... Pedagogia - 313.608 - 74.908 (23,88%) ... Letras - 165.641 - 31.393 (18,95%) ... História - 71.764 - 13.893 (19,36%) ... Economia - 52.287 - 6.685 ... Geografia - 50.903 - 9.725 (19,10%)

terça-feira, 01.12.2009, 09:23 ... a queda das matriculas na Educação Básica e o papel das Instituições de Ensino Superior diante deste panorama ... por isso fica aqui "minha bronca" !!!

segunda-feira, 30.11.2009, 23:33 ... não tive tempo, desculpem os seguidores ... aceito "sua bronca" !!!

domingo, 29.11.2009, 13:35 ... Brasileiros entre 18 e 24 anos no Ensino Superior

sábado, 28.11.2009, 10:32 ... adriano, por puro amadorismo, fere-se, fora do clube, em atividade até agora não esclarecida, e deixa sua equipe "na mão" ... fica aqui "minha bronca !!!"

sexta-feira, 27.11.2009, 08:32 ... o redutor no cálculo da aposentadoria, e isso foi motivo de críticas, brigas e muitos votos para a então oposição a seu governo ... fica aqui "minha bronca !!!"

quinta-feira, 26.11.2009, 09:56 ... ao ver o jogo entre FLUMINENSE e LDU, ontem a noite, fica-se com a sensação de que a qualquer momento alguém poderá desfalecer ... fica aqui "minha bronca !!!"

quarta-feira, 25.11.2009, 10:59 ... a Câmara de Vereadores da Cidade do Rio de Janeiro aprovou ontem a extinção das sessões plenárias às sextas-feiras ... fica aqui "minha bronca !!!

terça-feira, 24.11.2009, 09:30 ... o caso de Cesare Battisti, ele deve ser entregue a quem de direito o julgou e o condenou ... fica aqui "minha bronca !!!"

segunda-feria, 23.11.2009, 11:23 ... tem sido motivo de bronca, a total falta de respeito pelo outro, vinda do futebol ... fica aqui "minha bronca !!!"

Dicas e Sugestões !

Show:
O musical "Um Violinista no Telhado", de Charles Möller e Claudio Botelho, com José Mayer e outros 60 artistas, reconta as histórias de Sholen Aleichem, no Oi Casa Grande, Leblon, Rio de Janeiro ...

P

ara os que gostam da MPB clássica, vale a pena conferir, no teatro Clara Nunes, a partir de 07 de setembro, até 26 de outubro, sempre às terças-feiras, o Rio Música InCena, que terá como destaque, entre outros, Yamandu Costa, David Feldman, Luiz Melodia, Joyce Moreno, Mônica Salmaso, Jane Duboc e Wagner Tiso ...


"Stomp", Teatro, Música e Dança por incansáveis 90 minutos, no Citibank Hall (Shopping Via Parque) ...

FILME:

"Baaria, a porta do vento", de Giuseppe Tornatore ...

"Terras", de Maya Dan-Rin ...

"Palavra e Utopia", de Manoel de Oliveira, por uma história do Padre antônio Vieira ...

"Procurando Elly", de Asghar Farhadi, cotidiano iraniano através de uma professora ...

"Falcão negro em perigo", de Ridley Scott, a presença, desastrada, da força americana na Somália ...

"2012", de Roland Emmerich, conta o fim do mundo pela visão Maia ...

"Planeta 51", de Javier Abad e Marcos Martinez, conta a história, animada, da exploração de um novo planeta considerado desabitado ...

"Deixa ela entrar", de Tomas Alfredson, conta a historia de Oskar, menino de 12 anos, solitário e que sofre com maus tratos, que descobre, n´uma garota, amizade e sincerisade ...

TEATRO:
"Maria Antonieta - a última rainha da França", na Casa de Arte e Cultura Julieta de Serpa, Praia do Flamento, 340, Flamengo, Rio de Janeiro - RJ ...

"Era no tempo do Rei", no Teatro João Caetano, Praça Tiradentes, Centro, Rio de Janeiro - RJ, adaptação da obra de Ruy Castro, com música de CArlos Lyra e Adir Blanc, mostra o Príncipe D. Pedro I pelas ruas do centro do Rio de Janeiro ...

"O rico avarento e outras histórias de Ariano Suassuna", no Teatro SESC, Tijuca - Rio de Janeiro ...

"O despertar da primavera", de Duncan Sheik e Steven Sater, no Teatro Villa-Lobos, Copacabana - Rio de Janeiro, jovens do século XIX falam dos tabus de sua época ... primorosa ...

"Ecos da Inquisição", de Moacir Chaves, no Centro Cultural da Justiça Federal, Centro - Rio de Janeiro, uma história do Tribunal do Santo Ofício no Brasil entre os séculos XV e XIX ...

EXPOSIÇÕES:

"Liberdade" ... de Carlos Vergara, sobre a demolição do Complexo Penitenciado Frei Caneca, nas Cavalariças do Parque Lage, no Rio de Janeiro ...


"A linha incontornável: uma aproximação ao desenho de Iberê Camargo" ... na Fundação Iberê Carmargo, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul ...


"Vudu" ... curadoria de Leanne Sacramone, na Fundação Cartier, em Paris, na França ...


"Vista" ... de Cristina Salgado, na Casa França-Brasil


“Uma defesa do infinito” ... na Biblioteca Nacional ... até 25 de fevereiro de 2011 ... mostra com 200 itens raros ... vale a pena ...

"Pioneiros & Empreendedores", no Museu Histórico Nacional, Centro, Rio de Janeiro ..

"Islã", com 300 peças provenientes da Síria e do Irã, no Centro Cultural Banco do Brasil, Centro, Rio de Janeiro ..


O Arquivo Público do Estado de São Paulo desenvolveu uma exposição virtual sobre a Revolução de 1924, conflito marcante na história brasileira. Entre os documentos que serviram de base para esta exposição estão processos criminais instaurados contra os rebeldes após a Revolução de 1924 e cartas dos líderes deste movimento, além de jornais e revistas da época. Esse evento histórico é contado em 9 “salas” repletas de textos e ilustrações. Esta exposição também oferece 15 atividades pedagógicas que podem ser aproveitadas pelos professores em sala de aula, pois possibilita utilizar fontes históricas para debater este tema com seus alunos. http://www.arquivoestado.sp.gov.br/exposicao_revolucao


"Coleção Brasiliana Itaú", no Museu Nacional de Belas Artes, Centro, Rio de Janeiro - RJ ...

"Expedição Langsdorff", com desenhos e aquarelas de viajantes e cronistas do século XIX no Brasil, no Centro Cultural Banco do Brasil, Centro, Rio de Janeiro ...

"Entre desejos e utopias", na galeria A gentil Carioca, curadoria de Felipe Scovino, Rio de Janeiro ...

"Um homem chamado Rondon", no Arquivo Nacional, Centro, Rio de Janeiro ...

"O triunfo das carrancas", no Centro Cultural Correios, Centro, Rio de Janeiro ...

"As construções de Brasília", no Instituto Moreira Sales, Gávea, Rio de Janeiro ...

"Kuarup, a última viagem de Orlando Villas-Boas", no Centro Cultural Caixa - Unidade Barroso, Centro, Rio de Janeiro ...

"Um homem chamado Rondon", no Arquivo Nacional do Rio de Janeiro, Centro, Rio de Janeiro ... vida e obra de Cândido Mariano da Silva Rondon, em fotos, textos, maquetes, objetos, livros, correspondencia e videos ...

Vida e obras de "Einstein" em exposição no Museu Histórico Nacional, praça Marechal Âncora, no Centro, ... http://www.einsteinbrasil.com.br/

"Galeria dos Presidentes", no Centro Cultural da Justiça Eleitoral, Centro, Rio de Janeiro ...

"Carlos Oswald, o resgate de um mestre", no Caixa Cultural, Centro, Rio de Janeiro ...

"Santa Cruz ontem, hoje e amanhã", no Santa Cruz Shopping, Rio de Janeiro ...

"Charles Landseer, desenhos e aquarelas de Portugal e do Brasil, 1825-1826", no Instituto Moreira Sales, Rio de Janeiro, uma raridade de nossa história colonial !!! ...

"Arte do barro e o olhar da arte - Vitalino e Verger", no Museu Casa do Pontal, Recreio - Rio de Janeiro, nossa !!! ...

"Mariguella", no Centro Cultural da Caixa, Unidade Barroso, Centro - Rio de Janeiro, história de um cambatente pelo direito à liberdade ... cidadania ...

"Série novas gravuras de Tomie Ohtake", na galeria Marcia Barrozo do Amaral, Copacabana - Rio de Janeiro, vale a pena ...

"Margathe Mee - 100 anos de vida e obra e seu legado aos novos artistas botânicos", no Centro Cultural Correios, Centro - Rio de Janeiro, uma lição de natureza ...

PASSEIO:
"Museu e Igreja do Outeiro da Glória", Glória, Rio de Janeiro ...

"Fortaleza de Santa Cruz", organizado pelo SINDTOUR, em 03 de julho, informações no SINPRO-RIO ...

"Museu de História Natural de Taubaté", rua Juvenal Dias de Carvalho, 111, Taubaté - SP ...

"Pink Fleet", passeio, de iate, pela baia da Guanabara, passando por 15 pontos históricos e turísticos do Rio de Janeiro ...

"Centro histórico de Paraty", em Paraty, no Sul Fluminense ... um refrescante arejamento para a mente ...

UniMSB 2012.2

UniMSB 2012.2
Jefferson, parceiro sempre ...

UniMSB 2012.2

UniMSB 2012.2
Maicon, merece uma oportunidade ...

UniMSB 2012.2

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Yann, menino bom tá ai ...

Turma Ulpiano Bezerra de Menezes

Turma Ulpiano Bezerra de Menezes
Arqueologia UNESA 1984