para um dia de frio, em casa ...

Pasta Experimental

(on the cooking - experimental kitchen)

1 lata de milho verde, com seu caldo

1 lata de ervilhas, sem seu caldo

1 lata de atum ao óleo, com seu óleo

Pimenta-do-reino a gosto

Orégano ou ervas finas a gosto

1/3 de um tablete de caldo de frango

Molho de pimenta curtida a gosto

Azeite extra-virgem a gosto

2 colheres de sopa de maionese

2 colheres de sopa de queijo parmesão ralado

1 gomo de alho picado

Levar tudo ao liquidificador

Bater até a pasta estar a gosto

Comer com torradas frescas, levemente aquecidas e untadas com azeite extra-virgem

Se é verdade o dito popular de que colhemos o que plantamos, não é necessário que lamentemos o que vivemos, pois é, diante disso, fruto do que plantamos ... se desejamos colher, no futuro, coisas melhores, devemos, agora, nos manter vivos, sem rancor, ódio ou vingança, separando as melhores sementes para plantá-las em terra boa ... 

The genomics of selection in dogs and the parallel evolution between dogs and humans

Guo-dong Wang,  Weiwei Zhai,  He-chuan Yang, Ruo-xi Fan,  Xue Cao, Li Zhong,  Lu Wang, Fei Liu,  Hong Wu, Lu-guang Cheng, Andrei D. Poyarkov, Nikolai A. Poyarkov JR, Shu-sheng Tang, Wen-ming Zhao, Yun Gao, Xue-mei Lv, David M. Irwin, Peter Savolainen, Chung-I Wu & Ya-ping Zhang

Abstract: 

• The genetic bases of demographic changes and artificial selection underlying domestication are of great interest in evolutionary biology. Here we perform whole-genome sequencing of multiple grey wolves, Chinese indigenous dogs and dogs of diverse breeds. Demographic analysis show that the split between wolves and Chinese indigenous dogs occurred 32,000 years ago and that the subsequent bottlenecks were mild. Therefore, dogs may have been under human selection over a much longer time than previously concluded, based on molecular data, perhaps by initially scavenging with humans. Population genetic analysis identifies a list of genes under positive selection during domestication, which overlaps extensively with the corresponding list of positively selected genes in humans. Parallel evolution is most apparent in genes for digestion and metabolism, neurological process and cancer. Our study, for the first time, draws together humans and dogs in their recent genomic evolution.

http://www.nature.com/ncomms/journal/v4/n5/full/ncomms2814.html#access

não devo deixar de mencionar, mesmo tendo esquecido na data, dia 10 de maio completaram 80 anos da grande queima de livros pelos nazistas, comanda por Adolph Hitler ... essa atitude vem desde a antiguidade, com a queima da memoria e da cultura manifestada em obras escritas e depositadas em locais públicos apropriados para a leitura, consulta e pesquisa ... local de ensino e aprendizagem ... de saber ... mas aproveito para alertar: abandonar um destes locais (biblioteca) à sua própria sorte, como esta sendo feito com a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, entre tantas outras, é da mesma forma, uma prática do Estado para que a população não tenha, ou tenha cada vez menos, saber, conhecimento e aprendizagem ...

uma super dica ... A História do lixo - a limpeza urbana através dos tempos, de 2009, de Emílio EIGENHEER

Igreja no Centro será reaberta após três anos e meio de obras

Reforma revelou piso de capela anterior, erguida em 1834, que ficará exposto ao público - Órgão alemão voltará a tocar após 15 anos, TAIS MENDES (EMAIL·FACEBOOK·TWITTER), Publicado:15/05/13 - 5h00, Atualizado:15/05/13 - 10h36, http://oglobo.globo.com/rio/igreja-no-centro-sera-reaberta-apos-tres-anos-meio-de-obras-8392541#ixzz2TMwaBHVW 

RIO — Em ritmo acelerado, operários trabalham contra o tempo para deixar tudo pronto até o próximo dia 26, quando a Igreja Santo Antônio dos Pobres, na Rua dos Inválidos, no Centro, será reaberta ao público após três anos e meio fechada para obras. Além da reforma estrutural para corrigir rachaduras provocadas pela construção de um prédio na vizinhança, o trabalho incluiu a restauração de todas as imagens, do altar, da sacristia, dos vitrais e dos sinos. Mas a grande atração é o órgão alemão que, finalmente, voltará a tocar após 15 anos. Durante as obras, houve uma descoberta histórica: o piso em ladrilho hidráulico da capela anterior, erguida em 1834, em estilo barroco. A atual igreja, concluída em 1940, foi erguida 1,20 metro acima do piso original porque a rua, já naquela época, alagava constantemente em dias de chuvas fortes.  A descoberta ganhou destaque numa área de 45 metros quadrados abaixo do piso, protegida por vidros e com iluminação especial. As escavações também revelaram dois púlpitos da época. O provedor da igreja, José Queiroga Monteiro, conta que a primeira capela de Santo Antônio dos Pobres foi erguida em 1810, com autorização de Dom João VI: No dia 26, está prevista a celebração de uma missa, às 10h, pelo arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta. Antes, haverá um concerto de órgão, com o organista, pianista e compositor Alexandre Rachid. José conta que o instrumento, construído em 1953 por uma família alemã, já havia sido reformado em 2009. Mas, dias antes da data prevista para a inauguração do instrumento, em dezembro, a igreja foi interditada pela Defesa Civil por causa das rachaduras. — O órgão tem 648 tubos e foi eletrificado. Igual só há outros três no Rio: na escola de música da UFRJ, na Igreja Santa Cruz dos Militares, na Rua Primeiro de Março, e em uma igreja metodista, na Cruz Vermelha — afirmou o provedor, que é português da região de Trás-os-Montes. — Quando fui nomeado provedor, em 2005, prometi a mim mesmo que restauraria esse órgão. Mas só consegui com o patrocínio do governo português. No Brasil ninguém se interessou. Os quatro sinos, um deles da época do Império, também foram restaurados e já voltaram a tocar, agora programados por computadores. Do alto da torre da igreja, há um contraste com o prédio vizinho, todo espelhado, onde funcionarão escritórios da Petrobras. Foram as obras da torre que provocaram rachaduras na igreja e num prédio da Rua dos Inválidos, em dezembro de 2009. Na época, oito imóveis foram interditados pela Defesa Civil, além da igreja. A reforma estrutural — incluindo o restauro do piso e dos vitrais, danificados pelas obras do prédio — foi financiada pela construtora WTorre, responsável pela torre. Os restauros foram pagos pela irmandade que administra a igreja.

O PT não gosta da Democracia

Artigo no Alerta Total, www.alertatotal.net, quarta-feira, 15 de maio de 2013, por Marco Antonio Villa, Historiador e Professor da Universidade Federal de São Carlos. Originalmente publicado no jornal O Globo de 14 de maio de 2013.

O PT não gosta da democracia. E não é de hoje. Desde sua fundação foi predominante no partido a concepção de que a democracia não passava de mero instrumento para a tomada do poder. Deve ser recordado que o partido votou contra a aprovação da Constituição de 1988 – e alguns dos seus parlamentares não queriam sequer assinar a Carta.  Depois, com a conquista das primeiras prefeituras, a democracia passou a significar a possibilidade de ter acesso aos orçamentos municipais. E o PT usou e abusou do dinheiro público, organizando eficazes esquemas de corrupção. O caso mais conhecido – e sombrio – foi o de Santo André, no ABC paulista. Lá montaram um esquema de caixa 2 que serviu, inclusive, para ajudar a financiar a campanha presidencial de Lula em 2002. Deve ser recordado, que auxiliares do prefeito Celso Daniel, assassinado em condições não esclarecidas, hoje ocupam posições importantíssimas no governo (como Gilberto Carvalho e Míriam Belchior). Antes da vitória eleitoral de 2002, os petistas já gozavam das benesses do capitalismo, controlando fundos de pensão de empresas e bancos estatais; e tendo participação no conselho gestor do milionário Fundo de Amparo ao Trabalhador. Os cifrões foram cada vez mais sendo determinantes para o PT. Mesmo assim, consideravam que a “corrupção companheira” tinha o papel de enfrentar o “poder burguês” e era o único meio de vencê-lo. Em outras palavras, continuavam a menosprezar a democracia e suas instâncias.  Chegaram ao poder em janeiro de 2003. Buscaram uma aliança com o que, no passado, era chamado de burguesia nacional. Mas não tinham mudado em nada sua forma de ação. Basta recordar que ocuparam mais de 20 mil cargos de confiança para o partido. E da noite para o dia teve um enorme crescimento da arrecadação partidária com o desconto obrigatório dos salários dos assessores. Foi a forma petista, muito peculiar, de financiamento público, mas só para o PT, claro. Não satisfeitos, a liderança partidária – com a ativa participação do presidente Lula – organizou o esquema do mensalão, de compra de uma maioria parlamentar na Câmara dos Deputados. Afinal, para um partido que nunca gostou da democracia era desnecessário buscar o debate. Sendo coerente, através do mensalão foi governando tranquilamente e aprovando tudo o que era do seu interesse. O exercício do governo permitiu ao PT ter contato com os velhos oligarcas, que também, tão qual os petistas, nunca tiveram qualquer afinidade com a democracia. São aqueles políticos que se locupletaram no exercício de funções públicas e que sempre se colocaram frontalmente contrários ao pleno funcionamento do Estado democrático de Direito. A maior parte deles, inclusive, foram fieis aliados do regime militar. Houve então a fusão diabólica do marxismo cheirando a naftalina com o reacionarismo oligárquico. Rapidamente viram que eram almas gêmeas. E deste enlace nasceu o atual bloco anti-democrático e que pretende se perpetuar para todo o sempre. As manifestações de desprezo à democracia, só neste ano, foram muito preocupantes. E não foram acidentais. Muito pelo contrário. Seguiram e seguem um plano desenhado pela liderança petista – e ainda com as digitais do sentenciado José Dirceu. Quando Gilberto Carvalho disse, às vésperas do Natal do ano passado, que em 2013 o bicho ia pegar, não era simplesmente uma frase vulgar. Não. O ex-seminarista publicizava a ordem de que qualquer opositor deveria ser destruído. Não importava se fosse um simples cidadão ou algum poder do Estado. Os stalinistas não fazem distinção. Para eles, quem se opõem às suas determinações, não é adversário, mas inimigo e com esse não se convive, se elimina. As humilhações sofridas por Yoani Sánchez foram somente o começo. Logo iniciaram a desmoralização do Supremo Tribunal Federal. Atacaram violentamente Joaquim Barbosa e depois centraram fogo no ministro Luiz Fux. Não se conformaram com as condenações. Afinal, o PT está acostumado com os tribunais stalinistas ou com seus homólogos cubanos. E mais, a condenação de Dirceu como quadrilheiro – era o chefe, de acordo com o STF – e corrupto foi considerado uma provocação para o projeto de poder petista. Onde já se viu um tribunal condenar com base em provas, transmitindo ao vivo às sessões e com amplo direito de defesa? Na União Soviética não era assim. Em Cuba não é assim. E farão de tudo – e de tudo para o PT tem um significado o mais amplo possível – para impedir que as condenações sejam cumpridas. Assim, não foi um ato impensado, de um obscuro deputado, a apresentação de um projeto com o objetivo de emparedar o STF. Absolutamente não. A inspiração foi o artigo 96 da Constituição de 1937, imposta pela ditadura do Estado Novo, honrando a tradição anti-democrática do PT. E o mais grave foi que a Comissão de Constituição e Justiça que aprovou a proposta tem a participação de dois condenados no mensalão e de um procurado pela Interpol, com ordem de prisão em mais de cem países. A tentativa de criar dificuldades ao surgimento de novos partidos (com reflexos no tempo de rádio e televisão para a próxima eleição) faz parte da mesma estratégia. É a versão macunaímica do bolivarianismo presente na Venezuela, Equador e Bolívia. E os próximos passos deverão ser o controle popular do Judiciário e o controle (os petistas adoram controlar) social da mídia, ambos impostos na Argentina. O PT tem plena consciência que sua permanência no poder exigirá explicitar cada vez mais sua veia antidemocrática.

Mais Lobão e menos Chico Buarque

A voz rebelde de Lobão é uma rajada de ar fresco que respiramos na asfixia do politicamente correto, artigo de Rodrigo Constantino, economista, Publicado:14/05/13 - 0h00, Atualizado:14/05/13 - 0h00, http://oglobo.globo.com/opiniao/mais-lobao-menos-chico-buarque-8375227#ixzz2TMuacy1R

“A bundamolice comportamental, a flacidez filosófica e a mediocridade nacionalista se espraiam hegemônicas. Todo mundo aqui almeja ser funcionário público, militante de partido, intelectual subvencionado pelo governo ou celebridade de televisão, amigo”. É o músico Lobão com livro novo na área. Trata-se de “Manifesto do Nada na Terra do Nunca”, e sua metralhadora giratória não poupa quase ninguém. Polêmico, sim. Irreverente, sem dúvida. Mas necessário. As críticas de Lobão merecem ser debatidas com atenção e, de preferência, isenção. O próprio cantor sabia que a patrulha de esquerda viria com tudo. Não deu outra: fizeram o que sabem fazer, que é desqualificar o mensageiro com ataques pessoais chulos, com rótulos como “reacionário” ou “roqueiro decadente”. Fogem do debate. Lobão tem coragem de remar contra a maré vermelha, ao contrário da esquerda caviar, a turma “radical chic” descrita por Tom Wolfe, que vive em coberturas caríssimas, enxerga-se como moralmente superior, e defende o que há de pior na humanidade. No tempo de Wolfe eram os criminosos racistas dos Panteras Negras os alvos de elogios; hoje são os invasores do MST, os corruptos do PT ou ditadores sanguinários comunistas. O roqueiro rejeita essa típica visão brasileira de vitimização das minorias, de culpar o “sistema” por crimes individuais, de olhar para o governo como um messias salvador para todos os males. A ideia romântica do “Bom Selvagem” de Rousseau, tão encantadora para uma elite culpada, é totalmente rechaçada por Lobão. Compare isso às letras de Chico Buarque, ícone dessa esquerda festiva, sempre enaltecendo os “humildes”: o pivete, a prostituta, os sem-terra. A retórica sensacionalista, a preocupação com a imagem perante o grande público, a sensação de pertencer ao seleto grupo da “Beautiful People” são mais importantes, para essas pessoas, do que os resultados concretos de suas ideias. Vide Cuba. Como alguém ainda pode elogiar a mais longa e assassina ditadura do continente, que espalhou apenas miséria, sangue e escravidão pela ilha caribenha? Lobão, sem medo de ofender os “intelectuais” influentes, coloca os pingos nos is e chama Che Guevara pelos nomes adequados: facínora, racista, homofóbico e psicopata. Quem pode negar? Ninguém. Por isso preferem desqualificar quem diz a verdade. Lobão, que já foi cabo eleitoral do PT, não esconde seu passado negro, não opta pelo silêncio constrangedor após o mensalão e tantos outros escândalos. Prefere assumir sua “imbecilidade”, como ele mesmo diz, e mudar. A fraude que é o PT, outrora visto como bastião da ética por muitos ingênuos, já ficou evidente demais para ser ignorada ou negada. Compare essa postura com a cumplicidade dos “intelectuais” e artistas, cuja indignação sempre foi bastante seletiva. Outra área sensível ao autor é a Lei Rouanet, totalmente deturpada. Se a intenção era ajudar gente no começo da carreira, hoje ela se transformou em “bolsa artista” para músicos já famosos e estabelecidos, muitos engajados na política. Lobão relata que recusou um projeto aprovado para uma turnê sua, pois ele já é conhecido e não precisava da ajuda do governo. Compare isso aos ícones da MPB que recebem polpudas verbas estatais, ou que colocam parentes em ministérios, em uma nefasta simbiose prejudicial à independência artística. O nacionalismo, o ufanismo boboca, que une gente da direita e da esquerda no Brasil, também é duramente condenado pelo escritor. Quem pode esquecer a patética passeata contra a guitarra elétrica que os dinossauros da MPB realizaram no passado? Complexo de vira-latas, que baba de inveja do “império estadunidense”. Dessa patologia antiamericana, tão comum na classe artística nacional, Lobão não sofre. O rock, tal como o conhecimento, é universal. Multiculturalismo é coisa de segregacionista arrogante. No país do carnaval, futebol e novelas, onde reina a paralisia cerebral, a mesmice, o conformismo com a mediocridade, a voz rebelde de Lobão é uma rajada de ar fresco que respiramos na asfixia do politicamente correto, sob a patrulha de esquerdistas que idolatram Chico Buarque e companhia – não só pela música. Em um país de sonâmbulos, anestesiados com uma prosperidade ilusória e insustentável; em um país repleto de gente em busca de esmolas e privilégios estatais; em um país sem oposição, onde até mesmo Guilherme Afif Domingos, que já foi ícone da alternativa liberal, rendeu-se aos encantos do poder; o protesto de Lobão é mais do que bem-vindo: ele é necessário. Precisamos de mais Lobão, e menos Chico Buarque.

A ausência do professor no debate público sobre a Educação - Deixar os educadores fora das discussões sobre como melhorar o ensino empobrece o debate e prejudica o país

Com reportagem de Elisângela Fernandes

http://revistaescola.abril.com.br/politicas-publicas/ausencia-professor-debate-publico-educacao-740540.shtml

Falar de Educação e não reconhecer o papel do professor no processo de ensino e aprendizagem parece descabido. Não à toa, nos últimos anos, a centralidade e a importância deste profissional para a qualidade do ensino – e, por consequência para o desenvolvimento do país – têm sido reiteradas por diversos setores da sociedade e organismos internacionais. No entanto, os educadores permanecem distantes do debate público e raramente são ouvidos pela imprensa. E embora conheçam de perto as demandas e desafios da área, seus conhecimentos nem sempre são levados em conta pelos formuladores de políticas públicas.
Há poucos estudos que investiguem os porquês da ausência dos professores como fonte qualificada para contribuir com o debate. Mas há muitos indícios de que a desvalorização da carreira docente seja uma das razões. “Se, por um lado, os professores são olhados com desconfiança, acusados de serem profissionais medíocres e de terem uma formação deficiente; por outro lado, são bombardeados com uma retórica cada vez mais abundante que os considera elementos essenciais para a melhoria da qualidade do ensino e para o progresso social e cultural”, explica educador português António Nóvoa, no artigo Os Professores na Virada do Milênio: Do Excesso dos Discursos à Pobreza das Práticas. Soma-se a isso a postura recorrente em muitas redes de cercear a liberdade dos docentes, fazendo com que tenham receio de falar sobre as escolas em que lecionam e sofrer represálias. O resultado é um debate sobre Educação sem o personagem principal. Em sua última análise da mídia na área da Educação, realizada em 2004, a Agência de Notícias dos Direitos da Infância (Andi) avaliou 5.362 reportagens e verificou que, em 61% dos casos, os jornalistas preferiram ouvir fontes oficiais ligadas ao Ministério da Educação (MEC) e às secretarias estaduais e municipais. O documento indica que o silenciamento “de atores localizados fora do campo do poder público pode estar relacionado à questão do reconhecimento social”. Ou seja, para muitos jornalistas, quem não faz parte das esferas de poder, não tem legitimidade para se pronunciar sobre determinados assuntos.

A desvalorização docente fica clara também na tese de doutorado da jornalista e professora do Centro Universitário das Faculdades Metropolitana Unidas (FMU) Katia Zaventtor Ferreira, concluída em 2012. Ela se debruçou sobre notícias relacionadas ao trabalho docente publicadas no jornal Folha de S. Paulo e concluiu que não só persiste a imagem negativa do professor, como também há um novo discurso que sugere a substituição dele por outros mais bem formados. Em outro estudo, um pouco mais antigo, Maria da Graça Jacintho Setton, professora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), mostra que praticamente não existe um debate sobre o projeto político-pedagógico que o país quer para o Ensino Superior. Ao analisar notícias sobre o tema publicadas nos jornais Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e Jornal da Tarde, entre fevereiro e março de 2000, ela constatou que “majoritariamente, as matérias analisadas têm como tema central a questão do financiamento ou as formas de gestão dos recursos destinados ao setor. É nítida a ausência de um debate crítico e político envolvendo os agentes do campo sobre os destinos da Educação Superior”. Uma parte dos jornalistas que escrevem sobre Educação reconhece que os docentes são pouco ouvidos e argumenta que é muito difícil entrevistar esses profissionais e ter acesso a o que acontece nas escolas e nas salas de aulas. O problema, em muitos casos, é reflexo do medo que os educadores têm de sofrer represálias caso falem com a imprensa sem a autorização prévia da rede de ensino para a qual trabalham. Até 2009, no estado de São Paulo, e 2010, na capital paulista, um dispositivo do estatuto dos servidores cerceava o direito de expressão dos funcionários públicos, incluindo professores. No entanto, mesmo com a revogação da “chamada lei da mordaça” muitos docentes, ainda hoje, não se sentem confortáveis para falar publicamente. O mesmo ocorre em outras redes. O último levantamento, realizado em 2008, pela Ação Educativa apontava que em 18 estados brasileiros havia leis que impediam professores e demais servidores de concederem entrevistas sem autorização. Na avaliação de Laura Tresca, oficial do Programa de Liberdade de Expressão da ONG Artigo 19, o professor ainda se sente fragilizado e inseguro. Há um processo velado e às vezes até de autocensura, pois mesmo nos lugares em que a lei fora modificada, a cultura do silêncio permanece. “É preciso denunciar. Esse cerceamento é resquício de um governo autoritário”, defende. O docente pode e deve expressar sua opinião, e o ideal é que encontre abertura na escola e na rede em que trabalha para apresentar críticas ou sugestões e buscar a melhoria do ensino. Caso haja algum tipo de censura, o caminho é recorrer às entidades de classe ou à Defensoria Pública e constituir um advogado próprio para ingressar com mandado de segurança contra a rede de ensino. Se sofrer algum tipo de represália, ele também poderá acionar a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, vinculada à Organização dos Estados Americanos (OEA) e o Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU). Comunicar ideias, expressar opinião e falar sobre o próprio trabalho, além de ser um direito inegável, é fundamental para a melhoria do ensino. A experiência e os conhecimentos de quem está diariamente em sala de aula não pode ser ignorada na formulação das políticas educacionais brasileiras.

Posso concordar com todos aqueles que julgam a mídia. De ser ela comprometida com o sistema, responsável pela omissão de fatos, pela difusão de interesses escusos, pela disseminação de ideais contrários, de pertencer a pessoas que foram, ou são, parte do sistema conservador, monopolista, liberal. Mas não posso ser conivente com todos estes que dizem isso apenas quando os seus interesses, ou sistema pelo qual trabalha, defende ou comunga estão em jogo, são agredidos ... Estamos vivendo, no mundo, mais especificamente na América Latina, um (re)fluxo político que n´outros tempos fora motivo para guerrilhas, combates e lutas. Após a queda do regime político liberal positivista economicista das décadas de 60 a 90, do século passado, comandada pelos militares, progressivamente, o sistema foi retomado pela “democracia”, com uma politica de “esquerda”, socialista no principio, populista e caudilha na atualidade. Ressalve-se aqui que esta política viria para colocar no lugar tudo aquilo que estava fora dele, colocando o povo no poder. Sabemos hoje, como sabiam aqueles que lutaram e continuam lutando por isso, que isso é impossível. Mas essa apresentação tem por objetivo mencionar o fato de que estamos vivendo, às portas, de uma nova ditadura, agora de esquerda, mas ditadura de igual forma. Populista, demagógica e manipuladora. Isso é o que esta acontecendo, principalmente, no Equador, na Bolívia, na Venezuela, na Argentina, no Brasil, no Paraguai e em Cuba, onde, a começar pelas mídias imprensa, falada e televisiva, e pela opinião daqueles contrários ao sistema, tem havido perseguição, constrangimento e manipulação de dados e fatos. Tem sido frequente lermos, ouvirmos e virmos fatos e depoimentos sobre o fechamento e o cerceamento de jornais, rádios, revistas e televisões. Mas pior que isso, é o fato de que os governantes, lideres de destaque, têm apoiado ou mantido silencio sobre esses desacertos. Isso é muito grave. Gravíssimo. Onde estão os eleitos e no poder, defensores da democracia e das liberdades? É necessário que tomemos posição, que defendamos, de fato, a "democracia" e as liberdades. Se detestamos, de fato, os regimes de exceção, as ditaduras, devemos estar alertas, pois estamos às portas de um novo período, de uma nova ditadura. De um novo período de horror. E exemplos disso não nos faltam. A história esta repleta deles. Desde a pré-história até a Russia de Stalin, a Alemnha de Hitler, a Cuba de Fildel, a Inglaterra de Thatcher, o Brasil, a Argentina, o Uruguai, o Paraguai e o Chile dos militares, o Oriente Árabe dos muçulmanos, a Venezuela de Chaves, entre tantos outros ...

para aqueles que têm medo de crer, pensando naquilo que o "mundo" faria contra si, é necessário (re)ler e (re)pensar sobre o evangelho de São João (12: 42-50) ... lembrando que JESUS disse: "Eu sou a luz ... aquele que crê não permanece nas trevas." ... além disso, que "não veio ao mundo para julgá-lo, mas para salvá-lo." ... e quem não aceitar suas palavras no último dia terá quem o julgue ...

sobre educação e loucura

Estamos em 2013 e não posso deixar de me assustar com o comportamento de Instituições Educacionais (Escolas), de suas Direções, bem como de seus Coordenadores de ensino e Professores. Fazem dez anos, ou mais, como Coordenador de uma destas Instituições Educacionais tínhamos como práticas aquilo que ainda não consigo ver hoje, se não arremedos, ensaios ou cópias, mal feitas, daquilo que era nosso cotidiano. Afirmo, discordando daqueles que defendem que a educação evoluiu, que o ensino de hoje é muito inferior àquela praticado, mesmo em um passado recente. Ter computador ou sala de informática não significa nada, se estes (máquinas e aulas) não forem instrumento-ferramenta para facilitar e/ou manusear a informação, gerando conhecimento. Ter salas de aula temáticas é diferente de ter laboratórios para aulas específicas. Ter educação física, música, teatro (expressão corporal) e artes no currículo não é suficiente e esta aquém de um trabalho que visa o desenvolvimento intelectual do aprendiz. Lembro que estas áreas são obrigatórias no Ensino Básico, embora muitas escolas descumpram a Lei, sob a guarda das Secretarias de Educação que deveriam fiscalizar. É inacreditável que a comunidade escolar e responsáveis pelos educandos aceitem todas as inadequações educacionais apresentadas e propostas pelas Instituições Educacionais. A loucura e a falta de responsabilidade é tamanha que chega a colocar em risco todos: educandos, educadores e responsáveis, administrativa e pedagogicamente.  Precisamos nos conscientizar do que entendemos por educação e o que queremos para nossa sociedade. VOU CONTINUAR FALANDO DISSO ... em breve ...

Na semana que acabou, fomos surpreendidos pelas noticias envolvendo a orquestra sinfônica do Rio de Janeiro, mantida pelo tesouro publico municipal ... mas o prefeito resolveu dizer, deve ter seus motivos, que os cofres públicos municipais não a manteriam mais ... disso resolvi fazer as seguintes observações:

1 - sou a favor da manutenção da orquestra sinfônica do rio de janeiro, mantida pelo tesouro publico municipal ... diante disso,

1.1 - sua função social deveria ser revista, ou seja, não é possível mantê-la para tocar no teatro municipal, com ingressos caríssimos e para um público considerado culto e de alto poder econômico ... onde está o povo do Rio de Janeiro ...  

1.2 – a orquestra sinfônica do Rio de Janeiro deveria ter recitais públicos, gratuitos e com acesso garantido para o publico considerado de pouca cultura e de baixo poder econômico ... 

1.3 – a orquestra sinfônica do Rio de Janeiro deveria fazer recitais públicos em regionais administrativas do município, destinado ao público do ensino básico ...

1.4 – a orquestra sinfônica do Rio de Janeiro deveria fazer recitais públicos em faculdades, centros universitários e universidades localizadas nas regiões administrativas municipais ...

2 - este mesmo procedimento deveria ser feito com peças teatrais, filmes, shows de música (inclusive ópera e instrumental), de dança (inclusive balé), entre tantas outras opções ... não de uma única apresentação, mas pelo período de quinta-feira a domingo ...

3 - o mesmo poderia ser feito com os esportes, patrocinando ingressos, distribuídos da mesma forma, nas regionais administrativas, para ocupar lugares ociosos nos estádios, nas quadras e ginásios ... seja para o futebol, para o volei, para o basquete e para os esportes olímpicos ...

Frases para conduzir meu dia, minha vida ...

• A noticia da hora: eu não morrerei antes de ter cumprido em mim todas as bênçãos de DEUS para a minha vida.

• Em tempo: mesmo no deserto DEUS abençoará, a mim e a minha casa. Porque DEUS é DEUS, de verdade.

• O caminho de DEUS poderá ser mais longo, para que eu alcance a vitória, pois se for pelo mais curto, correria o risco de retroceder, por enfrentar lutas e inimigos para as quais não estou preparado para enfrentar.

• Prefiro o deserto e a moenda com DEUS, ao mundo e a abundancia sem ELE.

Não devemos participar de obras infrutuosas. Antes devemos condena-las, lembrando-nos de que até mesmo o que é feito em oculto, dize-lo é torpe. Por isso, para que toda a amargura, ira, cólera, gritaria, blasfêmia e malicia seja tirada d´entre nós, sejamos benignos, misericordiosos e perdoadores para com o outro, uma vez que somos membros uns dos outros. (Efésios 4-5)

Mais de 10 anos de bolsa família ... quantas mudanças, no próprio programa, mas essencialmente, quantas mudanças na vida daqueles que a mídia não mostra ... mas no meu entendimento nada disso é relevante ... vejo como importante as muito vidas salvas, literalmente, com estas pequenas contribuições ... sem lembrar que salvos, continuarão sua vida cidadã, sendo profissionais ativos e produtivos na sociedade, que ajudarão a construir e tornar muito melhor ... vale a pena dizer, que estas contribuições, vista pelo olhar do estado, não são contribuições, mas investimento ...

com a colaboração da professora Aline Rochedo, apresento a sinopse do filme “Uma História de Amor e Fúria”,  um filme de animação que retrata o amor entre um herói imortal e Janaína, a mulher por quem é apaixonado há 600 anos. Como pano de fundo do romance, o longa de Luiz Bolognesi ressalta quatro fases da história do Brasil: a colonização, a escravidão, o Regime Militar e o futuro, em 2096, quando haverá guerra pela água. Destinado ao público jovem e adulto com traço e linguagem de HQ, o filme traz Selton Mello e Camila Pitanga dublando os protagonistas. O longa conta ainda com a participação de Rodrigo Santoro, na pele do chefe indígena e de um guerrilheiro. 
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=e8pzqnvV4AY 

uma indicação, que considero muito valiosa, para aqueles que estão trabalhando no projeto de pesquisa ou na sua realização, na graduação ou na pós-graduação, bem como na discussão de suas fontes, uma indicação, apesar de não tão nova (2010), muito valiosa ... vale a penas ler, principalmente a introdução ... João FRAGOSO. Efigênia Angola, Francisca Muniz forra parda, seus parceiros e senhores: freguesias rurais do Rio de Janeiro, século XVIII. Uma contribuição metodológica para a história colonial, in: revista Topoi, volume 11, número 21, jul-dez 2010, pp. 74-106.