blog do professor luft
23 de dezembro de 2012
22 de dezembro de 2012
RIO - Alvo de profecias apocalípticas baseadas em uma suposta previsão feita pelos antigos maias, esta sexta-feira, dia 21de dezembro de 2012, passará como um dia comum na Terra. Para decepção dos supersticiosos, o fim do mundo não virá (pelo menos desta vez...). Mas isso não quer dizer que o planeta nunca passou por catástrofes que por pouco não dizimaram todos seus habitantes. Nos últimos 500 milhões de anos, pelo menos cinco extinções em massa atingiram mais de 50% de toda a vida na Terra. Suas causas foram variadas e, em alguns casos, ainda são objeto de debate e dúvida entre os cientistas. Saiba a seguir mais um pouco sobre estes eventos de fato apocalípticos e veja por que alguns cientistas acreditam que estamos atravessando outro período de grande perda da biodiversidade, desta vez com ajuda da mão do homem.
A extinção em massa do Ordoviciano-Siluriano: Ocorrida entre 450 e 440 milhões de anos atrás, a primeira grande catástrofe planetária conhecida se seguiu à chamada explosão cambriana, período marcado por um rápido aumento na diversidade de formas de vida na Terra, naquela época ainda restrita aos oceanos. Suas vítimas mais conhecidas são os trilobitas e náutilos, cujos fósseis podem ser encontrados em diversas regiões do mundo. Segundo as estimativas, mais de 60% de todos invertebrados marinhos morreram, provocando a extinção de 27% de todas as famílias e 57% de todos os gêneros animais então existentes. Os cientistas acreditam que ela foi provocada por mudanças climáticas associadas ao deslocamento do então continente de Gondwana rumo ao Polo Sul, o que levou a um forte esfriamento do planeta. A glaciação decorrente acarretou numa grande baixa no nível do mar, afetando os habitats destes animais nas plataformas continentais e mudando a química dos oceanos.
A extinção do Devoniano Superior: Há 375 milhões de anos, a vida no planeta já tinha evoluído muito. Plantas, insetos e anfíbios habitavam as massas de terra, enquanto peixes nadavam entre recifes construídos por corais e estromatólitos. Esta grande extinção parece ter atingido apenas a vida marinha, mas com força: cerca de 70% das espécies existentes desapareceram, incluindo os últimos trilobitas e os corais, que só ressurgiram no Mesozoico, a era dos dinossauros, mais de 100 milhões de anos depois. Ao todo, as estimativas são de que 19% das famílias e 50% dos gêneros animais foram extintos. A culpa, novamente, teria sido das mudanças climáticas, com os continentes de Uramerica e Gondwana aos poucos se aproximando para formar o supercontinente de Pangeia e deflagrando mais uma intensa Idade do Gelo.
A “Grande Morte” do fim do Permiano: Maior extinção em massa conhecida, ela aconteceu há cerca de 250 milhões de anos e por pouco não dizimou a vida no planeta: estimativas apontam que até 96% de todas as espécies desapareceram. É a única que se sabe ter atingido até mesmo animais considerados mais resistentes, como os insetos, e todos seres vivos hoje existentes descendem justamente dos apenas 4% que sobreviveram à apelidada “Grande Morte”. No fim do Permiano, o supercontinente de Pangeia já tinha se formado e era habitado por uma grande variedade de répteis e anfíbios, assim como plantas, enquanto os oceanos abrigavam enorme riqueza de vida. O desastre foi tamanho que demorou 50 milhões de anos para a biodiversidade se recuperar em terra e 100 milhões de anos no mar. As causas da mortandade ainda são objeto de intenso debate entre os cientistas: para alguns, ela seria resultado de prolongadas e maciças erupções vulcânicas na atual região da Sibéria, cujas marcas podem ser vistas até hoje, que teriam reduzido a concentração de oxigênio na atmosfera e provocado intensas alterações no clima. Já outros desconfiam do impacto de um asteroide gigantesco, enquanto muitos acreditam que ela só poderia ter acontecido devido à liberação catastrófica de gases-estufa, como o metano, que estavam presos no leito oceânico, que teria provocado mudanças climáticas nunca antes vista.
A extinção do Triássico-Jurássico: Ao fim do período Triássico, há cerca de 205 milhões de anos, novamente uma grande variedade de répteis dominava a terra e os oceanos. As marcas da Grande Morte, no entanto, ainda estavam presentes, e estes animais em nada lembravam os que existiam no Permiano. Não havia, por exemplo, grandes predadores. Árvores coníferas primitivas também já tinham se desenvolvido, assim como os sapos, lagartos e até mesmo os primeiros mamíferos. Os cálculos apontam que cerca de 48% de todos gêneros animais foram destruídos nesta extinção, incluindo até 80% dos quadrúpedes terrestres, mas sua causa permanece um mistério. Alguns cientistas destacam, no entanto, que ela coincide com o começo da separação de Pangeia nos megacontinentes de Laurasia e Gondwana, o que gerou um grande fluxo de lava na região do que é hoje o fundo do Oceano Atlântico. Também há registros de uma forte e abrupta elevação na concentração de dióxido de carbono, o principal gás do efeito estufa, na atmosfera, que atingiu pelo menos oito vezes os níveis atuais, o que novamente coloca mudanças climáticas na lista de suspeitos.
O fim dos dinossauros: Mais conhecida e estudada extinção em massa, ela ocorreu no fim do período Cretáceo, há 65 milhões de anos, e foi responsável pelo desaparecimento dos dinossauros. Estes répteis gigantes, porém, não foram as únicas vítimas do extermínio, também chamado de extinção K/T: praticamente todos os animais terrestres com mais de cinco quilos de massa foram dizimados, incluindo o recém-descoberto lagarto Obamadon gracilis, batizado em homenagem ao presidente americano Barack Obama; a vida nos mares tropicais desapareceu; e as plantas também foram seriamente afetadas. Naquela época, os continentes já tinham basicamente a mesma configuração de hoje, mas apesar disso durante muito tempo uma intensa atividade vulcânica na área da Índia era a principal suspeita da extinção em massa. A ideia ainda é defendida por alguns cientistas, mas o consenso geral é de que os dinossauros foram vítimas do choque de um asteroide na região de Chicxulub, na atual da Península de Yucatán, México, que teria lançado uma grande nuvem de material na atmosfera, bloqueando a luz do Sol e matando as plantas. Com isso, os animais herbívoros também morreram, levando consigo seus predadores desestabilizando a biosfera. O fim dos dinossauros, no entanto, abriu caminho para o aparecimento do homem, já que os pequenos mamíferos existentes estariam melhor adaptados para enfrentar o longo inverno que se seguiu à colisão cósmica.
Uma nova extinção em massa causada pelo homem? Para alguns pesquisadores, o mundo atravessa atualmente outra extinção em massa, que estaria tendo ajuda da ação do homem. Nosso período geológico, o Pleistoceno, começou há 1,8 milhão de anos e está marcado por um revezamento de idades do gelo e épocas mais quentes. A última destas idades do gelo acabou entre 11 mil e 8 mil anos atrás, justo quando o Homo sapiens começou a dominar a Terra e a maior parte dos grandes mamíferos, como os mamutes, os tigres-dentes-de-sabre e preguiças gigantes desapareceram. Para estes cientistas, a caça indiscriminada estaria por trás do seu fim. Eles também defendem que a ocupação humana está dizimando áreas selvagens por todo planeta, eliminando um grande número de espécies antes mesmo delas serem descritas. Segundo Richard Leakey, um dos mais respeitados paleontólogos do mundo, o mundo está perdendo algo entre 50 mil e 100 mil espécies de plantas, animais e insetos por ano, um ritmo visto apenas nas outras extinções em massa conhecidas.
MI’ILYA, Israel - “Venham a mim todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso”. A passagem do Evangelho de Mateus (11:28) mudou a vida do técnico de enfermagem Osama Layous, de 43 anos, morador do vilarejo árabe cristão de Mi’ilya, na Galileia (Norte de Israel). No dia 13 de maio de 1996, ele internou sua mulher, Rawia, num hospital local para uma cirurgia de emergência. Nervoso, abriu uma Bíblia que encontrou na sala de espera e se deparou com o versículo acima. “Um sinal de Deus”, pensou. Entre preces e promessas, viu Rawia melhorar nos meses seguintes. Nada menos, para ele, do que um milagre. Sentado entre quadros com ícones de santos, guirlandas, luzes e enfeites natalinos, Osama conta como esses acontecimentos há 16 anos levaram toda sua família a abraçar com força a fé católica tradicional de Mi’ilya, uma aldeia de 3.100 habitantes, todos cristãos — raridade no Estado Judeu, onde os cristãos são apenas 4% da população, e em todo o Oriente Médio, onde o percentual não chega a 2%. Ninguém da família Layous perde as procissões, missas e festividades da cidade, reduto da Igreja Greco-Católica Melquita, o rito católico mais antigo do mundo e a maior comunidade cristã, atualmente, na bíblica Galileia, berço de Jesus. — Tudo começou aqui, por aqui passaram os apóstolos e os primeiros cristãos. Somos os descendentes diretos deles — diz o devoto Osama. Às vésperas do Natal na Terra Santa, onde a tradicional Igreja Católica Romana convive com 14 dos 22 ritos católicos orientais existentes no mundo, os melquitas de Mi’ilya saem às ruas para mostrar suas tradições milenares, abrindo as portas de suas casas a judeus, muçulmanos e adeptos de outras crenças. Além de missas, procissões, apresentações de corais sacros e quermesses, no dia 24 de dezembro dezenas de moradores da cidade se fantasiam de Papai Noel, adaptando uma tradição ocidental, e distribuem presentes às crianças antes da ceia natalina. No cardápio, quitutes mediterrâneos como abobrinha recheada com arroz e canela, tabule e charutos de folha de uva. — Nossa comida vem da época de Cristo. São alimentos servidos a mulheres que acabaram de dar à luz, numa homenagem à Virgem Maria — explica o padre Nadim Shakur, um dos principais líderes comunitários. Os moradores de Mi’ilya têm realmente muito para celebrar. A cidade é uma das mais ricas entre a minoria árabe de Israel, e um em cada quatro adultos tem diploma universitário. Mas a maior vitória é a comunidade ter sobrevivido a dois milênios de perseguições, rixas, conquistas, assimilação cultural e ao moderno conflito entre israelenses e palestinos. A atual cidade recebeu os primeiros melquitas oriundos da Síria e do Líbano por volta de 1760 e eles mantiveram as tradições a duras penas. Em 1922, Mi’ilya só contava com 442 habitantes, nem todos cristãos. Hoje, são mais de três mil, todos católicos e dedicados à manutenção da comunidade. O lento mas constante aumento populacional faz com que a única Igreja de Mi’ilya, construída em 1846, com arquitetura bizantina e restaurada em 2006, não possa abrigar todos os fiéis. Dentro dela, só cabem 350 pessoas e muitos ficam de fora em dias importantes, como o Natal. Por causa disso, a prefeitura da cidade está em campanha para arrecadar US$ 6 milhões para construir uma nova igreja, maior e mais moderna. — No ano que vem, já marcamos viagem para vários países para arrecadar contribuições. Vamos aos Estados Unidos, ao Canadá e também ao Brasil — avisa Eiliya Arraf, líder do conselho municipal, uma espécie de prefeito. Mi’ilya, que fica a apenas 10km da fronteira de Israel com o Líbano, foi habitada desde 2000 a.C. por israelitas, babilônios, gregos, romanos, bizantinos, cruzados, mamelucos e otomanos, entre outros. Por volta de 1000 a.C., chamava-se Aloth, cidade-natal de um dos principais assessores do Rei Salomão. Foi destruída e reconstruída diversas vezes, até se tornar ponto de passagem obrigatório de cristãos que peregrinavam até Jerusalém, no período das Cruzadas. Foi na cidade, em 1160, que o Rei Balduíno III construiu uma ampla fortaleza chamada de “Castelo do Rei”, que acabou caindo nas mãos do rei árabe Saladino em 1187. — Estamos numa terra atraente, a Terra Santa, todos querem passar por aqui — conta o historiador Shukri Arraf, especialista em Oriente Médio da Universidade Hebraica de Jerusalém e natural de Mi’ilya. — A Igreja Melquita tem origem na Antioquia, atual Antaquia, na Turquia, uma cidade que desempenhou um importante papel na História do Cristianismo. Foi lá que a palavra “cristão” foi usada pela primeira vez para designar seguidores de Jesus. E também foi lá que São Pedro, o primeiro Papa, fez seus primeiros sermões em busca de seguidores — explica o historiador. Hoje, os melquitas são uma igreja sui juris (autônoma) com hierarquia, sacerdotes e bispos próprios, mesmo estando em comunhão com o Vaticano. Seu líder responde pela longa designação de “Patriarca de Antioquia e Todo o Oriente, Jerusalém e Alexandria, Décimo-Terceiro Apóstolo e Sucessor de Pedro”. Na Terra Santa, estão dividos em três dioceses: a de Jerusalém, com 3 mil fiéis espalhados pela Cidade Sagrada e arredores (Belém e Ramallah, entre outras); a de São João de Acre, com 73 mil fiéis na Galileia e arredores (incluindo Mi’ilya, Acre, Haifa e Nazaré); e a de Petra, com 32 mil fiéis, com jurisdição sobre a Jordânia. Pouco conhecidos pelos católicos ocidentais, os ritos melquitas incorporam elementos gregos, latinos e orientais. A missa, chamada Divina Liturgia, é em árabe, grego e hebraico com cânticos à capela. Mas a maior diferença em relação ao catolicismo romano é o fato de que os padres melquitas podem se casar. A palavra melquita vem de “melek”, ou “rei” em árabe. Era o apelido jocoso dos cristãos que, na época do Concílio da Calcedônia, no ano 451, apoiaram a visão defendida pelo Imperador Marciano de Bizâncio de que Jesus seria ao mesmo tempo divino e humano. Com a conquista islâmica do Mediterrâneo, no século VII, os melquitas foram cruciais para a manutenção do cristianismo no mundo árabe, mesmo tendo incorporado elementos da cultura dos conquistadores em seus ritos. Em 1724, o Vaticano reconheceu pela primeira vez um patriarca melquita e abraçou a facção. No interior das igrejas melquitas não há estátuas, mas ícones de santos, de profetas, da Virgem Maria e de Cristo pendurados nas paredes. Na igreja de Mi’ilya, chamam a atenção os retratos dourados com molduras de madeira de ícones ou passagens bíblicas enfileirados na entrada do Sancta Sanctorum, o local mais sagrado, onde fica a Bíblia.
Atualmente, eles contam com 1,3 milhão de fiéis em 28 dioceses pelo mundo. As principais comunidades se encontram na Síria, no Líbano, no Egito, na Galileia (Israel) e na Cisjordânia (territórios palestinos). Mas há comunidades nos Estados Unidos, no Canadá, na Argentina, na Austrália, no México e também no Brasil. Em São Paulo, existe a eparquia (diocese, no rito oriental) da Nossa Senhora do Paraíso, fundada por imigrantes sírios e libaneses em 1941. Outras paróquias também funcionam em cidades como Rio, Fortaleza e Juiz de Fora. Mas há pouca ligação com os melquitas da Galileia. — Espero conhecer melhor nossos irmãos brasileiros para fortalecer ainda mais nossos costumes milenares — deseja o prefeito Eiliya Arraf.
Um estudo inédito lançado pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) revela que o número de doutores no Brasil praticamente triplicou em 12 anos, com a dispersão desses especialistas pelas diferentes regiões do país e com o aumento significativo da participação de mulheres e afrodescendentes no total geral. Os resultados estão reunidos na publicação “Doutores 2010: estudos da demografia da base técnico-científica brasileira”, de 507 páginas, lançada oficialmente durante a 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, realizada em Brasília, no mês de maio. O número de doutores titulados entre 1996 e 2008 cresceu 278%, o que corresponde a uma taxa média de 12% de crescimento ao ano, muito acima da registrada em outras nações. “Os resultados indicam diversificação e o começo de uma nova realidade, com menor concentração regional”, afirma o economista Eduardo Viotti, coordenador-geral do estudo e consultor do CGEE. A pesquisa recebeu cooperação de instituições de todo o país, em especial do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Citado pelo presidente da República durante audiência no Conselho Nacional da Juventude, em agosto passado, o trabalho vem ajudando pesquisadores, instituições e a sociedade a compreender as características dessa parcela da população, permitindo visualizar o panorama e as tendências da pós-graduação no país. “Esse estudo permite subsidiar políticas públicas para formação de recursos humanos com alta qualificação”, afirma a assessora do CGEE Sofia Daher, coordenadora da equipe técnica do Centro durante o estudo. As mulheres brasileiras passaram a ser maioria entre os doutores titulados no Brasil a partir do ano de 2004, com 51% do total, porcentagem que vem se mantendo. O Brasil é pioneiro entre os países que conseguiram alcançar esse marco histórico da igualdade de gênero no nível mais elevado da formação educacional. Apesar de ainda buscarem formação em áreas específicas tradicionalmente femininas, em 1996, as mulheres eram apenas 43% dos doutores titulados no Brasil. Somente as mulheres italianas alcançam o mesmo destaque, com a mesma porcentagem. Nos Estados Unidos, a fatia é de 47,7% e, na França, 41,7%. As alemãs detêm 39% dos títulos, enquanto na Suíça ficam com 36,9% e, no Japão, 24,9%. “Identificamos uma importante equidade de gênero na formação de mestres e doutores no Brasil, com tendência crescente de feminização desses titulados”, afirma a pesquisadora da Unicamp Rosana Baeninger, consultora do estudo. De acordo com Rosana, outro fenômeno de relevância social refere-se à interiorização da população de mestres e doutores no país. “Apesar da concentração no Sudeste da formação pós-graduada, a mobilidade espacial deste contingente populacional tem se direcionado também para áreas interioranas, indicando possibilidades de diminuição das desigualdades sociais”, diz. O número de doutores tem crescido de forma acelerada no Brasil, em grande parte motivada pela demanda de quadros para atender às necessidades da própria pós-graduação, assim como do crescimento do sistema universitário em geral. O crescimento de mil por cento no número de doutores titulados anualmente entre 1987 e 2008 evidencia esse fato, o que reduz a diferença entre o Brasil e outros países. Os cursos de doutorado das instituições públicas federais continuam representando mais da metade dos cursos existentes. Ainda é o governo federal quem mais investe na formação de doutores no Brasil. Todavia, em um fenômeno relativamente recente, tem crescido o investimento das instituições particulares na formação de doutores. Em 1998, essas instituições detinham 7,8% dos programas de doutorado. Em 2008, esse percentual era de 11,1%. No Brasil, em 2008, foram titulados mais de 10 mil doutores em todos os programas de doutorado, públicos ou privados. O número total de doutores existentes no país no ano de 2008 era de 132 mil. Ainda assim, a proporção de doutores na população total é de apenas 1,4 por 1000 habitantes. Os Estados Unidos, por exemplo, têm 8,4 doutores por 1.000 habitantes e a Alemanha, 15,4. A concessão de bolsas e fomentos à pesquisa também cresceu no período. O CNPq aumentou o investimento de R$ 534 milhões, em 1996, para R$ 1,2 bilhão, em 2008, enquanto a Capes passou de R$ 426 milhões para R$ 865 milhões. A inclusão da população afrodescendente na formação de mestres e doutores permitiu que o número de mestres e doutores afrodescendentes saltasse de 5 mil, em 1998, para mais de 16 mil, em 2007. Os mestres e doutores pardos, que eram 25 mil em 1998, alcançaram um total superior a 70 mil em 2007. Ainda há muito espaço para crescimento. De acordo com estimativas baseadas nas Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílios (PNAD), os brasileiros de cor parda representavam 42,3% da população brasileira no ano de 2007, mas sua proporção na população de portadores de títulos de mestrado ou de doutorado era de apenas 11,8%.
Apesar da grande liderança na formação de doutores na Região Sudeste, entre 1996 e 2008, houve uma perda de 19 pontos percentuais na participação relativa da região em formação de doutores, enquanto que a perda de participação relativa do estado de São Paulo chegou a 22 pontos percentuais. Evidencia-se, ainda, uma tendência de dispersão dos doutores titulados mais recentemente no território nacional, já que os doutores titulados em 1996 estavam trabalhando, no ano de 2008, na Região Sudeste. Porém, dos titulados em 2006, apenas 4% trabalhavam na região no mesmo ano. Mais da metade dos doutores é jovem, com menos de 45 anos de idade. Um pouco mais de um terço dos doutores ocupa a faixa etária que vai de 45 a 54 anos de idade. Embora as mulheres detenham a cada ano 51% dos títulos, a quantidade de homens no mercado de trabalho ainda é superior, com 52,7% contra 47,3% entre as mulheres doutoras. A educação lidera com folga na contratação de doutores, seguida pela administração pública. Em 2008, aproximadamente nove em cada dez doutores estavam empregados em estabelecimentos cuja atividade econômica principal era a educação e a administração pública. Esses se distribuíam na proporção de oito doutores em educação para cada doutor na administração pública. No entanto, de acordo com Eduardo Viotti, a participação do setor industrial na contratação dos doutores cresce ano a ano. “O setor industrial manufatureiro, por exemplo, empregava no Brasil em 1996 menos de 1% do total de doutores titulados. Em 2006, o número superou 2% do total”, afirma Viotti. Na indústria de transformação, por exemplo, o número absoluto de doutores empregados no setor cresceu 495% no período de 1996 a 2006. A renda mensal aferida em dezembro de 2008 entre os doutores titulados de 1996 a 2006 era de R$ 7.900,80. Quanto maior o tempo de titulação, maior o salário. Com dez anos de titulação, a renda passa de R$ 9.000, já os recém-titulados ganham, em média, R$ 6.800. Existe diferença salarial entre as diferentes áreas de conhecimento. Segundo o estudo, o contracheque é maior na área de Ciências Sociais Aplicadas, com média de R$ 10.000 mensais no fim de 2008, enquanto Linguística, Letras e Artes ficam com R$ 6.930. Apesar de os estrangeiros representarem apenas 0,4% dos residentes no Brasil no ano de 2000, neste mesmo ano os estrangeiros eram 5% dos indivíduos que cursaram ao menos um ano de mestrado ou doutorado. O número indica que o nível educacional dos estrangeiros no Brasil é bem superior ao da média dos brasileiros. Cerca de 60% dos 43 mil estrangeiros que entraram no Brasil no ano de 2009 tinha curso superior e ou de mestrado ou doutorado. O estudo do CGEE apresenta análises dos principais resultados encontrados em diferentes pesquisas realizadas no Brasil. “Foi necessária a aquisição de bancos de dados, o cruzamento de informações e a articulação com importantes instituições do país”, afirma Sofia Daher, do CGEE. O estudo é essencialmente um relatório estatístico, que divulga dados em grande parte inéditos. A originalidade dele se desdobra em diferentes aspectos. Primeiro, o conjunto dos estudos que gera e divulga informações nunca antes produzidas sobre a população de mestres e doutores brasileiros. Também é original em seu esforço de utilizar e desenvolver uma metodologia de utilização de registros administrativos e pesquisas. Parte da metodologia utilizada foi testada em um exercício similar realizado pelo CGEE anteriormente, intitulado “Demografia da Base Técnico-Científica I”. Por intermédio desta metodologia, tornou-se possível dispensar a realização de pesquisas de campo, que seriam dispendiosas e envolveriam dificuldades comuns em pesquisas amostrais. É original, ainda, por ter desenvolvido as bases de um núcleo de articulação interinstitucional e de capacitação técnica que poderá gerar novos trabalhos com essas características.
20 de dezembro de 2012
Rica em vitamina A, a beterraba é excelente para aumentar o fluxo sanguíneo no cérebro. A constatação é de um estudo da Universidade Wake Forest, dos EUA. Sendo assim, o vegetal é excelente para evitar a demência dos idosos. Isso acontece porque a beterraba é rica em nitratos. No contato com a boca, são convertidos em nitritos que ajudam a dilatar os vasos sanguíneos, aumentando o fluxo de sangue e oxigênio. Os cientistas analisaram um grupo que após tomar a bebida foi colocado para praticar atividades físicas. O resultado foi excelente e demonstrou uma melhor performance. A redução do esforço de uma caminhada, por exemplo, foi de 12%. Esses pacientes submetidos aos testes recebiam beterraba no café da manhã. Ao ingerirem a raiz, apresentavam um maior fluxo sanguíneo no lobo frontal, área do cérebro associada a degeneração que leva à demência e outros problemas cognitivos. (Carolina Abranches)
Um copo de suco de beterraba pode ter impacto imediato na redução da pressão arterial. É o que mostra estudo do Instituto de Diabetes e Coração Baker, em Melbourne, na Austrália. O líquido pode causar efeito poucas horas depois de bebido. O suco reduz a pressão arterial sistólica (o maior valor verificado durante a aferição de pressão) em uma média de 5 pontos entre grupos de pessoas saudáveis. Segundo os pesquisadores, a queda pode parecer pequena, mas pode equivaler a uma redução de 10% no número de mortes devido a problemas cardíacos. — É possível gerar um efeito em uma dose única — conta o pesquisador Leah Coles, um dos autores do estudo. No estudo, 15 homens e 15 mulheres beberam aproximadamente 500 gramas de suco de beterraba, sendo três quartos da bebida em si e o resto de suco de maçã, e passaram a ser monitorados por 24 horas. O mesmo procedimento foi repetido duas semanas mais tarde, com a ordem invertida. Nos dois gêneros, os resultados mostraram tendência a baixar a pressão arterial sistólica seis horas após terem bebido o suco de beterraba. Quando os pesquisadores limitaram a análise aos homens, porém, encontraram uma redução significativa de aproximadamente 4,7 pontos. Outros estudos já haviam mostrado que a queda pode não ser tão forte em mulheres. De acordo com os autores do trabalho, a alta concentração de nitratos na beterraba é a responsável pelos benefícios. Em um processo biológico, os sais, presentes em fontes alimentares como beterrabas e vegetais de folhas verdes, são convertidos em óxido nítrico dentro do corpo. O elemento, então, relaxa os vasos sanguíneos e depois os dilata, o que ajuda a melhorar o fluxo do sangue e, consequentemente, reduz a pressão arterial. Segundo Coles, o fato pode ser explicado pelo fato de que as mulheres no estudos usavam medicamentos de prescrição, como contraceptivos orais. Estudos anteriores haviam demonstrado que o suco de beterraba pode baixar a pressão arterial em laboratórios. Esta é a primeira vez, porém, que os efeitos em pessoas saudáveis são observados, sem que esta passe por alguma mudança na rotina. (VENHA -VER /RN)
A cor arroxeada é inconfundível e o gosto doce torna fácil identificar a sua presença no prato, por mais misturada que ela esteja aos outros ingredientes da salada. Rica em ferro e vitamina C, a beterraba é altamente nutritiva. Se em países frios como a Rússia o alimento integra a receita de uma sopa típica chamada Borscht, em regiões tropicais é comum encontrá-la à mesa crua ou batida com água e frutas, sob a forma de suco. A versão crua, aliás, é a que melhor preserva os nutrientes da beterraba. Assim como outros legumes, se cozida durante um tempo maior com muita água, o alimento pode perder boa dose de vitaminas e fibras. Além disso, o fato de ser uma comida doce não significa também que ela seja calórica. Afinal, cada cem gramas de beterraba contêm cerca de 40 calorias. “É um item que se devidamente inserido na dieta não atrapalha quem deseja perder peso. Sua grande quantidade de fibras ajuda inclusive a prolongar a saciedade do organismo, levando mais tempo para que a pessoa volte a sentir fome”, explica a nutricionista Fernanda Pinheiro, de São Paulo. Outra vantagem é a presença de uma substância chamada antocianina, que potencializa os efeitos da vitamina C, conhecida principalmente pelo fortalecimento das defesas do organismo. O ferro da beterraba contribui para o desenvolvimento de crianças e jovens, além de ajudar na prevenção e no tratamento da anemia. O sabor doce da beterraba não se manifesta à toa, já que ela é fonte de açúcares. Assim, de acordo com a nutricionista, as pessoas com diabetes precisam ter atenção. “Se a doença estiver controlada, o consumo com moderação não oferece problemas”, diz Fernada. No entanto, a nutricionista destaca ser importante consultar um especialista para verificar as porções mais adequadas. (Custom Editora - Especial para o Terra)
19 de dezembro de 2012
17 de dezembro de 2012
RIO - Como deve ser o sabor de um queijo neolítico? Os cientistas estão a um passo de descobrir a origem da fabricação de queijo. Sabe-se, atualmente, que a produção do alimento é uma arte antiga. Não se conhece, porém, o início exato da cultura. Pesquisadores da do Departamento de Química da Universidade de Bristol, na Inglaterra, foram surpreendidos com a identificação de 34 vasos de cerâmica perfurados na Polônia. Os objetos remontam a 7.500 anos atrás. Para os cientistas, trata-se de uma prova irrefutável da fabricação de queijo no norte da Europa durante o período neolítico. O trabalho foi publicado na revista científica Nature. — Analisamos alguns fragmentos de cerâmica da região de Cujávia, na Polônia, perfurados com furos pequenos que pareciam modernos raladores de queijo — conta Melanie Salque, um dos autores da pesquisa. — O que nos leva a essa conclusão são as características peculiares dos orifícios. Havia dúvidas, porém, sobre a hipótese. Os vasos também poderiam ser protetores contra o fogo, filtros de mel ou até instrumentos para beber cerveja. Resíduos lipídicos presentes nos objetos foram, então, submetidos a análise. Resíduos de leite detectados chamaram a atenção. — A prova foi impressionante — comenta Richard Evershed, outro autor do estudo. — Se você unir o fato de que existem gorduras do leite nos buracos dos vasos com a análise do tamanho dos objetos e com o conhecimento que temos sobre a produção de produtos lácteos... que mais poderia ser? Acredita-se que o período neolítico caracterize o início da fabricação de queijos porque as vacas só passaram a ser domesticadas nesta época. Resíduos de leite, porém, foram encontrados em vasos de cerâmica do Oriente Médio de 8 mil anos atrás. Nada indica, porém, que queijo tenha sido produzido ali. A outra prova se dá em objetos de 5 mil anos atrás.
Cem anos depois que o público britânico foi engambelado pela apresentação do mais famoso fóssil falso de todos os tempos, um grupo de cientistas quer descobrir, de uma vez por todas, os responsáveis pela fraude. O fóssil em questão é o "homem de Piltdown", saudado em 1912 como o elo perdido por excelência -embora não passasse, na verdade, de uma mistura mal-ajambrada de ossos de humanos modernos e orangotangos. Demorou 40 anos para que a fraude de Piltdown ficasse clara, e há uma lista dos principais suspeitos de terem perpetrado a farsa, mas ainda não dá para apontar um culpado com razoável grau de certeza. E é aí que entram Chris Stringer e seus colegas. Stringer, pesquisador do Museu de História Natural de Londres e um dos principais especialistas em evolução humana do mundo, apresentou seu plano de investigação em artigo na última edição da revista científica "Nature". Junto com outros 15 colegas do museu e de várias universidades britânicas, ele está usando uma série de técnicas modernas -análises químicas e de DNA, testes de carbono-14 etc.- para determinar com precisão a idade verdadeira e a origem geográfica dos fósseis forjados. Mais importante ainda, Stringer e companhia querem saber quais métodos foram usados para envelhecer artificialmente os ossos, o que permitiu que muitos cientistas sérios da época engolissem a fraude de Piltdown. Segundo Stringer, justamente a metodologia de falsificação é que pode ajudar a equipe de "detetives" a distinguir entre os principais suspeitos da fraude. O que ocorre é que três escavações, em dois sítios diferentes, foram responsáveis por trazer à tona os restos do homem de Piltdown. Na primeira, a equipe liderada pelo caçador de fósseis amador Charles Dawson e pelo paleontólogo Arthur Smith Woodward achou uma mandíbula e fragmentos de um crânio, junto com ferramentas de pedra. Na segunda escavação, vieram à tona um canino e, o que hoje parece mais ridículo, um pedaço de osso de elefante com um formato que lembrava um taco de críquete. Finalmente, Dawson alegou ter achado mais fósseis num segundo sítio, a alguns quilômetros do primeiro. Para Stringer, se o método de falsificação for igual para os dois sítios, isso provavelmente significa que Dawson era o mentor da fraude, porque só ele chegou a trabalhar em ambas as localidades. Por outro lado, se o canino da segunda escavação apresentar origem diferente ou "tratamento" distinto dos outros fósseis, isso incriminaria o responsável por encontrar esse dente, alguém que se tornaria famoso: o jesuíta francês Pierre Teilhard de Chardin, que depois tentou uma junção entre a doutrina cristã e a teoria da evolução. Também pode ser que o mais absurdo dos "achados" -o tal taco de críquete- tenha sido plantado por alguém que estava tentando deixar claro para o público que era tudo mentira. Para Stringer, desvendar a autoria da fraude ajudará a entender as motivações do farsante e da má conduta científica de maneira geral. Tudo indica que, se Dawson foi o responsável, ele estava simplesmente atrás de reconhecimento e prestígio. Por outro lado, o falsário pode ter sido motivado pelo desejo de mostrar que o Reino Unido era o berço da humanidade. Ironicamente, a fraude atrasou o reconhecimento de um fóssil genuinamente espetacular, o Australopithecus africanus, achado na África do Sul e, por isso, "discriminado".
RIO - São 528 páginas, 90 capítulos e mais de 700 imagens em um livro de arte de 24 por 32 centímetros, com 3,5 quilos. Afinal, como diz o título, trata-se da “História da caricatura brasileira”. Mas basta uma olhada mais atenta para se perceber o subtítulo: “Os precursores e a consolidação da caricatura no Brasil”. Isso mesmo. Apesar do gigantismo, este é apenas o primeiro volume de uma coleção que vai se estender por mais cinco ou seis tomos. A obra, da Gala Edições de Arte, será lançada na segunda-feira, às 19h, na Casa de Cultura Laura Alvim, no Rio, e na terça, às 18h, no Instituto Cervantes, em São Paulo. O autor do trabalho é Lucio Muruci, ou melhor, Luciano Magno, pseudônimo que ele adotou para seu primeiro livro, a exemplo do que faziam muitos caricaturistas, como Fritz (nascido Anísio Oscar Mota), Seth (Alvaro Marins), J. Carlos (José Carlos de Brito e Cunha) e Bambino (Arthur Lucas). Nascido no Rio, o historiador, pesquisador, caricaturista, editor e sociólogo dedicou 25 de seus 40 anos ao tema. De seu esforço, sai um trabalho monumental, bilíngue (português e inglês), que traz revelações e corrige injustiças sobre uma arte que, diz ele, sempre teve papel de relevo. A principal novidade diz respeito à primeira caricatura brasileira. Especialistas citam “A campanhia e o cujo”, datada de 14 de dezembro de 1837, de autoria de Manoel de Araújo Porto-Alegre. Mas Magno mostra que, 15 anos antes, no dia 25 de julho de 1822, saiu publicada no periódico pernambucano “O Maribondo” uma charge que retrata um corcunda — representando os portugueses — pulando acossado por um enxame de marimbondos — os brasileiros. — Esse patriótico desenhista é desconhecido. O tema da charge estava dentro do espírito proclamado no editorial da publicação, de teor nacionalista — diz ele. Mas Araújo Porto-Alegre continua sendo o primeiro caricaturista brasileiro. — Os anteriores eram anônimos. E não estavam retratando fisionomicamente uma determinada personalidade. Ele foi o primeiro porque era completo. Fazia tanto a charge, ou seja, a caricatura política, como a caricatura pessoal, o retrato fisionômico. E teve uma produção maior, mais sistemática, mais regular. Realizou mais de 70 caricaturas e fez a primeira revista especializada, “A Lanterna Mágica”. Foi o primeiro profissional desse ofício no país e o patrono dessa arte no Brasil. Sua primeira caricatura, no “Jornal do Commercio”, é acompanhada de um texto dizendo que “saiu à luz o primeiro número de uma NOVA INVENÇÃO ARTÍSTICA (sic)”. Se a xilogravura de “O Maribondo” é o marco inaugural, esse texto é o marco oficial. Só no primeiro volume são mais de 300 caricaturistas. Muitos, diz Magno, sequer citados em estudos anteriores, como Leopoldo Heck, Assis, Carneiro Vilella, Luiz Távora e Maurício Jobim. Outro destaque é o registro das primeiras aparições do desenho de humor no Brasil, como a obra do curitibano João Pedro, o Mulato, e da produção pioneira pernambucana. Mas o Mulato não pode ser considerado o fundador. — Ele é pré-pioneiro porque não publicou. Suas obras, criadas entre 1807 e 1817, não tiveram circulação impressa, constituindo exemplares únicos. Há relatos ainda de caricaturas relativas à Revolta de 1817 e aos amores de D. Pedro I, mas das quais não restaram quaisquer traços. — Essas produções antecipatórias não deixaram registro gráfico, não foram impressas, enquanto “O Maribondo” foi um jornal que foi editado, teve uma circulação. Em seguida a ele, surgem outros periódicos, como “O Carcundão” e “O Carapuceiro”. Além de mostrar jornais e revistas, ele perfila os artistas, com destaque para Angelo Agostini, italiano naturalizado brasileiro, “figura mais emblemática” da caricatura oitocentista, fundador, em 1876, da “Revista Ilustrada”. “Agostini revolucionou a nossa caricatura, por suas ideias liberais, antiescravistas e republicanas”, escreve. Outro nome de destaque é o português Bordalo Pinheiro, “detentor de um estilo personalíssimo, ainda hoje incrivelmente moderno”. No lançamento, o livro vai estar à venda por um preço promocional de R$ 79. Ele também poderá ser adquirido pelo site que Magno edita, e pelo e-mail lucio.muruci@ig.com.br por R$ 89. E, nas livrarias, custará R$ 120. A ideia é lançar cada novo volume de seis em seis meses. No fim, Magno terá mapeado a produção gráfica brasileira, dos primórdios aos dias atuais. O segundo já está quase pronto. “Guerras, diplomacia e questões nacionais no século XIX” aborda temas como a Guerra do Paraguai, a campanha abolicionista, a Guerra de Canudos, o carnaval e o jogo do bicho. — É uma continuidade do primeiro. O século XIX é muito rico, e foi o período mais difícil de se cobrir, pelas dificuldades de obter material. O terceiro volume, com os textos já finalizados, abrange a Belle Époque brasileira, de 1915 a 1925, e tem como subtítulo “O alvorecer de uma nova geração”. Entram artistas como Raul Pederneiras, K. Lixto, Bambino, J. Carlos e Falstaff. Os volumes seguintes serão “Da Primeira República à Revolução de 1930", “O humor gráfico de 1925 a 1960” e “O humor gráfico contemporâneo — 1960 a 2000”. O trabalho de Magno vai falar da web e da TV. — A obra também vai abordar os artistas que usam a internet como veículo para seu trabalho. E vai mostrar a fase dos cartuns televisivos, como os do plim-plim da Globo. E tenho a ideia de um sétimo volume, especial, sobre fatos e personalidades da cultura brasileira — diz ele, sem entrar em detalhes. Mais que a principal obra sobre a caricatura no Brasil, ele define o trabalho como “a concretização do maior tratado já realizado na caricatura mundial, circunscrito a um único país”. E que fala da caricatura pessoal, da charge e do cartum. — Henfil foi uma referência muito forte. Eu assistia a um quadro dentro do “TV Mulher”, o “TV Homem”. Continuei a acompanhar o tema e descobri Luiz Sá. Ele é o criador gráfico do Bonequinho do GLOBO, numa parceria com Rogério Marinho, que foi o idealizador, em 1938. Sá foi o primeiro multimídia da caricatura brasileira, usou todos os meios de comunicação da época, revista, jornal, rádio, TV e cinema. Tanto Luiz Sá como Henfil exerceram um fascínio muito grande em mim. Em seguida, Magno começou a participar do movimentos dos fanzines. Criou o seu, “Quadrinhos”, e dedicou uma das edições a Sá. Mas percebeu que o caricaturista rendia numerosas outras homenagens. Uma delas foi a primeira retrospectiva dele, em 1993. De Sá partiu para J. Carlos, depois para Seth. Até ter a ideia da obra atual, que tem patrocínio da Petrobras, e copatrocínio da Eletrobras e da Suzano Papel e Celulose. Formado em Ciências Sociais na UFRJ, com mestrado em Arte na UFF e doutorado em História Social da Cultura na PUC, ele realizou dezenas de mostras ao longo do tempo, como “A era J. Carlos: 100 anos”. Foi idealizador do I Festival de Humor Gráfico, conjunto de 11 exposições realizadas em 2002, e vai promover em 2013 e 2014 a I Bienal Internacional da Caricatura. — Glauber Rocha certa vez disse: “O cinema para mim é sagrado.” Pois eu digo: a história da caricatura brasileira para mim é sagrada — conta. Magno explica ainda que o livro dialoga com os três maiores historiadores da caricatura brasileira do século XX, Ruben Gill, Herman Lima e Álvaro Cotrim. E cita os vários fatores que ajudam a entender seu interesse pelo tema: — O nível de excelência de nossas caricaturas, a capacidade que elas têm de retratar o país, a inserção que têm a nível político e cultural, exercendo função crítica. A História do Brasil pós-1822 se confunde com essa arte. Em várias passagens, isso fica mais evidente, como na campanha abolicionista, que contou com o traço de Angelo Agostini e Bordalo Pinheiro, na questão religiosa, que envolveu a participação de grandes caricaturistas nacionais por mais de 20 anos, e na causa republicana, que tinha como adeptos numerosos artistas.
Nunca antes... vivemos tamanho interesse (e certa comoção) no país inteiro diante de tantas aventuras e peripécias da nova classe média em ascensão, quer do ponto de vista econômico, social e até mesmo estético. O jovem novelista João Emanuel Carneiro, em “Avenida Brasil”, soube captar, como ninguém, o deslumbramento das tramas e dramas do núcleo do Divino que sociologicamente representaria os novos 37 milhões de pessoas que hoje formam a classe média brasileira. É uma nova classe em ascensão, real e metafórica, com sua formação e caracteres muito mais heterogêneos. Bastaria afirmar que de seu total, 80% são negros, quase 40% são nordestinos, com representação de 53% das mulheres e 55% dos jovens brasileiros. Seria o 12º país mais populoso do mundo, algo a comemorar e a refletir como será feita a inserção no tecido social brasileiro, sua inclusão na educação e formação técnico- científica. Como isto está sendo realizado? Sob a batuta da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, está sendo elaborado seu diagnóstico sobre as Vozes da Classe Média! É algo que, politicamente falando, será decisivo nas próximas eleições, as de 2014 e as seguintes. Quem chegar mais próximo e lançar seus apelos político-eleitorais irá capitalizar essa grande massa de eleitores. Até aqui o PT e também o PSB estão chegando mais cedo e lançando suas redes sobre esse enorme eleitorado, talvez decisivo! O PSDB do jovem Aécio Neves terá programa para ela? Toca fundo na alma brasileira — com reflexos no exterior — essa escalada que apenas começou e que garante a cada membro da nova classe média estabilidade econômica, democratização mais profunda de nosso sistema político (a classe média é pendular, pode ir para a esquerda ou para direita facilmente) e uma sociedade bem à brasileira, que soma os mitos do Curupira (Norte), do Saci Pererê (Sul) e dos fantásticos e talentosíssimos Macunaíma ou Pedro Malasartes. Talento não nos falta: apenas buscam-se condições de trabalho decente, uma boa educação, com segurança e paz. Bem-vinda a nova classe média (a velha e tradicional classe média anda à míngua...) Mas cuidado. Assim como o filme do genial Elio Petri, “A classe operária vai ao paraíso” (1971, onde o operário Lulu deixa um de seus dedos na máquina, algo a comparar com o Brasil?), a nossa nova classe média está a caminho do paraíso? Todos esses milhões que passaram a se alimentar melhor, a estudar um pouco mais, com acesso a créditos financiados, cartões de crédito, plano de saúde (já que o Estado não assegura a universalidade da saúde pública), com automóvel, bens de consumo e viagem de avião etc. Como vai se autossustentar, ou começará a entender que o custo do novo padrão de vida deverá ser mais alto (nesse Brasil tão caro!) do que as provisões feitas com armadilhas sérias pela frente! A entrada da nova classe média na economia, na política e na sociedade terá impactos significativos, singulares, comportamentos novos e sua avaliação será objeto de muitas especulações, pesquisas, estudos com impactos sobre a cultura brasileira, dando-lhe mais diversidade e democracia?
Nas décadas de 50 a 70, o Brasil deu um salto, com o PIB per capita indo de 12% para 24% do americano. Mas o esforço de crescimento deixou cicatrizes. O endividamento do governo fez sucumbir o modelo, e daí resultou a hiperinflação, planos fracassados, queda do PIB e aumento da desigualdade e pobreza. O modelo do milagre abusou do fechamento da economia e proteção dos produtores domésticos e da intervenção do governo na economia, via estatais e crédito direcionado e subsidiado. Não houve foco nos motores do crescimento, a educação e a produtividade. A partir dos anos 90, a agenda de reformas teve dois momentos. O primeiro foi nos governos Collor e, especialmente, FH. Além da estabilização com o Plano Real e a posterior introdução do tripé macro que vigora até hoje, houve avanços em áreas críticas como sustentabilidade da Previdência Social, institucionalidade da política fiscal, privatizações, regulação do sistema financeiro e corporativo, abertura da economia e ampliação da rede de proteção social. No primeiro governo Lula, houve aprofundamento das reformas no campo financeiro e nos mecanismos diretos de combate à pobreza, além de reforços na disciplina fiscal e monetária, que alavancaram um período de rápido crescimento do crédito e um bom aproveitamento da fase de boom global entre 2003 e o início de 2008. A partir do segundo mandato do presidente Lula, essa agenda foi interrompida. Em áreas cruciais como institucionalidade da política monetária, regulação do mercado de trabalho, legislação tributária e tarifária, avaliação de políticas públicas, política educacional, eficiência do Judiciário e ambiente regulatório para o investimento em infraestrutura, não houve avanços. Em lugar da sua continuidade, desde a crise de 2008, tem-se a segunda fase de reformas, com o uso de instrumentos regulatórios, fiscais e tributários com o objetivo de microgerenciar a atividade econômica. Aqui se incluem a lei do pré-sal, as regras de conteúdo nacional para as compras de estatais, o uso dos bancos públicos e empresas estatais para dirigir o investimento e o consumo, a elevação de tarifas de importação, a mudança na base de tributação da Previdência Social, a redução do IPI de bens duráveis, o subsídio ao consumo de petróleo, a imposição de IOF sobre investimentos estrangeiros em portfólio e a mudança do marco regulatório sobre produção e distribuição de energia.Houve assim uma profunda guinada na agenda de reformas. A proposta da primeira fase, de criar um macroambiente propício ao investimento através de maior eficiência dos serviços e investimentos públicos, da transparência regulatória e do aumento da produtividade dos trabalhadores, foi substituída pela estratégia de criar mecanismos para incentivar a demanda, especialmente o consumo e o emprego. Uma tem como princípio a criação de um ambiente de igualdade de condições para todos os empresários e trabalhadores. A outra tem como princípio a geração de incentivos que diferenciam os empresários e trabalhadores de acordo com o seu setor de atuação. A distinção entre as duas abordagens é capturada pelo professor Luigi Zingales quando se refere a políticas pró-mercado e políticas pró-negócios. As primeiras favorecem a concorrência e a igualdade de tratamento entre grandes e pequenas empresas, em diferentes setores, e produtores nacionais e estrangeiros. As segundas buscam responder aos pleitos dos setores empresariais e trabalhistas na forma de tratamentos diferenciados em áreas como impostos, regulação e crédito. Fazem-se duas críticas ao modelo pró-mercado. A primeira é que o aumento da concorrência produz perdas durante processos de reestruturação como as privatizações e a abertura da economia, e acentua a desigualdade de renda. A segunda é que o mercado não propicia ganhos de escala que alavanquem investimentos e inovações — um argumento caro ao economista austríaco Joseph Schumpeter. O modelo pró-negócios procura reduzir as desigualdades intervindo no funcionamento dos mercados — por exemplo, através do salário mínimo ou protegendo trabalhadores contra demissões. E oferece tratamento preferencial a empresas em setores estratégicos de modo que se tornem empresas grandes e oligopolistas, com altos lucros para financiar investimentos e inovações. Só que o tiro pode sair pela culatra. Ao eleger vencedores, a abordagem pró-negócios também elege os perdedores, que são, evidentemente, os empresários e trabalhadores da grande maioria das empresas, que não foram eleitas para serem as campeãs. Perde-se também em eficiência e produtividade, como bem sabemos do período do fim do Milagre Econômico. Finalmente, a taxa agregada de investimento do Brasil continua em patamares bem inferiores a nossos pares. A resposta da abordagem pró-mercado aos efeitos distributivos não é limitar a concorrência, mas nivelar oportunidades, sendo educação pública a mais importante, e redistribuir renda com políticas de transferências focalizadas. Enfim, é importante reconhecer que houve uma guinada na agenda de reformas. Até porque existe hoje grande ansiedade quanto aos resultados da nova estratégia. Depois do bom desempenho da economia brasileira até 2010, houve uma clara desaceleração da atividade e queda do investimento, em parte cíclica, em parte ligada à rigidez de oferta de nossa economia. Nosso receio é que uma certa volta ao modelo dos anos 70 nos leve outra vez à frustração de nossos planos de desenvolvimento. Alguns sinais indicam que o modelo está se esgotando. Será que está acabando a herança bendita de FH? Com todo o esforço dos últimos 20 anos, ainda estamos em 20% do PIB per capita americano. Temos, portanto, um bom espaço para crescer. Mas sem investir mais e melhor, sem uma educação muito melhor e sem um Estado eficiente, não vamos chegar ao nosso potencial.
15 de dezembro de 2012
Cem anos depois que o público britânico foi engambelado pela apresentação do mais famoso fóssil falso de todos os tempos, um grupo de cientistas quer descobrir, de uma vez por todas, os responsáveis pela fraude. O fóssil em questão é o "homem de Piltdown", saudado em 1912 como o elo perdido por excelência -embora não passasse, na verdade, de uma mistura mal-ajambrada de ossos de humanos modernos e orangotangos. Demorou 40 anos para que a fraude de Piltdown ficasse clara, e há uma lista dos principais suspeitos de terem perpetrado a farsa, mas ainda não dá para apontar um culpado com razoável grau de certeza. E é aí que entram Chris Stringer e seus colegas. Stringer, pesquisador do Museu de História Natural de Londres e um dos principais especialistas em evolução humana do mundo, apresentou seu plano de investigação em artigo na última edição da revista científica "Nature". Junto com outros 15 colegas do museu e de várias universidades britânicas, ele está usando uma série de técnicas modernas -análises químicas e de DNA, testes de carbono-14 etc.- para determinar com precisão a idade verdadeira e a origem geográfica dos fósseis forjados. Mais importante ainda, Stringer e companhia querem saber quais métodos foram usados para envelhecer artificialmente os ossos, o que permitiu que muitos cientistas sérios da época engolissem a fraude de Piltdown. Segundo Stringer, justamente a metodologia de falsificação é que pode ajudar a equipe de "detetives" a distinguir entre os principais suspeitos da fraude. O que ocorre é que três escavações, em dois sítios diferentes, foram responsáveis por trazer à tona os restos do homem de Piltdown. Na primeira, a equipe liderada pelo caçador de fósseis amador Charles Dawson e pelo paleontólogo Arthur Smith Woodward achou uma mandíbula e fragmentos de um crânio, junto com ferramentas de pedra. Na segunda escavação, vieram à tona um canino e, o que hoje parece mais ridículo, um pedaço de osso de elefante com um formato que lembrava um taco de críquete. Finalmente, Dawson alegou ter achado mais fósseis num segundo sítio, a alguns quilômetros do primeiro. Para Stringer, se o método de falsificação for igual para os dois sítios, isso provavelmente significa que Dawson era o mentor da fraude, porque só ele chegou a trabalhar em ambas as localidades. Por outro lado, se o canino da segunda escavação apresentar origem diferente ou "tratamento" distinto dos outros fósseis, isso incriminaria o responsável por encontrar esse dente, alguém que se tornaria famoso: o jesuíta francês Pierre Teilhard de Chardin, que depois tentou uma junção entre a doutrina cristã e a teoria da evolução. Também pode ser que o mais absurdo dos "achados" -o tal taco de críquete- tenha sido plantado por alguém que estava tentando deixar claro para o público que era tudo mentira. Para Stringer, desvendar a autoria da fraude ajudará a entender as motivações do farsante e da má conduta científica de maneira geral. Tudo indica que, se Dawson foi o responsável, ele estava simplesmente atrás de reconhecimento e prestígio. Por outro lado, o falsário pode ter sido motivado pelo desejo de mostrar que o Reino Unido era o berço da humanidade. Ironicamente, a fraude atrasou o reconhecimento de um fóssil genuinamente espetacular, o Australopithecus africanus, achado na África do Sul e, por isso, "discriminado".
RIO - Como deve ser o sabor de um queijo neolítico? Os cientistas estão a um passo de descobrir a origem da fabricação de queijo. Sabe-se, atualmente, que a produção do alimento é uma arte antiga. Não se conhece, porém, o início exato da cultura. Pesquisadores da do Departamento de Química da Universidade de Bristol, na Inglaterra, foram surpreendidos com a identificação de 34 vasos de cerâmica perfurados na Polônia. Os objetos remontam a 7.500 anos atrás. Para os cientistas, trata-se de uma prova irrefutável da fabricação de queijo no norte da Europa durante o período neolítico. O trabalho foi publicado na revista científica Nature. — Analisamos alguns fragmentos de cerâmica da região de Cujávia, na Polônia, perfurados com furos pequenos que pareciam modernos raladores de queijo — conta Melanie Salque, um dos autores da pesquisa. — O que nos leva a essa conclusão são as características peculiares dos orifícios. Havia dúvidas, porém, sobre a hipótese. Os vasos também poderiam ser protetores contra o fogo, filtros de mel ou até instrumentos para beber cerveja. Resíduos lipídicos presentes nos objetos foram, então, submetidos a análise. Resíduos de leite detectados chamaram a atenção. — A prova foi impressionante — comenta Richard Evershed, outro autor do estudo. — Se você unir o fato de que existem gorduras do leite nos buracos dos vasos com a análise do tamanho dos objetos e com o conhecimento que temos sobre a produção de produtos lácteos... que mais poderia ser? Acredita-se que o período neolítico caracterize o início da fabricação de queijos porque as vacas só passaram a ser domesticadas nesta época. Resíduos de leite, porém, foram encontrados em vasos de cerâmica do Oriente Médio de 8 mil anos atrás. Nada indica, porém, que queijo tenha sido produzido ali. A outra prova se dá em objetos de 5 mil anos atrás.
10 de dezembro de 2012
7 de dezembro de 2012
Com impulso próprio, o grande barco percorre os últimos metros e encosta, sem choque, junto à praia. O guia salta em terra e exclama: "Mulheres e crianças primeiro!". Risos alegres saúdam o gracejo. Galantemente, ele oferece o braço às damas e o desembarque efetua-se num animado vozerio. Estão todos ali, os Brown e os Murdock, os Fox e os Poage, os MacCurdy e os Cook. Antes da partida, foram aconselhados a cobrir-se bem, mas vários dos senhores preferiram ficar de shorts.
Eles dão-se palmadas nas pernas e coçam os grossos joelhos rosados que os mosquitos logo perceberam. Mas e daí! Afinal não se vai passar a vida toda nos hotéis climatizados; de vez em quando é preciso viver duramente e conhecer a natureza.
— Tornaremos a partir dentro de duas horas... e cuidado com os escalpos!
É talvez o décimo contingente de turistas que ele conduz à aldeia indígena. Para ele é rotina. Por que renovar seus ditos espirituosos? São sempre acolhidos com benevolência. Mas para essa gente é muito diferente. Eles pagaram uma quantia bastante elevada para ir ver os selvagens. E recebem em troca de seu dinheiro esse sol que não perdoa, os cheiros misturados do rio e da floresta, os insetos, todo esse mundo estranho que estão bravamente dispostos a conquistar.
— Com essa luz? Acho que vou começar por...
A alguma distância, avistam-se os domos das quatro ou cinco grandes casas coletivas. Movimento das câmeras, estalidos dos aparelhos: o cerco começa.
— Eu tinha muita vontade de ver esses negros! Seus ritos são tão curiosos!
—... Não mais de dez dólares - eu disse a ela. No final, ela concordou.
— Eles são muito atrasados. Mas bem mais simpáticos que os nossos, não acha?
— ... depois, quando vi que o mesmo preço incluía uma visita às Bahamas, então eu disse à minha mulher: está decidido, vamos até lá.
O pequeno grupo avança lentamente por um caminho margeado de árvores de urucum. O sr. Brown explica que os índios pintam-se com o suco vermelho dos frutos quando partem em guerra.
— Eu li num livro, não lembro mais sobre qual tribo. Mas isso não tem importância, são todas parecidas.
Tamanha erudição suscita respeito.
— Os Prescott? São uns idiotas, simplesmente. Disseram que estavam cansados.
Na realidade, vou lhes dizer, estavam com medo! Sim, medo dos índios.
O caminho atravessa um grande pomar. O sr. Murdock observa as bananeiras, ele bem que gostaria de pegar uma fruta, mas é um pouco alto, teria que saltar.
Hesitante, ele tira por um instante o chapéu e enxuga seu crânio calvo.
— Você, pelo menos, não corre o menor risco de escalpo!
Ele renuncia à banana. Todos estão de bom humor. Eis que chegam ao final do caminho, entre duas enormes cabanas. Param por um momento, como num limiar. A praça oval está deserta, limpa, inquietante. Parece uma cidade morta.
— É aí que eles fazem suas danças, durante a noite.
No centro, um mastro ornado de losangos pretos e brancos. Um cachorro magérrimo rega sua base, late debilmente e se afasta em passos miúdos e apressados.
— E aposto que ali é o poste de tortura!
O sr. Brown não tem muita certeza, mas é o especialista. Murmúrios, fotos, deliciosos estremecimentos.
— Você acha que os ensinam a falar?
Amarelos e verdes, vermelhos e azuis, os papagaios e as grandes araras fazem a
sesta, empoleirados no alto dos telhados.
— Bem que eles podiam dizer alguma coisa, não custava nada eles aparecerem para nos receber, poxa!
Isso acaba se tornando perturbador, esse peso de silêncio e luz. Felizmente, os
habitantes começam a emergir por minúsculas aberturas, mulheres com seios nus, crianças agarradas a suas saias, homens que olham os estrangeiros das pernas para baixo e lançam preguiçosamente pedaços de ossos aos cachorros. Conversas imprecisas se iniciam, as senhoras querem acariciar a cabeça das crianças, que escapam, um homem jovem com sorriso aberto repete sem parar: "OK! Good morning! OK!". O sr. Poage está encantado.
— E então, meu jovem, tudo bem?
Ele dá um tapinha nas costas do poliglota. Em suma, rompeu-se o gelo, estão entre os selvagens, nem todo mundo pode dizer o mesmo. Claro que não é exatamente o que se esperava, mas ainda assim... Os índios estão ali, arcos e flechas apóiam-se contra as paredes de palma das casas.
Agora se dispersam, cada um para o seu lado. Visivelmente, não há nada a temer e, em relação às fotos e ao resto, é preferível que não fiquem amontoados, que não dêem a impressão de se preparar para a guerra.
Decidido, o sr. Brown, seguido pela esposa, dirige-se ao índio mais próximo. Metodicamente, ele fará a visita completa da aldeia. Duas horas para conhecer a tribo, não é tempo demais. Mãos à obra. O homem está sentado à sombra num banquinho de madeira em forma de animal. De vez em quando, leva à boca um tubo de terracota; fuma seu cachimbo sem deslocar o olhar, que parece nada ver. Não se mexe nem mesmo quando o sr. Brown se planta à sua frente. Sua cabeleira negra cobre livremente os ombros, sem ocultar as orelhas que exibem um grande furo.
No momento de passar à ação, alguma coisa detém o sr. Brown. Que vou dizer a ele? Afinal, não vou chamá-lo de senhor. E, se tratá-lo por tu, pode ficar zangado e criar dificuldades.
— O que você acha? Como se dirigiria a esse... a esse homem?
— Não diga nada, simplesmente! De todo modo, ele certamente não compreenderia.
Ele avança e enuncia, entre injunção e pedido:
— Foto.
Os olhos do índio sobem dos pés até os joelhos do sr. Brown.
— Um peso.
Bom, ao menos ele sabe o que é o dinheiro. Era de se esperar... Enfim, não é caro.
— Sim, mas é preciso retirar essa roupa! Foto, mas não com essa roupa!
O sr. Brown faz o gesto de baixar as calças ao longo das pernas, ensina a desabotoar a camisa. Despe o selvagem, desembaraça-o de suas velhas roupas imundas.
— Eu tirando roupas, cinco pesos.
Santo Deus, não é possível estar interessado a tal ponto. Ele exagera, para uma foto ou duas. A sra. Brown começa a impacientar-se.
— Como é? Vai tirar essa foto?
— Mas veja bem, ele inventa histórias a cada vez.
— Mude de índio.
— Será a mesma coisa com os outros.
O homem prossegue sentado, indiferente, fumando tranqüilamente.
— Tudo bem. Cinco pesos.
O índio desaparece alguns instantes no interior e volta a sair, inteiramente nu, atlético, calmo e livre em seu corpo. Rápidas nostalgias passam pela mente do sr. Brown e, em torno do sexo, a sra. Brown deixa vagar um olhar.
— Você acha realmente que...
— Ah! Não me complique as coisas! Esse está bom.
Clique, clique... Cinco fotos, sob ângulos diferentes. Pronto para a sexta.
— Acabou.
Sem elevar a voz, o homem deu uma ordem. O sr. Brown não ousa desobedecer.
Ele se despreza, se detesta... Eu, homem branco civilizado, convencido da igualdade das raças, cheio de sentimentos fraternos em relação aos que não têm a sorte de ser brancos, cedo à primeira palavra de um miserável que vive nu, quando não está vestido de andrajos fedorentos. Ele exige cinco pesos, e eu poderia dar-lhe cinco mil.
Não possui nada, vale menos que nada e, quando diz "acabou", eu paro. Por quê?
— Por que diabos ele age assim? Que pode significar para ele uma foto ou duas a mais?
— Você escolheu uma vedete que se faz pagar caro.
O sr. Brown não está em condições de apreciar o humor.
— Afinal! O que ele vai fazer com o dinheiro? Essa gente vive de nada, como animais!
— Talvez ele queira comprar uma máquina fotográfica.
O índio examina longamente a velha nota de cinco pesos, depois vai guardá-la na casa. Senta-se e retoma seu cachimbo. É realmente irritante, ele não nos dá a menor atenção, estamos aqui e é como se não estivéssemos... Ódio: eis o que começa a sentir o sr. Brown diante desse bloco de inércia. Mas e toda essa viagem, as despesas extras? Impossível manter uma atitude digna e não humilhar esse selvagem mandando-o aos infernos! O sr. Brown não quer ter vindo por nada.
— E as plumas? Não tem plumas?
Ele faz com grandes gestos o índio enfeitado, com ornamentos na cabeça, munido de longas asas.
— Você tirando foto minha com plumas, quinze pesos.
A oferta não é discutida. Leve sorriso de aprovação da sra. Brown. Seu marido escolhe o martírio.
— OK, quinze pesos.
Uma nota de cinco, uma nota de dez, submetidas ao mesmo paciente exame. O homem volta a entrar em sua casa. E é um semi-deus que surge do antro obscuro.
Sobre a cabeleira, agora presa num rabo de cavalo, está fixado um grande cocar, um sol rosado e preto. Nos furos obscenos das orelhas, dois discos de madeira. Nos tornozelos, feixes de plumas brancas; o vasto torso é dividido por dois colares de pequenas conchas passados a tiracolo. A mão está apoiada num tacape pesado.
— Apesar de tudo, valeu a pena. Que beleza!
A sra. Brown não esconde sua admiração. Clique, clique... O semideus só intervém depois da décima foto, quando o sr. Brown, modesto e paternal, posa ao lado do pele-vermelha.
E tudo recomeçou quando ele quis comprar pequenas estatuetas de argila cozida, enfeites, flechas, um arco. Uma vez indicado o preço, o homem não dizia mais palavra. Era preciso passar por isso. As armas propostas são ricamente trabalhadas, ornadas com penas brancas de pássaros. Muito diferentes do grande arco, do punhado de longas flechas que repousam contra a cabana, sóbrios, desprovidos de ornamento, sérios.
— Quanto?
— Cem pesos.
— E aquelas?
Pela primeira vez, o índio exprime um sentimento, uma leve surpresa perturba provisoriamente o semblante gelado.
— Aquilo? Meu arco. Para animais.
Com o beiço, ele mostra a massa da floresta e faz o gesto de disparar uma flecha.
— Eu não vender.
Essa parada vai ser minha. Veremos quem é o mais forte, se ele é capaz de agüentar.
— Mas eu quero aquele, com as flechas.
— Afinal, que está querendo? As outras são muito mais bonitas.
O homem olha alternadamente para suas próprias armas e para as que ele fabricou, com cuidado, para eventuais compradores. Pega uma flecha e aprecia sua retidão, passa o dedo na ponta de osso.
— Mil pesos.
O sr. Brown não contava de modo algum com essa.
— Quê? Está louco? É muito caro!
— Aquele, meu arco. Eu matar animais.
— Você está sendo ridículo. Pague. Azar o seu!
O marido estende uma nota de mil. Mas o outro recusa, quer dez notas de cem.
Foi preciso pedir ao sr. Poage para trocar a nota graúda. O sr. Brown, arrasado, afasta-se com o arco e as flechas de caça na mão. Tira as fotos que lhe restam às escondidas, como um ladrão, aproveitando que as pessoas não olham pra ele.
— Que bando de ladrões, essa gente! Completamente corrompidos pelo dinheiro!
O sr. MacCurdy resume aproximadamente o sentimento geral dos turistas que retornam ao barco.
— Duzentos pesos! Imaginem, para filmar três minutos essas garotas enquanto dançavam nuas! Tenho certeza que elas se deitam com qualquer um por vinte!
— Eu, pelo contrário! É a primeira vez que vejo meu marido deixar-se tapear. E logo por quem!
— ... E não há como negociar. São realmente uns brutos. Uns fingidos. É fácil viver assim.
— Os Prescott? Bem que eles tinham razão!
3 de dezembro de 2012
Antes da digressão, é necessário definir dois termos: DISCÍPULO (1) Indivíduo que recebe ensinamentos ou segue as ideias de um mestre; (2) Aquele que aprende, que estuda; (3) Segundo os Evangelhos, cada um dos seguidores próximos de Jesus, a quem transmitiu seus ensinamentos; (4) Seguidor e continuador do trabalho de alguém; (5) Seguidor de um ideal, de uma filosofia, de uma virtude: discípulos da fé; e SEGUIDOR (1) Que segue, continuador – (2) Que segue uma ideia, uma organização, um partido; (3) Que segue alguém ... Diante disso, a reflexão que gostaria de apresentar é de que seguir alguém custa caro. Como diz o pastor Giovanini, da Igreja Cristã Nova Vida de Campo Grande (rua Mora): “a graça é de graça, mas custa caro”. Seguir alguém é abandonar as coisas que os outros dizem. Ser seguidor é ser discípulo e não admirador. Ninguém é obrigado a ser um discípulo. Só o é quem assim o desejar. Mas ao aceitar está implícita a submissão, a renúncia e o sacrifício: características de um verdadeiro discípulo. Portanto, ser alguém que vem após ELE, o MESTRE, é negar-se para seguir os ensinamentos, continuar uma obra.
29 de novembro de 2012
- 22,4% da população brasileira pode ser considerada vulnerável. Vulnerável é aquele que não tem acesso adequado à educação, seguridade social (contribuinte da previdência com direito a aposentadoria e pensão), domicilio decente (casa de alvenaria ou madeira aparelhada), serviços básicos (saneamento adequado, água encanada, lixo coletado e luz elétrica) e renda mínima (R$ 327,00 mensais per capita).
- 32,9% dos jovens brasileiros entre 18 a 24 anos de idade não frequentam a escola e não completaram o Ensino Médio. Este índice, quando visto por sexo é de 26,6% no feminino e 37,9% no masculino. Na Suíça, por exemplo, estes índices são de 5,7% para as mulheres e 6,8% para os homens.
- A escolaridade média de brasileiros acima de 25 anos de idade é de 7,4 anos.
Você precisa saber ...
Será inaugurada em junho, no Centro Cultural Municipal Doutor Antônio Nicolau Jorge (pelo Núcleo de Orientação e Pesquisa Histórica, em parceria com a Casa da Moeda do Brasil) a exposição permanente "Rastros de história e de momória: Santa Cruz feita com as mãos", da artesã Janaína Botelho ... a moça é uma verdadeira artística plástica e que foi capaz de reproduzir a história de Santa Cruz através de maquetes ... é uma senhora exposição ... aguardo ansioso ...
Esta sendo lançada no Rio de Janeiro a Revista de Cultura Contemporânea Paulistana "Amarello" ... vale a pena conferir ... é um espaço para talentos, não necessariamente novos, que não tinham onde divulgar seus trabalhos, conforme disse Tomás Biagi Carvalho ...
Tem sido notícia, principalmente nos cadernos de emprego, a necessidade de trabalhadores com fluência na língua inglesa ... hoje, exige-se isso ... é o mundo da concorrência além dos conteúdos formais da área de atuação ... até quando continuaremos a brincar de ter aulas de língua estrangeira (inglês, francês, espanhol) nas escolas ... hoje não basta ter concluído seus estudos, é necessário ter o domínio da língua estrangeira, principalmente a inglesa ... OS JOVENS PRECISAM TOMAR CONTA DISSO, OS PAIS PRECISAM SABER DISSO E COBRAR DAS ESCOLAS ... CHEGA DE CURSOS DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS ... PRECISAMOS DE ESCOLAS CUMPRINDO SEU PAPEL ...
Mais uma do Ministério da Educação: os livros didáticos aprovados por ele agora fazem doutrinação política, ao criticar governos anteriores ao do presidente Luis Inácio Lula da Silva e elogiar este ... não quero entrar nos detalhes, mas vale a pena uma análise específica por parte dos profissionais ...
Agora é oficial, somos, no Brasil, 190.755.799 habitantes ... dos quais 60,7% teem renda de até 1 salário mínimo e 5,1% teem renda acima de 5 salários mínimos ...
O Instituto Brennand, no Recife, através do empresário Ricardo Brennad, está preparando a abertura daquela que será a maior e melhor biblioteca sobre o período holandês no Brasil ... com cerca de 20.000 livros e periódicos, além de 1.500 partituras e inúmero manuscritos, totalizando mais de 60.000 ítens ... isso tudo estará aberto ao público pesquisador até o segundo semestre ... vamos aguardar ...
"Além de transmitir conhecimentos, os professores devem ajudar os estudantes a descobrir seus talentos." ... "Na Finlândia, a seleção dos profissionais não se baseia apenas na sua competência cognitiva, mas dá igual importância a seu potencial de liderança, seus valores éticos, sua disposição para ensinar, sua habilidade de comunicar e de se relacionar bem." ... são afirmações de Lee Sing Kong, Diretor do Instituto Nacional de Educação, em entrevista publicada nesta segunda-feira, 18 de abril de 2011 ...
O investimento em Educação no Brasil continua uma vergonha ... embora com um investimento de 4,3% do produto interno bruto, ao nível de Espanha e Coréia do Sul, a distribuição é vergonhosa ... enquanto o ensino básico (fundamental e médio) tem investimento de aproximadamente 15% do PIB percapita, o superior (universitário) tem investimento de aproximadamente 92,6% do mesmo PIB percapita ... vergonha ... vergonha ... talvez por isso somos o número 54 em Matemática, o número 52 em Ciências e o número 49 em Leitura, se comparados alunos dos 57 países mais ricos do mundo ...
Acaba de ser fechado mais um negócio na área da educação, o Grupo Abril Educação comprou, no Rio de Janeiro, o Colégio e Curso pH, com suas 9 unidades e 6.600 alunos ...
Com o apoio do Governo Federal e da Presidente da República, Dilma Rousseff, esta prestes a ser aprovada a Lei Federal que determina o fim do sigilo eterno de documentação considerada ultrassecreta. Com isso, o acesso público à documentação que o Estado considera inacessível esta próximo. É possível que no próximo dia 3 de maio, no Dia da Mundial da Liberdade da Imprensa a Lei seja assinada. O limite máximo passaria a ser de 25 anos para os documentos considerados ultrassecretos, 15 anos para os documentos considerados secretos e 5 anos para os demais documentos.
Esta sendo comemorado, agora em abril, o maior parque indígena do Brasil: o Xingu. Nos 2,8 milhões de hectares, praticamente intactos, vivem cerca de 6.000 nativos, pertencentes a 16 etnias. Isso tudo, graças aos Irmãos Vilas Boas (Orlando, Cláudio e Leonardo). Parabéns ao Estado brasileiro.
Passado o tempo, esperei ver a manifestação acerca da morte de José Alencar, vice-presidente da república por 8 anos. Infelizmente, apenas o jornalismo, que fazia seu papel de informar, noticiou. Não vi escolas e universidades manifestarem-se. a grande maioria nem mesmo fez referencia a isso com seus alunos. Uma delas, através de carta aberta a sua comunidade o fez e merece ser ressaltada. Trata-se do Colégio Dimitre Marques, em Campo Grande, no Rio de Janeiro. Sou forçado a admitir que nem tudo, na escola, esta perdido. Parabéns professor Dimitri.
Em pesquisa recente o CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola) entrevistou e analisou 22.960 estagiários e descobriu que 75% deles estão cursando o Ensino Superior e que apenas 16% estão cursando o Ensino Médio ... 59% são mulheres ... 48% teem até 20 anos de idade ... 56% estudam inglês ... e 74% moram com os pais ... no que diz respeito à renda familiar 60% das familias teem rendimento de até R$ 1.250,00 mensais ...
A Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro acumula, desde 1896, 540.000 registros de direito autoral e 934.387 registros no ISBN (International Standard Book Number) ... dos registros de direito autoral apenas 5,08% são na área de Didática e Pedagogia ...
O canal The Histoty Channel apresenta, em quatro episódios, a civilização que construiu Machu Picchu, no programa intitulado Exploração Inca e apresentado pelo "explorador" Felipe Varela, a partir de terça-feira, dia 22 de março ... para os que gostam das culturas americanas pré-européias é uma boa oportunidade ...
O Instituto dos Pretos Velhos, localizado na Rua Pedro Ernesto, 32-34, na Gamboa, Zona Portuária do Rio de Janeiro, acaba de apresentar sua programação para o ano de 2011, em seu projeto Oficinas de História no Ponto de Cultura IPN ... as inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo endereço pontodecultura@pretosnovos.com.br, enviando nome, endereço, telefones, e-mail, profissão, se estudante, sua instituição e as oficinas de interesse ... destacamos Revolta da Chibata; Ms. Claudio Honorato; Datas: 15.10.2011 (10 horas); 22.10.2011 (10 horas) e 27.10.2011 (14 horas) e Revolta da Vacina; Ms. Claudio Honorato; Data: 15.09.2011 (14 horas) ...
O Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro (IHGRJ), localizado na Avenida Augusto Severo, 8 - 12ª andar – Glória – Rio de Janeiro ... apresentou sua programação de palestras e conferencias para o ano de 2011 ... devemos ficar atentos a elas ... são todas com entrada franca ... destacamos: A escultura religiosa fluminense nas Visitas Pastorais de monsenhor Pizarro; Dra. Nancy Rabelo (CEFET); dia 9 de JUNHO, às 15h - Imagens e paisagens: o Rio de Janeiro e arte do comércio imperial; Dra. Rogéria de Ipanema (IHGRJ); dia 13 de outubro, às 15h - A história que as ruas contam: o historiador em Macedo; Dra. Mary Del Priore; dia 13 de outubro, às 17h - Economia do açúcar no Brasil; Dr. Fernando Tasso Fragoso Pires; dia 10 de novembro, às 17h - A Literatura e a Inquisição; Dra. Neusa Fernandes (Vice-presidente do IHGRJ); dia 8 de dezembro, às 16h ...
Conferencia “O Marquês de Pombal e o significado político do Pombalismo”, de José Vicente Serrão, no Auditório do PPGH (UFF-Niterói), dia 21 de março, às 18 horas ...
Notícias que ninguém lê ... XX ... considerando que apenas 10% dos alunos matriculados em cursos de formação de professores no Estado do Rio de Janeiro concluem seus cursos no período de quatro anos, o governo estadual estudo a possibilidade de criar uma bolsa-licenciatura para atender alunos das Universidade do estado ... além das Universidade públicas, outras 12 serão contempladas com tal oportunidades de vaga ... os números são assustadores: a UENF formou em 2009 apenas 4 alunos em Física; a UFRJ formou em 2009 apenas 11 em Matemática; a UERJ formou em 2008 4 em Química ... entre os cursos com maior evasão está o de Geografia ...
Notícias que ninguém lê ... XIX ... AINDA BEM QUE “NUNCA ANTES NESSE PAÍS” ... na mesma página de o globo desta sexta-feira, 12 de novembro de 2010, o apelo para aumento de salário aos ministros e seus assessores e de subsídios a deputados, senadores, ministros e presidente, ao lado da negação de um salário mínimo do trabalhador de R$ 600,00 ...
Notícias que ninguém lê ... XVIII ... NÃO SABIA O MOTIVO DE SER INFELIZ ... EU SOU INFELIZ ... VIVA ... é o que diz a justificativa encontrada pelos psicólogos Mathew Killings (mkilling@fas.harvard.edu) e Daniel Gilbert, da Universidade de Harvard ... motivo é o fato de gastarmos 46,9% do tempo pensando em coisas que não estão acontecendo, deixando de prestar atenção nas coisas que estamos fazendo e vivendo ... essa divagação nos leva a tristeza ... o estudo está disponível na revista Science (http://www.sciencemag.org/cgi/content/abstract/sci;330/6006/932?maxtoshow=&hits=10&RESULTFORMAT=&fulltext=mathew+a.+killings&searchid=1&FIRSTINDEX=0&sortspec=date&resourcetype=HWCIT) ...
Na versão de notícias que ninguém lê NOTÍCIAS PARA SE LER ... indicamos a entrevista do historiador Marco Antonio Villa, no jornal O Globo, de 31 de outubro ... este é o papel do historiador ...
Notícias que ninguém lê ... XVII ... Hoje é quarta-feira, 03. de novembro ... a eleição em segundo para presidente do Brasil, foi no domingo ... três dias atrás ... e vejam as noticias: “Aliado já cobra cargos no governo e líder na Câmara diz que não cederá um milímetro” ... “Disputa pelo comando pode gerar atritos entre PMDB e PT” ... “Henrique Alves: queremos ter o tamanho que hoje temos” ...Mas além disso, devemos lembrar-nos que as disputas oficiais ainda não iniciaram ... não nos ministérios, mas no segundo e terceiro escalão do governo, onde as transações ocorrem de fato ...
Notícias que ninguém lê ... XVI ... Tombado de forma provisória desde
Notícias que ninguém lê ... XV ... De superstição exacerbada, o brasileira busca, de forma desmedida e irracional, alcançar seus desejos ... é o raciocínio sincrético de nosso povo, que mesmo diante de uma fonte islâmica, em uma exposição que mistura características culturais de vários povos, joga moedas buscando alcançar seus desejos, oriundos de uma cultura eurocêntrica ocidental ... é o que se pode assistir diante do chafariz sírio que abre a exposição “Islã”, no CCBB ...
Notícias que ninguém lê ... XIV ... Ainda sobre a economia do “nunca antes neste País”, o IBGE acabou de informar que das 464.700 empresas abertas no Brasil em 2008, 29,4% não suportaram ao seu primeiro ano de vida ... além disso, sobre o estudo vale ressaltar que das mais de 4,1 milhões de empresas brasileiras em 2008, que apenas 9% delas tinham mais de 10 empregados; que 64,3% ficaram estagnadas ou diminuíram seus quadros de funcionários ...
Notícias que ninguém lê ... XIII ... E os índices inflacionários continuam subindo ... em outubro, o IPC subiu 0,56%; o IGPM subiu 1,01%; o IPA agrícola subiu 4,70%; o IPA industrial subiu 0,19%; o INCC subiu 0,15II% ...
Notícias que ninguém lê ... XII ... Passada a eleição, espero, de forma ansiosa, pelos debates, discussões, entrevistas e artigos dos “nobres” cientistas sociais brasileiros acerca do processo eleitoral que acabou de findar ...
Notícias que ninguém lê ... XI ... Enquanto nosso Conselho Nacional de Educação faz recomendações conservadoras e positivistas e os caminhos da Educação brasileira são honrados com poucos investimentos, lemos sobre a excelência da Educação alemã, que faz com que seus jovens, devido ao alto nível de seu Ensino Médio, não deixem de buscar o Ensino Superior, pois aquele já permitiu-lhe formação suficiente para que sua colocação no mercado de trabalho possa estar garantida ...
Notícias que ninguém lê ... X ...Viva a educação brasileira ... um dos poucos autores infantis (Monteiro Lobato) e uma das raras obras (Caçadas de Pedrinho) capazes de inserir a fantasia infantil ao mundo da Educação Básica, acaba de ser recomendada como racista e desaconselhada seu uso ... Viva o conservadorismo positivista do Conselho Nacional de Educação ...
Notícias que ninguém lê ... IX ... Ao contrário do que “todos” dizem, a economia não vai bem ... a dívida não esta paga como dizem estar ... vejamos: para atuar contra a valorização do real, que dizem ser motivo de elevação dos índices de inflação, o Tesouro Nacional elevou a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 2% para 6% ... nesta mesma proporção, elevou elevou as taxas de juros dos papéis da dívida de longo prazo de 11,58%, no dia 18 de outubro, para 12,07% no dia 22 de outubro ... diante disso, segundo o próprio Tesouro Nacional, 60,9% dos títulos prefixados da dívida com vencimento em 2017 estava nas mãos de investidores estrangeiros ... da mesma forma que 49,3% da com vencimento em 2021 ... minha pergunta é: Quem parará por tal dívida? ... POR PURA INDIGNAÇÃO ...
Notícias que ninguem lê ... VIII ... 336 é o número de projetos aprovados pela Câmara Federal e pelo Senado, em Brasília, nos últimos 4 anos. Deste número 151 são Medidas Provisórias oriundas da Presidência da República, sempre priorizadas pela Presidência das casas, uma vez que se não votadas em 45 dias, entram em vigor sem discussão ... neste número não estão incluídas a matérias de ordem administrativa do congresso, bem como os acordos e as mensagens do Executivo ... E saber que a algum tempo, e não faz tanto tempo assim, uma das bandeiras deste governo era o debate contra as medidas provisórias ... POR PURA INDIGNAÇÃO ...
Noticias que ninguém lê ... VII ... Após cobrar maior presença de petistas e aliados nas ruas, o Presidente da República resolveu animar a militância programando uma intensa agenda com a Candidata Dilma Rousseff para os próximos dias ... e o cargo de Presidente da República está vago? ... POR PURA INDIGNAÇÃO ...
EU VOTEI: SEGUNDO TURNO, Presidente - 45 (psdb) JOSÉ SERRA, PRIMEIRO TURNO, Presidente – 43 (pv) - MARINA SILVA, Senador – 233 (pps) MARCELO CERQUEIRA, Senador – 500 (psol) MILTON TEMER, Dep. Fed. – 5050 (psol) CHICO ALENCAR, Governador – 43 (pv) FERNANDO GABEIRA, Dep. Est. – 23000 (pps) PAULO PINHEIRO
Recados & broncas do dia-a-dia !!!
sexta-feira, 25.03.2011, 12:15 ... Não tenho dúvida, como a grande maioria da população brasileira, que a "ficha limpa" é necessária e urgente, mas não podemos, por conta disso, atropelar o direito ... ela, a "ficha limpa", não pode ser aplicada para casos anteriores à sua aprovação ... o ministro Luiz Fux agiu corretamente ... a tempo, gostaria de lembrar que, se estamos reivindicando a "ficha limpa" é por culpa nossa ... estamos votando e elegendo parlamentares que não deveriam ser votados e eleitos ... culpar o ministro Luiz Fux é passar nossa culpa para quem tem a responsabilidade de julgar o mérito e não a culpabilidade ...
quarta-feira, 03.11.2010, 11:30 ... Somos 135,8 milhões de eleitores, aptos a votar no processo de 2010 ... destes 55.752.529 votam na candidata Dilma ... 43.711.388 votaram no candidato Serra ... recusaram-se a votar em qualquer um dos dois ou abstiveram-se 36.342.025 (2.452.597 votaram em branco ... 4.689.428 votaram nulo ... 29,2 milhões abstiveram-se de votar) ... nossa observação esta no fato de que os percentuais divulgados (candidata Dilma 55,05% - candidato Serra 43,95%) são enganosos, pois utilizando-se do argumento “válido”, escondem, daqueles que pouco sabem ou pouco devem saber, os verdadeiros percentuais ...
prometi voltar aos números de eleitores no Brasil ... eis-me novamente neles ...de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral - TSE, somos 135,8 milhões de eleitores, aptos a votar no processo de 2010 ... dos quais declararam ter ingressado no ensino superior, embora sem concluí-lo, 3.752.948, tendo-o concluído 5.197.950 ... no total são 8.950.898 brasileiros aptos a votar, que teriam, mesmo que temporariamente, ingressado na universidade ... admitindo que todo aquele que alcança tal grau de ensino tem titulo eleitoral, independentemente de usar ou não o direito de voto, acabamos sabendo que dos mais de 190 milhões de brasileiros, 4,74 % da população alcançou o nível superior ... olhando para os números de concluintes, temos um número menor, 2,73 % da população brasileira, alcançando o nível superior da educação ... parece absurdo ... ou não ? ... como podemos almejar ser um país desenvolvido com estes índices ? ... como podemos sair de uma matriz energética voltada para o consumo de combustível fóssil para uma voltada para a sustentabilidade ambiental e humana ? ... como podemos discutir um perfil político diferente do que nos tem sido apresentado ? ... como desejar a “desobrigatoriedade” do voto se não temos consciência de sua importância e validade ? ... com que argumentos e capacitação discutimos a liberação das drogas ? ... como pretendemos “resolver” o problema da educação se não temos pessoal com formação mínima para atuar em tal nível ? ... continuo assustado com estes números ... voltarei a eles em breve, novamente ...
nsino Médio, o nó da educação no Rio: entre 2006 e 2009, estado teve a maior queda do pais no número de alunos matriculados na rede estadual)
DE LAS ASOCIACIONES GITANAS - A NUESTROS AMIGOS - A LOS CIUDADANOS Y CIUDADANAS DEMOCRATAS - VAMOS A MANIFESTARNOS EL DIA 4 DE SEPTIEMBRE EN TODAS LAS CIUDADES DE ESPAÑA - A Las 14 horas del sábado día 4 de septiembre, en la Plaza de la República en París, se celebrará una gran manifestación contra la política de deportaciones de nuestros hermanos los gitanos centroeuropeos. Treinta grandes organizaciones políticas y sociales francesas han firmado el llamamiento. París será un clamor contra el racismo y a favor de los Derechos Humanos universales. A la misma hora se han convocado manifestaciones en BELGRADO, VIENA y en ROMA. Y sabemos que muchas otras ciudades europeas se irán sumando a este llamamiento. Las concentraciones se harán ante la sede de la Unión Europea en aquellas ciudades donde haya representación diplomática. Y donde estas oficinas no existan, ante los Ayuntamientos. Las concentraciones deberían ser absolutamente pacíficas, unitarias de “gadches” y gitanos y un solo grito debería unirnos a esa misma hora con los manifestantes de PARIS, de BELGRADO, de VIENA y de ROMA: ¡¡¡ NO AL RACISMO !!! (Roma Virtual Network - romale@zahav.net.il; Mundo_Gitano@yahoogroups.com; Unión Romaní - u-romani@pangea.org )
Não quero, ainda, expressar juízo de valor, mas alguns fatos, nos últimos dias, teem chamado minha atenção. Espero que a de muitos outros também. Trata-se, primeiro da partida de futebol entre Barcelona e Milan, em Madri ... ali, o “inimigo” foi homenageado, cultuado, elogiado, reverenciado ... chegou a receber, como agradecimento por sua arte, a taça de campeão, que caberia ao clube catalão ... tratava-se de Ronaldinho Gaúcho ... o mesmo que, apesar do futebol extraordinário, cultuado, elogiado e reverenciado, não estava a altura de servir a camisa da seleção brasileira de futebol, comandada pela Confederação Brasileira de Futebol (através de seu presidente e de seu técnico) ... lição que deveríamos aprender. Isso é civilidade, essa é a forma de admirar um ídolo. Mas um segundo fato seguiu-se a esse ... é a forma como tratamos outro ídolo, daqueles que admiram a arte do futebol ... e a reverenciam ... agora trata-se de Ronaldinho Fenômeno ... ninguém, nem mesmo outros ídolos, podem falar mal de sua arte e contribuição, mas muitos falam ... e falam muito mal ... talvez por inveja ... depois de algumas cirurgias, que em outros atletas, apenas uma seria suficiente para encerrar a carreira, este continua a trabalhar, a encantar ... e não é por questão financeira, pois já tem o suficiente, até mesmo para outras vidas ... fala-se de seu peso ... ele, fenômeno, pode, pois já alcançou o teto ... os outros, que ainda sequer saíram do chão, não podem ... O terceiro fato desta minha fala é a declaração de outro fenômeno, que também deveria ter vestido a camisa da seleção brasileira de futebol na ultima copa do mundo ... trata-se de Roberto Carlos ... que declarou que Ronaldo Fenômeno precisa de carinho, atenção, colo ... todos precisam, porque ele não ... concordo com Roberto Carlos ... Por fim, depois da participação em 300 grandes prêmios de formula 1, com honra, dignidade e competência, Rubens Barrichello continua a ser chamada de “pé de chinelo” ... ignorância, ciúme , inveja ... não ser campeão não significa que não venceu ... que não representou ... que não merece homenagens e reverencia ... é isso, não poderia deixar, tudo isso, passar em branco ... Onde está a reverencia, homenagens, culto, elogios a estes que representam muito bem esta “Pátria” ... é chegada a hora de receberem, como agradecimento, a taça de campeão ...
“Acredito que ser justo é tratar pessoas diferentes de formas diferentes. Tratar todo mundo igual é injusto. Aquelas pessoas que são apaixonadas, se dedicam mais à empresa, são mais resultados – essas merecem mais oportunidades que as outras, mais atenção, mais treinamento. E elas têm de ganhar mais dinheiro também. Já que é impossível agradar a todos, vou agradar àqueles com maior talento. Sinto muito pelos menos talentosos, mas ...” (Entrevista de Carlos Brito, presidente da AB Inbev, a Lauro Jardim, na Revista Veja, edição 2.179, ano 43, número 34, de 25 de agosto de 2010)
Para os que nos acompanham: pessoalmente, e são poucos; nas salas de aula que freqüentamos, que não são muitos; e em neste blog, que são raros; espero que tenham sentido falta de novas publicações ... não as tenho feito por vários motivos, falta de tempo, cansaço, preocupações com minha filha, Rebeca, que acabou de nascer (tem 40 dias) .. mas digo-lhes, que o motivo principal, infelizmente, é o desalento, o desanimo, o pessimismo ... faz tempo que penso e verbalizo, mesmo desagradando a muitos, que, depois da vida, dada por DEUS, a única coisa que pode fazer sentido é a educação ... com ela terei condições de alcançar tudo o mais ... mas essa é a única coisa que me (nos) é tirada constantemente ... o jornalista Carlos Alberto Sardenberg, no O Globo de 19 de agosto de 2010, faz uma análise merecedora de menção ... fala-nos de tudo o que tem sido acrescido ao currículo dos alunos dos Ensinos Fundamental e Médio, por meio de leis, e da falta de tempo e de pessoal capacitado para que tudo isso possa ser ministrado ... conseqüência: menos português, matemática, ciências sociais, ciências físicas e biológicas ... mas Sardenberg faz uma proposta, que temos tentado colocar em prática a muito tempo em todos os locais pelos quais passamos: “Não há melhor maneira de conhecer a cultura indígena do que visitar aldeias, ... Artes Plásticas ? No museus e oficinas. Música ? Que tal orquestras e bandas ... Meio Ambiente ? Visitas às florestas e parques. Consciência de trânsito ? Acompanhamento dos funcionários pelas cidades.” ... continuo na luta ... não basta dizer, primeiro quero fazer ... meu dizer tem sido: o discurso é conseqüência de minha prática ... nunca deveria ser um discurso como proposta daquilo que proponho fazer ... que DEUS nos abençoe ... a todos ...
segunda-feira, 12.04.2010 ... Vale a nota de que o curso de língua alemã Baukurs, de Thea Schünemann de Miranda, está abrindo, na Rua Goethe, em Botafogo, um Centro Cultural, o “Baukurs Cultural”, que abrigará vernissages, exposições, lançamentos de livros, palestras, exibições de filmes, cursos, oficinas, biblioteca, etc ... vale conferir ... http://www.baukurscultural.com.br/
domingo, 11.04.2010 ... Enquanto programas de candidatos, para as eleições de 2010, e propaganda de Partidos Políticos divulgam que o “funk” agora é uma expressão cultural, no Estado do Rio de Janeiro, o jornal “O Globo”, divulgou, em matéria de 11 de abril (“Museus fechados estão em situação precária”), que dois espaços de guarda a memória carioca e brasileira estão fechados, pela falta de verba para manutenção e restauração. Pobre cultura brasileira. Viva o funk carioca.
sábado, 10.04.2010 ... De acordo com a CAPES, havia, no Brasil, em 2008, apenas 31.118 profissionais atuando como professores de Filosofia, dos quais apenas 23% apresentavam formação específica. Mas vale ressaltar, que esta mesma CAPES diz ser necessário aproximadamente 107.000 docentes nesta área de formação, para atuação nas 24.131 Instituições de Ensino Médio do Brasil. Cabe então uma pergunta, onde estão as Instituições e os Cursos de formação específica ?
terça-feira, 23.03.2010 ... Em balanço, o Plano Nacional de Educação - PNE, o Instituto de Pesquisa - INEP, mostra que as metas para o período de
segunda-feira, 22.03.2010 ... Motivado pela matéria do jornal “Folha de São Paulo”, de 20 de março de 2010[1], resolvi opinar sobre algo que, quando coordenador acadêmico do Centro Educacional Palmieri, a mais de 5 anos, pedia, e dizia ser importante ... onde estão e o que estão fazendo nossos ex-alunos ... e não importa o tempo que nos deixaram ou quanto tempo estiveram conosco ... importa saber onde e como estão ... isso faz-nos ter uma avaliação do trabalho realizado ... não apenas no resultado imediato: passar em uma prova, em um concurso, em um vestibular ... associado a isto, também no mesmo jornal, desta vez de 22 de março de 2010[2], o senhor Howard Stevenson, responsável pela captação de recursos de Harvard, diz que é o prestígio do ex-aluno um dos principais elementos utilizados na negociação de captação, não utilizados pelas Instituições brasileiras ... lamento, porque nossas Instituições não valorizam o que produziram nos que por elas passaram, mas quantos são capazes de manter, como pagantes, mesmo que sem resultados positivos no futuro ...
[1] “Colégios ‘top’ mapeiam ex-estudantes: pesquisa encomendada por 11 escolas de SP identifica a situação atual dos egressos na tentativa de reduzir peso do Enem”, por Fábio Takahashi.
[2] “O custo da educação”, por Toni Sciarretta
sábado, 27.02.2010, 20:12 ... Com o apoio da Fecomércio, Firjan, Associação Comercial, Synergos, Obsevatório de Favelas, Iser Cedaps, CDI, Idac, Ethos, Banco Real, Lets, Santander, Grupo Libra, Unicef, Fundação Avina, Light, Metrô Rio e UTE Norte Fluminense, o Rio Como Vamos - RCV, monitora os indicadores de qualidade da cidade do Rio de Janeiro, nas áreas da saúde, transporte, educação, segurança pública e violência, pobreza e desigualdade social, meio ambiente, lazer e esporte, habitação e saneamento básico, inclusão digital, trabalho, emprego e renda, cultura, vereadores e orçamento ... vale a pena conferir e acompanhar (http://www.riocomovamos.org.br/), principalmente em épocas como as que vivemos ...
quinta-feira, 25.02.2010, 14:55 ... Mais uma vez, a culpa é do professor ... Após mais uma noticia de agressão a um professor, desta vez pela mãe, em uma escola pública de São José, em santa Catarina, não cabe mais lamentar, mas re-clamar. Isso mesmo, clamar novamente. Clamar por uma revisão nos conceitos sociais e educacionais da família brasileira. Seguindo as guias estabelecidas pela sociedade, não devemos esquecer, que o professor é, neste sistema, em primeiro lugar, um prestador de serviço, e portanto não cabe a ele, professor, os ônus da escola. Infelizmente, a instituição escola, pela total falta de capacidade administrativa-gerencial, não faz mais nada que captar o aluno, fazendo sua matricula, e entregá-lo ao professor. para facilitar seu “trabalho”, compra um sistema de ensino, formatado de acordo com o perfil sócio-econômico de seus clientes, os pais, e da mesma forma o entrega ao professor. A partir daí, tudo é por conta do professor. Se o aluno é aprovado, boa escola. Se o aluno é reprovado, culpa do professor. Se o aluno evadiu, culpa do professor. se o aluno dá trabalho, culpa do professor que não tem domínio de turma. Se a turma é controlado pelo professor, é porque ele é um carrasco e não deixa os alunos manifestarem-se livremente. Se o aluno não atinge o nível desejado pelo professor e sua nota fica aquém de uma aprovação, o Conselho escolar, em detrimento ao parecer do professor, o aprova, pois caso contrario, o pais já havia ameaçado, irá tira-lo da escola. Sem contar que este aluno tem um ou mais irmãos, na escola, que também sairiam. Sem contar com os amigos de seu circulo de amizade, que por conivência, também sairão. Resultado. Aluno aprovado sem as condições mínimas. No futuro este aluno não será aprovado nas seleções das quais participara e a conta recairá não na escola, mas no quadro de professores. Resultado. Hoje, ninguém mais quer ser professor. Os cursos de licenciatura estão com 50% de sua capacidade ociosa. As universidades estão fechando turmas, fechando cursos. Reduzindo custos dizem os administradores-gerenciais incapazes. Tudo para não enfrentar a realidade. O Estado não quer uma população capaz e informada. Por isso a dominação pelos cartões, bolsas e benefícios. Até quando continuaremos aceitando essa situação.
quarta-feira, 03.02.2010, 14:31 ... Números do Brasil I ... a falta de pessoal qualificado começa a atrapalhar os planos daqueles que por muito tempo teem incentivado uma educação rala, de pouco conteudo e apenas para alguns privilegiados ... falta pessoal qualificado em praticamente todas as áreas ... não basta saber ler, tem que entender o que se lê ... não basta ter um curso de lingua estrangeira (principalmente inglês), tem que saber comunicar-se (falando e escrevendo) nela ... não basta ter nível universitário, tem que ter conteúdo ... e conteúdo não é saber, mas saber o que fazer quando uma situação se apresenta ... um Estado sem estratégia é um Estado facilmente dominado ... a melhor estratégia de um Estado é educar seu povo ...
quarta-feira, 03.02.2010, 13:15 ... Por Educação V ... Gilberto Dimenstein, na Folha de São Paulo de 31 de janeiro de 2010, falava da falta de 700 mil professores no Ensino Médio brasileiro ... resultado de 55% das vagas disponiveis na área pedagógica, nas Instituições de Ensino Superior, não estarem sendo ocupadas ...
quarta-feria, 03.02.2010, 13:10 ... Por Educação IV ... enquanto o exemplo do mundo Ocidental (Estados Unidos da América) apresentava em 2008 um índice de 26% de sua população com curso universitário, o Brasil, seu mais fiel seguidor, apresentava 9% ... mas não para nisso, se verificados os números do Ensino Médio, ã diferença aparenta maior ainda, eram 84% contra 32% ... como pretendemos ser independente e livre sem educação ...
quarta-feira, 27.01.2010, 15:47 ... Números do Rio de Janeiro I ... a administração de uma boa Instituição de Ensino, que esquece de olhar, analisar e considerar números como martalidade infantil (13,64 %) e mortalidade juvenil masculina (206,72 por 100.000), erra em seu planejamento estratégico ???
quarta-feira, 27.01.2010, 15:47 ... Por Educação III ... o IPEA acaba de afirmar que o Brasil terá o maior pico de população jovem, entre 15 e 29 anos, em 2010 ...
quarta-feira, 27.01.2010, 15:47 ... Por Educação II ... Enquanto a média mundial de repetência no Ensino Fundamental é de 2,9 %, no Brasil é de 18,7 % .... e não é tudo: o abandono escolar, no primeiro ano da Educação Básica, a média mundial é de 2,2 % enquanto o Brasil possui modestos 13,8 % ... por isso fica aqui "minha bronca" !!!
quarta-feira, 27.01.2010, 15:47 ... Por Educação I ... enquanto o Brasil é número 88 (o,883) no Índice de Desenvolvimento da Educação, seus vizinhos mais proximos ocupam os lugares 38 (Argentina, com 0,971), 39 (Uruguay, com 0,971), 51 (Chile, com 0,966) e 72 (Paraguay, com 0,936) ... mas estamos a frente do Suriname, número 89 no ranking, com 0,882 ... por isso fica aqui "minha bronca" !!!
sábado, 09.01.2010, 16:42 ... Estou muito feliz com o encontro de hoje. Revi duas pessoas maravilhosas: Débora e Omar. Que DEUS esteja com voces.
sexta-feira, 25.12.2009, 12:00 ... "Sabe por que homens e mulheres gritam quando brigam, mesmo estando pertos um do outro ? Porque o coração está longe." (Padre Léo em palestra no acampamneto da Canção Nova, em Cachoeira paulista - SP, em 12 de junho de 2005) ...
terça-feira, 22.12.2009, 08:59 ... a discussão entre a Prefeitura Municipal da cidade de São Paulo e o Instituto do Patímônio Histórico e Artístico Nacioal acerca da validade, ou não, da realização de estudos (históricos e arqueológicos) em espaço urbano quando de uma obra pública ...
sexta-feira, 18.12.2009, 16:20 ... não importa se voce ganhou ou perdeu, se acertou ou errou ... importa que fez ou jogou com amor ... faça, mas faça bem feito, por amor ao que faz e, assim, e somente por isso, será um vencedor ...
quinta-feira, 17.12.2009, 10:31 ... em falta, por pura falta ...
terça-feira, 15.12.2009, 10:10 ... Onde estão os doutores que os doutores do MEC acham que existem, parte II ... 1 - o BRASIL formou em 1990 1.302 doutores, em 183 cursos, e 5.737 mestres, em 490 curso; em 1996 2.985 doutores, em 541 cursos, e 10.499 mestres, em 1.083 cursos; em 2003 8.094 doutores, em 1.034 cursos, e 27.630 mestres, em 1.959 cursos. ... 2 – o BRASIL tinha em 2002, 49.287 doutores; em 2003, 54.487 doutores; em 2004, 58.431 doutores; em 2005, 63.294 doutores; em 2006, 67.583 doutores; em 2007, 72.931 doutores; em 2008, 77.164 doutores.
domingo, 13.12.2009, 16:54 ... "Para que o mal triunfe basta que os bons fiquem de braços cruzados", de Edmund Burke ... fica aqui "minha bronca" !!!
sexta-feira, 11.12.2009, 09:16 ... Onde estão os doutores que os doutores do MEC acham que existem, parte I ... 1 - o BRASIL tem 338.890 professores universitários, sendo 80.814 doutores, estando 52.350 nos 24.719 cursos das IES públicas e 28.464 nos 17.947 cursos nas IES particulares. ... 2 - o SUDESTE tem 158.874 professores universitários, sendo 43.613 doutores, estando 25.529 nos 11.709 cursos das IES públicas e 18.084 nos 10.093 cursos das IES particulares.
quinta-feira, 03.12.2009, 11:41 ... as providencias do Ministério de Educação frente idade e ingresso no primeiro ano do Ensino Fundamental ... fica aqui "minha bronca" !!!
quarta-feria, 02.12.2009, 09:10 ... os cursos de graduação com o maior número de alunos no Brasil em 2008 ... Pedagogia - 313.608 - 74.908 (23,88%) ... Letras - 165.641 - 31.393 (18,95%) ... História - 71.764 - 13.893 (19,36%) ... Economia - 52.287 - 6.685 ... Geografia - 50.903 - 9.725 (19,10%)
terça-feira, 01.12.2009, 09:23 ... a queda das matriculas na Educação Básica e o papel das Instituições de Ensino Superior diante deste panorama ... por isso fica aqui "minha bronca" !!!
segunda-feira, 30.11.2009, 23:33 ... não tive tempo, desculpem os seguidores ... aceito "sua bronca" !!!
domingo, 29.11.2009, 13:35 ... Brasileiros entre 18 e 24 anos no Ensino Superior
sábado, 28.11.2009, 10:32 ... adriano, por puro amadorismo, fere-se, fora do clube, em atividade até agora não esclarecida, e deixa sua equipe "na mão" ... fica aqui "minha bronca !!!"
sexta-feira, 27.11.2009, 08:32 ... o redutor no cálculo da aposentadoria, e isso foi motivo de críticas, brigas e muitos votos para a então oposição a seu governo ... fica aqui "minha bronca !!!"
quinta-feira, 26.11.2009, 09:56 ... ao ver o jogo entre FLUMINENSE e LDU, ontem a noite, fica-se com a sensação de que a qualquer momento alguém poderá desfalecer ... fica aqui "minha bronca !!!"
quarta-feira, 25.11.2009, 10:59 ... a Câmara de Vereadores da Cidade do Rio de Janeiro aprovou ontem a extinção das sessões plenárias às sextas-feiras ... fica aqui "minha bronca !!!
terça-feira, 24.11.2009, 09:30 ... o caso de Cesare Battisti, ele deve ser entregue a quem de direito o julgou e o condenou ... fica aqui "minha bronca !!!"
segunda-feria, 23.11.2009, 11:23 ... tem sido motivo de bronca, a total falta de respeito pelo outro, vinda do futebol ... fica aqui "minha bronca !!!"
Dicas e Sugestões !
ara os que gostam da MPB clássica, vale a pena conferir, no teatro Clara Nunes, a partir de 07 de setembro, até 26 de outubro, sempre às terças-feiras, o Rio Música InCena, que terá como destaque, entre outros, Yamandu Costa, David Feldman, Luiz Melodia, Joyce Moreno, Mônica Salmaso, Jane Duboc e Wagner Tiso ...
"Baaria, a porta do vento", de Giuseppe Tornatore ...
"Procurando Elly", de Asghar Farhadi, cotidiano iraniano através de uma professora ...
"Falcão negro em perigo", de Ridley Scott, a presença, desastrada, da força americana na Somália ...
"2012", de Roland Emmerich, conta o fim do mundo pela visão Maia ...
"Planeta 51", de Javier Abad e Marcos Martinez, conta a história, animada, da exploração de um novo planeta considerado desabitado ...
"Deixa ela entrar", de Tomas Alfredson, conta a historia de Oskar, menino de 12 anos, solitário e que sofre com maus tratos, que descobre, n´uma garota, amizade e sincerisade ...
TEATRO:
"Maria Antonieta - a última rainha da França", na Casa de Arte e Cultura Julieta de Serpa, Praia do Flamento, 340, Flamengo, Rio de Janeiro - RJ ...
"O rico avarento e outras histórias de Ariano Suassuna", no Teatro SESC, Tijuca - Rio de Janeiro ...
"O despertar da primavera", de Duncan Sheik e Steven Sater, no Teatro Villa-Lobos, Copacabana - Rio de Janeiro, jovens do século XIX falam dos tabus de sua época ... primorosa ...
"Ecos da Inquisição", de Moacir Chaves, no Centro Cultural da Justiça Federal, Centro - Rio de Janeiro, uma história do Tribunal do Santo Ofício no Brasil entre os séculos XV e XIX ...
EXPOSIÇÕES:
"Liberdade" ... de Carlos Vergara, sobre a demolição do Complexo Penitenciado Frei Caneca, nas Cavalariças do Parque Lage, no Rio de Janeiro ...
"A linha incontornável: uma aproximação ao desenho de Iberê Camargo" ... na Fundação Iberê Carmargo, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul ...
"Vudu" ... curadoria de Leanne Sacramone, na Fundação Cartier, em Paris, na França ...
"Vista" ... de Cristina Salgado, na Casa França-Brasil
O Arquivo Público do Estado de São Paulo desenvolveu uma exposição virtual sobre a Revolução de 1924, conflito marcante na história brasileira. Entre os documentos que serviram de base para esta exposição estão processos criminais instaurados contra os rebeldes após a Revolução de 1924 e cartas dos líderes deste movimento, além de jornais e revistas da época. Esse evento histórico é contado em 9 “salas” repletas de textos e ilustrações. Esta exposição também oferece 15 atividades pedagógicas que podem ser aproveitadas pelos professores em sala de aula, pois possibilita utilizar fontes históricas para debater este tema com seus alunos. http://www.arquivoestado.sp.gov.br/exposicao_revolucao
"Entre desejos e utopias", na galeria A gentil Carioca, curadoria de Felipe Scovino, Rio de Janeiro ...
Vida e obras de "Einstein" em exposição no Museu Histórico Nacional, praça Marechal Âncora, no Centro, ... http://www.einsteinbrasil.com.br/
"Galeria dos Presidentes", no Centro Cultural da Justiça Eleitoral, Centro, Rio de Janeiro ...
"Carlos Oswald, o resgate de um mestre", no Caixa Cultural, Centro, Rio de Janeiro ...
"Santa Cruz ontem, hoje e amanhã", no Santa Cruz Shopping, Rio de Janeiro ...
"Charles Landseer, desenhos e aquarelas de Portugal e do Brasil, 1825-1826", no Instituto Moreira Sales, Rio de Janeiro, uma raridade de nossa história colonial !!! ...
"Arte do barro e o olhar da arte - Vitalino e Verger", no Museu Casa do Pontal, Recreio - Rio de Janeiro, nossa !!! ...
"Mariguella", no Centro Cultural da Caixa, Unidade Barroso, Centro - Rio de Janeiro, história de um cambatente pelo direito à liberdade ... cidadania ...
"Série novas gravuras de Tomie Ohtake", na galeria Marcia Barrozo do Amaral, Copacabana - Rio de Janeiro, vale a pena ...
"Margathe Mee - 100 anos de vida e obra e seu legado aos novos artistas botânicos", no Centro Cultural Correios, Centro - Rio de Janeiro, uma lição de natureza ...
PASSEIO:
"Museu e Igreja do Outeiro da Glória", Glória, Rio de Janeiro ...
"Pink Fleet", passeio, de iate, pela baia da Guanabara, passando por 15 pontos históricos e turísticos do Rio de Janeiro ...
"Centro histórico de Paraty", em Paraty, no Sul Fluminense ... um refrescante arejamento para a mente ...